dezembro 26, 2025

NATAL E MAÇONARIA - Greg Stewart

 


À primeira vista, o Natal não tem conexão intrínseca com a fraternidade da Maçonaria. 

O que quero dizer com isto é que, em nenhum lugar nos graus, ela se vincula à qualquer feriado na sua prática, em particular a época de Natal.

Existem, porém, certas celebrações que se tornaram parte da fraternidade e que estão ligadas a um dos símbolos interessantes que está no cerne da prática. 

Sem qualquer referência específica, diz-se que os Maçons vêm de uma Loja dos Santos João. 

O porquê e como, específicos desta ligação, perdem-se nas areias do tempo metafórico, mas alguma conexão infere um equilíbrio para o equinócio celestial (do Verão até ao Inverno e vice-versa).

Através desta ligação, o Inverno seria representado por São João Evangelista, cuja festa cai no dia 27 de Dezembro.

Este Santo S. João tem um significado simbólico interessante, pois, como S. João Baptista (que representa o outro Santo S. João) foi o precursor da vinda de Cristo, João Evangelista é considerado o primeiro discípulo no Lago de Genesareth que reconheceu o Cristo e acreditou que ele tinha ressuscitado.

S. João Evangelista e S. João Baptista

Sobre o Santo também se diz que ele foi o único discípulo de Cristo que não o abandonou na hora da sua Paixão aos pés da cruz. 

João Evangelista também é chamado de Apóstolo da Caridade, o que pode ser em parte, a sua ligação com a Maçonaria, além da sua determinação inabalável e pureza do seu amor pelo divino.

Ao estudar a construção original dos dois Santos de nome João, a conclusão a que cheguei foi que eles encontraram um equilíbrio entre zelo e conhecimento.

S. João Baptista que foi o precursor do Cristo vivendo no seu zelo pela vinda do filho de Deus e S. João Evangelista como a representação de saber que o Cristo era o filho de Deus. 

Somente ao decifrar o componente de saber ficou claro para mim que não se tratava do grau de conhecimento adquirido, mas do grau em que S. João Evangelista confiava na sua intuição, para saber o que estava diante dele. 

Um paralelo interessante vem no livro de Mateus, onde esta mesma lição é comunicada a Pedro pelo Cristo que diz em Mateus 16: 15-17

• “Mas e tu?” perguntou. “Quem dizes que eu sou?”

• Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.

• Jesus respondeu: “Bendito és tu, Simão, filho de Jonas, porque isto não te foi revelado pelo homem, mas por meu Pai que está nos céus”.

Isto está um pouco fora do contexto original, mas ilustra o conhecimento revelado com base na experiência, na aprendizagem.

S. João Evangelista chegou a esse conhecimento pela sua experiência com o Cristo.

Outra maneira de encarar essa experiência é passar das trevas para a luz, um despertar e, se for mais além, o despertar da consciência. 

Esta consciência ajusta-se perfeitamente à ideia do Sol Invictus, ou o sol conquistador que supera o seu cativeiro nocturno do Solstício de Verão e novamente começa a vencer a noite nos seus minutos cada vez maiores de luz do dia.

Olhando para algumas das outras ligações simbólicas, diz-se que S. João Evangelista se relaciona com o símbolo alquímico do triângulo apontado para cima que representa o fogo, onde novamente podemos ver uma ligação com a luz e o conhecimento. 

Quando combinamos o signo alquímico de S. João Baptista com o de S. João Evangelista, criamos a estrela de Salomão, e a dualidade de fogo e água; para além disso, a dualidade de luz e escuridão e Verão e Inverno.

Outros trabalhos atribuídos a S. João Evangelista são as Epístolas de João e o livro do Apocalipse, embora a sua conexão com eles nos séculos posteriores tenha sido controversa, já que muito da sua vida de 2000 anos atrás se perdeu no tempo. 

Dentro da Igreja, o seu dia de festa é mencionado pela primeira vez no Sacramentário do Papa Adriano I, cerca de 772 d.C..

A mensagem da Igreja, e algo que cada um de nós pode tirar de S. João Evangelista, é: “Aplica-te, portanto, à pureza de coração e serás como S. João, um discípulo amado de Jesus, e serás preenchido com sabedoria celestial”.

A festa de S. João Evangelista é pouco lembrada hoje, excepto dentro da Maçonaria onde é celebrada por algumas Lojas que ainda praticam o ritual da Loja da Mesa onde os Irmãos se reúnem para celebrá-la com brindes aos Irmãos presentes e ausentes. 

No passado, era considerado um dia de festa de grande importância para a Maçonaria por causa da sua proximidade com os feriados e a presença de membros da Loja perto de casa. 

Por causa disto, deu a esses irmãos um festival para se reunirem para pontuar o encerramento do ano. 

No entanto, reunir-se assim é algo menos conveniente nos dias modernos, já que a maioria das famílias viaja para o exterior para comemorar o feriado.

O fato de ser menos celebrado não diminui a importância do dia, nem do símbolo em si, pois no ritual moderno somos lembrados que viemos do Santo S. João em Jerusalém, e como tal devemos fazer uma pausa e reflectir sobre o que significa. 

S. João Evangelista dá-nos uma lição importante para buscar o conhecimento e despertar das trevas e renovar no osso compromisso com o despertar da luz do Sol Vitorioso. 

Mesmo retirando a metáfora cristã, podemos saudar com o Sol Invictus, ou o sol conquistador, à medida que o conhecimento é re-despertado da sua derrota fria e invernal.

Através das lentes do simbolismo, S. João Evangelista dá-nos uma forma de encontrar ressonância com o feriado da doação e da compaixão à fraternidade do amor fraterno, alívio e verdade – a Maçonaria.

(Tradução de António Jorge, M∴ M∴)

NATALIS SOLIS INVICTI



A Igreja Católica, no início da expansão do Cristianismo, se apropriou de uma festa pagã, em culto mitraico dedicado ao Sol Invicto, comemorado em 25:de dezembro (décimo mês do ano) e determinou que seria a data de nascimento de Jesus. A guisa de curiosidade posto aqui a oração dedicada a Solís Invicto. Em postagem anterior publiquei os estudos a respeito da verdadeira data de nascimento de Jesus Cristo.

...

Salve, Sol Invicte, lux aeterna mundi!

Hodie Mithras, dominus foederis et victor tenebrarum,

perficit iter sacrum per duodecim signa caeli.

Reversus est Sol ad initium cursus sui,

ut vita renascatur, ut ordo servetur,

ut tempus iterum fluat secundum legem astrorum.

Sit hic novus circulus plenus fortitudinis,

veritatis, disciplinae et concordiae inter homines.

Lux vincit, tenebrae fugiunt.

Io Sol Invicte! Io Mithra!

--------

Nascimento do Sol Invicto

Salve, Sol Invicto, luz eterna do mundo!

Hoje Mitra, senhor do pacto e vencedor das trevas,

completa o percurso sagrado pelos doze signos do céu.

O Sol retorna ao início de seu curso,

para que a vida renasça, para que a ordem seja preservada,

para que o tempo volte a fluir segundo a lei dos astros.

Que este novo ciclo seja pleno de força,

verdade, disciplina e harmonia entre os homens.

A luz vence, as trevas recuam.

Salve, Sol Invicto! Salve, Mitra!

FELIZ SATURNÁLIA!! - Witch Wolf


 

Antes do Cristianismo já havia Natal e chamava-se Saturnália.

A origem da celebração do Natal está envolta em polémicas mas uma coisa parece certa: trata-se de uma cópia da celebração romana da Saturnália.

Nem sempre o dia 25 de Dezembro foi dia de Natal. A origem da celebração deste dia parece ser muito antiga mas a filiação mais directa provêm, como tantas outras coisas, dos Romanos. Estes celebraram durante muito tempo uma festa dedicada ao deus Saturno que durava cerca de quatro dias.

Nesse período ninguém trabalhava, ofereciam-se presentes, visitavam-se os amigos e, inclusivamente, os escravos recebiam permissão temporária para fazer tudo o que lhes agradasse, sendo servidos pelos amos. 

Era também coroado um rei que fazia o papel de Saturno. Esta festa era chamada Saturnália e realizava-se no solstício de Inverno.

Convém lembrar aqui que o solstício de Inverno era uma data muito importante para as economias agrícolas – e os Romanos eram um povo de agricultores. Fazia-se tudo para agradar os deuses e pedir-lhes que o Inverno fosse brando e o Sol retornasse ressuscitado no início da Primavera. 

Como Saturno estava relacionado com a agricultura é fácil perceber a associação do culto do deus ao culto solar. 🌞🌿🌞🌿

Mas outros cultos existiam também, como é o caso do deus Apolo, considerado como “Sol invicto”, ou ainda de Mitra, adorado como Deus-Sol. Este último, muito popular entre o exército romano, era celebrado nos dias 24 e 25 de Dezembro data que, segundo a lenda, correspondia ao nascimento da divindade.

Em 273 o Imperador Aureliano estabeleceu o dia do nascimento do Sol em 25 de Dezembro: Natalis Solis Invicti (nascimento do Sol invencível).

É somente durante o século IV que o nascimento de Cristo começa a ser celebrado pelos cristãos (até aí a sua principal festa era a Páscoa) mas no dia 6 de Janeiro, com a Epifania.

Quando, em 313, Constantino converte-se e oficializa o Cristianismo, a Igreja Romana procura uma base de apoio ampla, procurando confundir diversos cultos pagãos com os seus.

Desistindo de competir com a Saturnália, deslocou um pouco a sua festa e absorveu o festejo pagão do nascimento do Sol transformando-o na celebração do nascimento de Cristo. O Papa Gregório XIII fez o resto: é mais fácil mudar o calendário do que mudar a apetência do povo pelas festas…



O CALENADARIO MAÇÔNICO - Maestros Masones


O calendário maçônico é uma forma simbólica de medir o tempo que liga a prática iniciática à ideia de uma luz primordial e uma história espiritual anterior à cronologia comum. Não é apenas uma curiosidade, mas uma ferramenta ritual que reforça o senso de pertença e continuidade dentro da tradição maçônica.

 O que é o calendário maçônico?

O calendário maçônico, especialmente no rito simbólico, baseia-se na fórmula de somar 4000 anos ao calendário gregoriano. Assim, 2025 se torna o ano 6025 da Era Maçônica, também conhecido como Anno Lucis (AL), que significa “No Ano da Luz”.

Este cálculo não busca precisão histórica, mas sim valor simbólico: a luz representa o conhecimento, a razão e a revelação inicial. Ao datar seus documentos no “Ano da Luz”, os maçons afirmam que sua tradição se conecta a uma fonte de sabedoria anterior à história registrada.

 Estrutura do calendário

Início do ano maçônico: O ano começa em 1o de março, considerado o primeiro mês. Isso se alinha com o mês de Nisan no calendário hebraico, que marca o início da primavera e da renovação. Meses numerados simbolicamente: março é o mês 1, abril o mês 2, e assim por diante. Fevereiro torna-se o mês 12. Exemplo de datação: Uma data como 22 de dezembro de 2025 seria expressa como 22o dia do 10o mês do ano 6025 A.L.

Variações segundo o ritual

- Rito escocês Antigo e Aceito: Use o Anno Mundi (A.M.), baseado na cronologia hebraica. Por exemplo, 2025 seria 5785 AM.

- Rito de York e Francês: Preferem o Anno Lucis, com a soma de 4000 anos.

- Outros sistemas: Alguns rituais adotaram o calendário gregoriano por razões práticas, mas muitos mantêm o cálculo simbólico em documentos rituais.

Significado profundo

O calendário maçônico não pretende competir com o calendário civil. Seu objetivo é lembrar que o tempo inicático é diferente do tempo profano. Cada data maçônica é uma afirmação de que o trabalho do maçom — sua busca por luz, verdade e perfeição — se inscreve em uma história espiritual que transcende a cronologia comum.

Fonte: Maestros Masones.

dezembro 25, 2025

BOM NATAL - Adilson Zotovici

 


Ainda há tempo obreiro

Neste ano que chega ao final

No qual não serás o primeiro

Nem o último mano, um  igual


Inda que um tanto rotineiro

Afastar- te da Arte Real

Lembra-te que aqui teu canteiro

Que dele és parte eternal


Benvindo oh livre pedreiro !

Tua presença é supernal

E teu amplexo sobranceiro


Traz em teu peito calor verbal

E leva o amor costumeiro

Tal qual maior feito...bom Natal !



LOJAS DE SÃO JOÃO - Carlos Passos




 

Para a Maçonaria, o dia *21 de dezembro* — que marca o Solstício de Verão no Hemisfério Sul e o Solstício de Inverno no Hemisfério Norte — possui um simbolismo profundo ligado à renovação, à busca pela luz e ao equilíbrio cíclico do universo.

Historicamente, a Maçonaria celebra as chamadas *"Lojas de São João"*, ligando os fenômenos astronômicos aos seus patronos.

1. O Simbolismo dos Dois "Sãos Joões"

A Maçonaria adotou dois santos cristãos como patronos, cujas datas festivas coincidem aproximadamente com os solstícios:

- São João Batista (24 de junho): Associado ao solstício de verão no Hemisfério Norte (auge da luz).

- São João Evangelista (27 de dezembro): Associado ao solstício de inverno no Hemisfério Norte (o início do retorno da luz).

No Hemisfério Sul, a situação se inverte astronomicamente: o 21 de dezembro marca o ápice do sol e do calor. Para o maçom, essa data representa o momento de maior irradiação da "Luz" (conhecimento e verdade), mas também o alerta de que, a partir daí, os dias começarão a encurtar, lembrando a necessidade de prudência e preparação.

- O Ponto Dentro de um Círculo

Na simbologia maçônica, existe um emblema composto por um ponto dentro de um círculo, ladeado por duas linhas paralelas verticais.

- Essas duas linhas representam os dois Sãos Joões.

- O topo e a base do círculo representam os dois solstícios.

- Esse símbolo ensina que o maçom, em sua caminhada, deve manter-se equilibrado entre esses dois extremos, nunca ultrapassando os limites da lei e da moral.

- Renovação e Espiritualidade

O solstício de dezembro é visto como um período de introspecção e renovação de votos. É o momento em que as Lojas costumam realizar a "Banquete Ritualístico" ou a "Loja de Mesa", celebrando a fraternidade e a colheita dos frutos do trabalho realizado durante o ano.

No Inverno (Norte): Simboliza a vitória da luz sobre as trevas (o dia volta a crescer).

- No Verão (Sul): Simboliza o esplendor da criação e a abundância da sabedoria.

- Transmissão de Cargos

Em muitas obediências maçônicas, o período próximo aos solstícios é escolhido para a Veneralato, a Posse das novas diretorias das Lojas (as chamadas "Luzes" da Loja). Isso ocorre porque o solstício representa uma mudança de ciclo, o momento ideal para passar o bastão e renovar a energia administrativa e espiritual do grupo.

> Nota: Embora o evento astronômico ocorra entre 21 e 22 de dezembro, a tradição maçônica costuma concentrar as celebrações rituais no dia 27 de dezembro, em honra a São João Evangelista.



dezembro 24, 2025

SOMOS MERA PASSAGEM -


 

Não sou branco, negro, amarelo ou vermelho.

Sou um cidadão do universo, no momento, estagiando como Ser humano na escola terrestre.

Não sou homem ou mulher, nem alto ou baixo.

Sou uma consciência oriunda do plano extra físico, uma centelha vital do Todo que está em Tudo!

Tenho a cor da Luz, pois vim das estrelas.

Sei que o meu tempo aqui na Terra é valioso para minha evolução.

Não há religião acima da verdade.

O Divino pode se manifestar em miríades de formas diferentes.

Só se escuta a música do universo com o coração.

Nada pode me separar do “Amor Maior Que Governa a Existência”.

Espiritualidade não é um lugar,  grupo ou doutrina.

É um estado de Consciência do Ser.

Ninguém compra Discernimento ou Amor.

Não há progresso consciencial verdadeiro se não houver esforço na jornada de cada um.

O dia em que nasci não foi feriado na Terra.

E no dia em que eu partir, também não será!

Tudo que penso e sinto se reflete em minha aura.

Minhas energias me revelam por inteiro. Logo, preciso crescer muito, para melhorar a Luz em mim.

Não vim de férias para o mundo, mas para aprender, trabalhar e vencer a mim mesmo nas lides da vida.

Não sou o centro do universo e sem a Luz não sou nada !

Sem Amor, o meu coração fica seco...

Sem espiritualidade, minha alma perde o sentido.

Ninguém sabe tudo e  conhecimento não é sabedoria.

Todos somos professores e alunos uns dos outros.

Não nasço nem morro, só entro e saio dos corpos perecíveis ao longo da evolução.

Não posso ser enterrado ou cremado, pois sou um espírito.

Viver não é só comer, beber, dormir, copular e morrer sem sentido algum.

Viver é muito mais: é  pensar, sentir e viajar de estrela em estrela, sempre aprendendo.

De nada vale a uma pessoa ganhar o mundo se ela perder sua alma.

O mal que me faz mal, não é o mal que me fazem, mas o que acalento em meu coração.

Sou mestre de nada e discípulo de coisa alguma.

Somos todos um !


MEU PRESENTE - Adilson Zotovici


 

Meu presente, o ano inteiro 

Que ganhei cada dia, mensal

Tua companhia parceiro 

Fluente de amor fraternal  


Aprendi contigo obreiro 

Boas obras do teu cabedal 

Vez que Mestre, livre pedreiro

Que te sobra na Arte Real 


Gratidão irmão, companheiro 

Todo tempo presente, vital 

Meu guião frequente, luzeiro 


Que o DEUS ÚNICO Divinal 

Proteja os teus, teu canteiro 

Que Enseja um Feliz Natal  ! 


Adilson Zotovici, aos meus Mestres de cada dia...

TÔ BEM PERTINHO PESSOAL - Newton Agrella



 Tô bem pertinho pessoal.

O duro é ter que me desviar de alguns tantos lugares em que o desentendimento e a intolerância não dão trégua e atrapalham demais.

São vários caminhos tortuosos, cheios de obstáculos, onde se ouvem ruídos, estampidos e estrondos de tudo quanto é tipo.

Seja no hemisfério norte, no hemisfério sul.

No Oriente ou no Ocidente.

Fato é, que por mais que se esforcem para disseminarem mensagens de paz ou que entoem canções de  esperança por dias melhores, a coisa parece que ganha ares cada vez mais sinistros e intransponíveis.

Porém, desistir jamais !

Afinal de contas, levo  comigo um enorme saco  de Símbolos e de Alegorias, repleto de Desejos Positivos, que não posso me dar ao luxo de esmorecer.

Venho em nome de uma Luz Radiante e Inefável, fruto de um Princípio Criador e Incriado de tudo o que nos cerca.

Não importa por qual nome ele responda.

O que vale nesse instante é que eu possa empreender a jornada com o intuito de trabalhar por um mundo em que a Paz e a Harmonia entre os "Seres Pensantes" possam prevalecer.

Sigo com esse trenó, deslizando por todos os cantos do planeta, com a missão de cumprir um papel, que de há muito, deveria ter sido compreendido pela humanidade.

Conto com o seu aceno e com um sinal de aprovação de que tudo vai melhorar e de que eu posso completar  minha viagem.

Afinal de contas, temos novas gerações à nossa frente e precisamos deixar um legado positivo !

Passa o tempo e alguns ranços de preconceitos insistem em ocupar um incômodo espaço em nosso baú interior.

É hora de renovar, rever alguns conceitos e de deixar a vida fluir de maneira mais leve.

É tempo de semear amor, cultivar, dividir e compartilhar felicidade.

Ninguém fica pra semente.

A viagem tem que ser completada entre o 24 e o 25.

Há muita gente esperando ansiosa e sobretudo um contingente imenso que nem sabe que eu vou passar.

FELIZ NATAL A VOCÊ !!!




O BARÃO DO RIO BRANCO - Cesar Benjamin

 





Hoje acordei lembrando de um herói nacional, o Barão do Rio Branco, um homem praticamente esquecido pela esquerda brasileira, talvez pelo título de nobreza que se associou ao seu nome. Não era de nobreza tradicional, hereditária. Seu pai era um comerciante baiano que recebera o título de Visconde do Rio Branco por seu importante papel na política do Segundo Império. Foi um dos principais articuladores do fim da escravidão.

Juca Paranhos, o filho do Visconde, era um jovem bonito e conquistador. Engravidou uma corista de cabaré e, para escândalo geral, assumiu a paternidade e o relacionamento amoroso em uma época em que o DNA ainda não havia sido sequer descoberto. Para contornar a situação, Juca foi mandado para o consulado brasileiro em Liverpool. Levou Marie Philomène, a corista, que veio a ser sua mulher por toda a vida. O casal teve cinco filhos.

Sem ter o que fazer em Liverpool, dedicou-se aos estudos e se tornou o maior especialista em história do Brasil. Durante anos houve a expectativa de que poria seus conhecimentos enciclopédicos em um livro que antes mesmo de ser escrito passou a ser considerado um marco da nossa historiografi

a. Foi uma espécie de Batalha de Itararé, pois o livro nunca ficou pronto. Mas, com sua obsessão pela pesquisa, Juca Paranhos juntou a maior coleção de mapas e documentos históricos sobre a formação do Brasil.

Era monarquista, mas a jovem República percebeu que não podia perder seu talento. Grande parte do território brasileiro ainda não estava delimitado. Juca assumiu essa missão à frente do Ministério das Relações Exteriores, cargo que exerceu ininterruptamente ao longo dos governos de Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca. Sua ação diplomática fixou as fronteiras brasileiras atuais, incorporando 900.000 quilômetros quadrados ao nosso território, sem guerras, sempre por meio de negociações. Devemos a ele o atual mapa do Brasil, especialmente a existência da Amazônia brasileira. 

Tornou-se, em vida, um herói popular, caso raríssimo na diplomacia. Sua morte, em 1912, interrompeu o carnaval. Durante muito tempo, a maior nota da moeda brasileira (não lembro qual) levou sua imagem. Era conhecida como “um barão”.

Um dos contenciosos mais delicados que Rio Branco enfrentou foi a questão do Acre. Essa parte do território boliviano, riquíssima em seringais (a borracha era um produto estratégico) estava ocupada por brasileiros quando o governo boliviano a arrendou por cem anos para grandes empresas norte-americanas e inglesas. 

Rio Branco considerou inaceitável a formação de um enclave anglo-americano no coração da Amazônia. Depois de cem anos de domínio, as grandes potências não sairiam dali nunca mais.

Seguiu-se uma tensa combinação de negociação e conflito. Os Estados Unidos enviaram a sua poderosa Marinha de Guerra para garantir os direitos de suas empresas. Rio Branco fechou a navegação internacional na bacia do rio Amazonas: “Se os Estados Unidos querem negociar conosco com a sua Armada se deslocando para o sul, negociaremos com eles com o nosso Exército marchando para o norte”, escreveu. 

Era uma referência ao fato de que as melhores tropas brasileiras sempre estiveram estacionadas nas proximidades da Argentina, nosso rival histórico na América do Sul. Temos uma descrição desse deslocamento de tropas no diário de um sargento gaúcho chamado Getúlio Vargas.

Depois de negociações, ameaças recíprocas, acordos e indenizações, o Acre foi incorporado ao Brasil. O enclave anglo-americano no coração da Amazônia não vingou.

Funcionário público exemplar, Rio Branco morreu em sua mesa de trabalho no Itamaraty. Era um homem pobre. O Congresso Nacional votou a concessão de uma pensão especial para a viúva e os filhos, para que não caíssem na miséria.

A bacia amazônica adquiriu um novo papel estratégico no século XXI. Justo por isso, está sendo sacudida por enormes desafios, entre os quais a expansão do crime organizado, que não reconhece fronteiras, e uma nova incursão militar estrangeira. Tudo isso pode inaugurar um novo período histórico, inclusive com redefinição de soberanias.

Precisamos de um novo Barão.

dezembro 23, 2025

JESUS CRISTO NASCEU EM 25 DE DEZEMBRO? - Almir Sant’Anna Cruz


 

Existem eventos que pela sua natureza quase não são questionados. Um deles refere-se ao Natal. 

Habituados que estamos a comemorá-lo todos os anos em 25 de dezembro, jamais poderíamos supor que o nascimento de Jesus tivesse ocorrido em outra data. 

No entanto, é justamente o nascimento de Cristo o acontecimento histórico que mais tem atraído a atenção de inúmeros astrônomos e astrofísicos, além de historiadores, em particular daqueles interessados em problemas historiográficos e preocupados com a procura de uma explicação racional para o grande mistério da Estrela de Belém.

Segundo o internacionalmente famoso astrônomo e astrofísico brasileiro Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1935-2014) em sua obra “O livro de Ouro do Universo”, Jesus Cristo não nasceu em 25 de dezembro, apresentando argumentos astronômicos, climáticos e históricos, inclusive bíblicos, para apontar o seu nascimento no dia 23 de agosto do ano 7 AC. Como nossa era baseia-se no nascimento de Cristo, então, 2025 seria 2032!!!!!

E explica que o dia 25 de dezembro corresponde ao solstício do inverno no Hemisfério Norte. É o meio do inverno, dia depois do qual os dias começam a se alongar aos poucos.

A festa pagã do “dies solis invicti natalis”, ou seja, “dia do nascimento do Sol”, era celebrada no dia que coincidia com os meados da saturnália, estação durante a qual os trabalhos cessavam. 

Neste dia em que o Sol começava a se dirigir para o Norte, as casas eram decoradas com árvores, presentes eram trocados entre amigos e parentes, ceias e procissões eram realizadas pelos povos pagãos em homenagem ao Sol que voltava a sua posição elevada. Como os primeiros cristãos comemoravam esse feriado, a Igreja primitiva decidiu transformar tal cerimônia pagã numa festa genuinamente cristã. 

Assim, o dia 25 de dezembro passou a representar o dia do nascimento de Cristo, e não mais o nascimento do Sol.

No Oriente, o nascimento de Jesus foi inicialmente celebrado em 06 de janeiro, data que estava associada à Estrela de Belém. 

Essa comemoração tinha como objetivo substituir a cerimônia pagã que, em 06 de janeiro, se comemorava no templo de Kore, em Alexandria, no Egito, a virgem que deu à luz Aion, um deus pagão das Arábias.

Mas não será por esse conhecimento que deixaremos de comemorar o Natal no próximo dia 25

Feliz Natal para todos os Irmãos e família!

FELIZ NATAL UNIVERSAL - Adilson Zotovici


Iluminados os canteiros

Irmanados  num mesmo ideal

As famílias dos obreiros

Dos artesãos d’Arte Real


Gestos de amor verdadeiros

Uma estação sem igual

Sem penumbras, nevoeiros,

Tempos de Paz, Divinal


Lá dos céus tantos luzeiros

Na terra festa celestial

Credos e povos inteiros

Em uno espírito fraternal


Em união, companheiros,

À celebração anual

Convergindo qual romeiros

À reflexão espiritual


Assim, oram os brasileiros

Para um  feliz e Santo Natal

A todos  Livres pedreiros

À comunhão Universal 



MAX BORN, O GENIO A QUEM EINSTEIN RESPEITAVA



 Max Born, o homem a quem Einstein recorria quando tinha dúvidas sobre mecânica quântica.

O Prêmio Nobel de Física de 1954 manteve uma amizade estreita e singular durante quarenta anos com o grande cientista do século XX, mas suas opiniões sobre a ciência eram totalmente irreconhecíveis. Einstein vinha ter com ele sempre que tinha dúvidas sobre a mecânica quântica, e foi a ele que dirigiu a sua famosa frase: "Você crê num Deus que joga dados e eu acredito na ordem total".

Max Born nasceu em 11 de dezembro de 1882, há 135 anos, dentro de uma família judaica de Wreslávia, então capital da província prussiana da Silésia e hoje cidade de Wreslávia, na Polônia. Filho de um anatomista e embriólogo e herdeiro de uma rica família de industriais silésios, foi aluno de matemáticos famosos, como Klein ou Minkowsky, na "meca da matemática teutônica", a Universidade de Göttingen, depois de ter investido anteriormente nas de Heidelberg, Wreslávia e Zurique. Em 1921 foi nomeado professor de física teórica e 12 anos depois, as suas raízes o obrigaram a fazer as malas e a abandonar a Alemanha, onde não queria ter sangue judeu nas veias.

Emigrou com a esposa para Cambridge e depois para Edimburgo. Só regressou à Alemanha em 1954, quando o país já estava livre de suásticas, ano em que recebeu, juntamente com Walter Bothe, o Prêmio Nobel de Física pelo seu trabalho sobre a mecânica quântica, o pai da sua estrutura filosófica, um génio na matéria. Tanto que até o próprio Einstein se dirigia regularmente a ele para lhe consultar as suas dúvidas sobre o assunto.

Com o famoso cientista Max Born manteve uma amizade especial e peculiar ao longo de sua vida. Suas relações com a natureza da física eram opostas, algo que ele admitiu francamente ao escrever sobre suas disputas científicas. Foi precisamente o próprio Einstein que o encorajou a fazer as malas quando as coisas começaram a ficar feias no reino de Hitler, e ambos mantiveram uma correspondência regular baseada em dúvidas e respostas, teorias e discussões acaloradas. Eles compreendiam a natureza de uma maneira radicalmente oposta. «Você acredita em um Deus que joga dados e eu acredito na ordem total e nas leis de um mundo que existe objectivamente e que eu tento traduzir de forma freneticamente especulativa», escreveu Einstein nas suas cartas.

Max Born e Albert Einstein foram amigos próximos e peculiares por mais de quarenta anos, mas suas visões da ciência eram totalmente irreconciliáveis. O primeiro compreendia, como a maioria dos cientistas da sua época, que a base do mundo material residia no comportamento puramente aleatório das partículas elementares do átomo. O segundo sempre manteve a convicção de que todo evento respondia a uma causa, e por isso dedicou toda a sua vida à busca obstinada de uma explicação mais profunda que ponha ordem no aparentemente caótico mundo subatómico.

Nas cartas que Max Born e Einstein trocaram entre 1916 e 1955, há um tema que ambos abordam com especial preocupação, no qual, no entanto, concordam: as implicações sociais da nova ciência, as armas atómicas. Além de falar das ondas de Schrödinger, ter pena do seu estatuto de judeus alemães no exílio e trocar comentários satíricos sobre os seus colegas cientistas, ambos acabaram lamentando, após o bombardeamento de Hiroshima e Nagasaki em 1945, a «desgraça que a nossa outra bela ciência trouxe ao mundo».

Mas por que Max Born foi tão importante? Por que Einstein lhe disse que "Deus não joga dados com o universo"? O que o avô materno defende de Olivia Newton John? O físico introduziu o conceito de probabilidade na equação de Schrödinger. Antes dele, acreditava-se que as leis da natureza eram deterministas, que tudo tinha uma causa e que, portanto, o estado atual determinava o futuro. Que não existiam aleatórios ou eventos aleatórios, que o amanhã era previsível a partir do presente. A interpretação de Born supunha que o comportamento individual das partículas permanecia manifestamente indeterminado. Abriu a porta para a acausalidade e enunciou um dos princípios fundamentais da física que sustenta a mecânica quântica: a complementaridade.

Para a maioria dos físicos, a mecânica quântica foi um verdadeiro terremoto. Considere que nem tudo pode ser compreendido, que nem tudo pode ser medido, que tudo tem uma explicação de causa e efeito. Max Born tinha certeza de que o universo é como um gato: tem um núcleo caótico.

Por curiosidade, Max Born é o avô da artista britânico-australiana Olivia Newton-John.


Fonre: Recanto Educacional -Via Judios Mentes Brillantes