novembro 15, 2025

BANQUETE RITUALÍSTICO - ARLS ESTRELA DO SUL 3 e NOVA ERA 8

 


Estando em Campo Grande fui visitar a minha Loja mãe, ARLS Estrela do Sul n. 3, na sexta-feira, em companhia do meu irmão Antônio Panhoti. Para nossa surpresa não era uma sessão comum, mas um banquete ritualístico unindo duas poderosas Lojas. A ARLS Estrela do Sul n. 3 e a ARLS Nova Era n. 8, as maiores Lojas do Estado.

Fui iniciado no acanhado templo da Rua José Antônio e estive presente no lançamento da pedra fundamental deste novo templo. Atualmente a Estrela do Sul é uma das maiores Lojas do país, com mais de 130 membros e uma infraestrutura de dar inveja a muitas potencias. Este salão de festas, por exemplo, acomoda com conforto mais de 500 pessoas.

Fui gentilmente recebido pelo Venerável Mestre da Estrela do Sul irmão Luiz Carlos Somenzi e reencontrei alguns irmãos da velha guarda, como o irmão Alex Bortotto. Sentei-me ao lado do irmão Otaviano, meu irmão gêmeo de iniciação em 1981 e um dos três remanescentes daquela turma de 14.

Os banquetes ritualísticos guardam forte simbolismo para a Ordem e São um laço de união para os irmãos. Na origem da maçonaria as sessões eram realizadas em tabernas, na Inglaterra.

Foi uma noite muito agradável, de deliciosas lembranças e deliciosas iguarias.


QUINZE DE NOVEMBRO - Adilson Zotovici



República aos Brasileiros ! 

Bradavam  estudantes, artistas, 

Grupos e grupos inteiros, 

Comerciantes, jornalistas , 

Todos patriotas, ordeiros 


Mescla de ativistas  

Com um propósito sério, 

Face ao jugo dos imperialistas, 

De ver findar o império 

Dos persistentes absolutistas  


Ao povo  então, vitupério 

Ver reinar a improbidade

Corruptível e sem critério  

Daquela isolada sociedade 

 Qual vivia, envolta em mistério  


Premente a necessidade,

Do sonho republicano 

Tornar-se pois, realidade 

Fez crescer no cotidiano 

A obstinação pela igualdade  


Um sentimento ufano  

Arvora-se pela democracia  

Marechais Deodoro, Floriano,

Pela liberdade à porfia, 

Que, anseio humano 

 

Cresceu pois, a maçonaria 

Homens em nobre missão 

Bocaiúva, Constant, em sinergia      

Junto a Sales, Barbosa, em união 

A repudiar a monarquia ! 


E consagrou-se assim a nação ! 

Desse povo ordeiro e varonil 

Com a força da fé, da razão,  

Fez-se a República do Brasil 

Com sua justa Proclamação ! 




PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA - João Carlos Spina




Introdução

A Proclamação da República Brasileira é o evento, na História do Brasil, que instaurou o regime republicano no país, derrubando a Monarquia. Ocorreu dia 15 de novembro de 1889 no Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, na praça da Aclamação (hoje Praça da República), quando um grupo de militares do Exército brasileiro liderados pelo comandante Marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de estado e depôs o imperador D. Pedro II. Institui-se então a República, sendo nessa data que o jurista Rui Barbosa assinou o primeiro decreto do novo regime, instituindo um governo provisório.

Vários foram os fatores que levaram o Império a perder o apoio de suas bases econômicas, militares e sociais. Da parte dos grupos conservadores: sérios atritos com a igreja católica (na "Questão Religiosa"); o abandono do apoio político dos grandes fazendeiros em virtude da abolição da escravatura, ocorrida em 1888. Da parte dos grupos progressistas: a manutenção, até muito tarde, da escravidão negra no país; a ausência de iniciativas com vistas ao desenvolvimento do país (fosse econômico, político ou social); a manutenção de um regime político de castas e censitário (isto é, com base na renda das pessoas); a ausência de um sistema de ensino universal; os altos índices de analfabetismo e miséria; o afastamento do Brasil em relação a todos demais países do continente americano (fossem da América do Sul, fossem da América do Norte), em virtude da incompatibilidade entre os regimes.

No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram com o marechal Deodoro da Fonseca, para que ele chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a monarquia pela república. Depois de muita insistência dos revolucionários, Deodoro concordou em liderar o movimento.

O golpe militar que estava previsto para 20 de novembro de 1889, teve de ser antecipado. No dia 14, divulgou-se a notícia (que posteriormente se revelou falsa) de que era iminente a prisão de Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca. Por isso, na madrugada do dia 15 de novembro, Deodoro iniciou o movimento que pôs fim ao regime imperial.

Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Ministério e prenderam seu presidente, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto. Na tarde do mesmo dia 15, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi solenemente proclamada a República.

D. Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio. Pensando que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o Ministério, o imperador tentou ainda organizar outro, sob a presidência do conselheiro José Antônio Saraiva. No dia seguinte, o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro entregou a D. Pedro II uma comunicação, cientificando-o da proclamação do novo regime e solicitando sua partida para a Europa, a fim de evitar conturbações políticas.

Antecedentes

A relativa estabilidade política do Império do Brasil veio a ser abalada, dando lugar a um regime político que alguns setores da sociedade acreditavam ser mais adequado aos problemas da época.

A partir da década de 1870, como conseqüência da Guerra do Paraguai (também chamada de Guerra da Tríplice Aliança) (1864-1870), essa crise foi tomando corpo, como resultado de vários fatores de ordem econômica, social e política que, somados, conduziram aqueles setores à conclusão de que a monarquia precisava ser superada. 

A crise econômica

A crise econômica agravou-se em função das elevadas despesas financeiras geradas pela Guerra da Tríplice Aliança, cobertas por capitais externos. Os empréstimos brasileiros elevaram-se de três milhões de libras esterlinas em 1871 para quase 20 milhões em 1889, o que causou uma inflação da ordem de 1,75% ao ano, no plano interno.


A questão abolicionista


A questão abolicionista impunha-se desde a abolição do tráfico negreiro em 1850, encontrando viva resistência entre as elites agrárias tradicionais do país. Diante das medidas adotadas pelo Império para a gradual extinção do regime escravista, essas elites reivindicavam do Estado indenizações proporcionais ao número de escravos alforriados.

Com a decretação da Lei Áurea (1888), e ao deixar de indenizar esses grandes proprietários rurais, o império perdeu o seu último pilar de sustentação. Chamados de "republicanos de última hora", os ex-proprietários de escravos aderiram à causa republicana.


A questão religiosa


Desde o período colonial, a Igreja Católica enquanto instituição encontrava-se submetida ao Estado. Isso se manteve após a Independência e significava, entre outras coisas, que nenhuma ordem do Papa poderia vigorar no Brasil sem que fosse previamente aprovada pelo Imperador (Beneplácito). Ocorre que, em 1872, Dom Vital e Dom Macedo, bispos de Olinda e Belém do Pará respectivamente, resolveram seguir por conta própria as ordens do Papa Pio IX (não ratificadas pelo Imperador), punindo religiosos ligados à maçonaria.

D. Pedro II, influenciado pelos maçons, decidiu intervir na questão, solicitando aos bispos que suspendessem as punições. Estes recusaram-se a obedecer ao imperador, sendo condenados a quatro anos de prisão. Em 1875, graças à intervenção do Duque de Caxias, os bispos receberam o perdão imperial e foram colocados em liberdade. Contudo, no episódio, a imagem do império desgastou-se junto à Igreja.


A questão militar


Os militares do Exército Brasileiro estavam descontentes com a proibição, imposta pela monarquia, pela qual os seus oficiais não podiam manifestar-se na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra, além de que os militares não possuíam uma autonomia sobre a defesa do território, estando sujeitos às ordens do imperador que se sobrepunha inclusive às ordens dos generais.

Além disso, freqüentemente os militares viam-se e sentiam-se desprestigiados e desrespeitados. Por um lado, os dirigentes do império eram civis, cuja seleção era extremamente elitista e cuja formação era bacharelesca mas que resultava em postos altamente remunerados e valorizados; por outro lado, os militares tinham uma seleção mais democrática e uma formação mais técnica, mas que não resultavam nem em valorização profissional nem em reconhecimento político, social ou econômico. Nesse sentido, inúmeros militares precisavam de dois, três ou mais empregos para poderem pagar suas contas, não raro contraindo sucessivas dívidas. Por fim, a ascensão profissional era difícil e baseada em critérios personalistas, em vez de meritocráticos.


A atuação dos republicanos e positivistas


Durante a Guerra do Paraguai o contato dos militares brasileiros das mais diferentes patentes com os combatentes de outros países levaram-nos a considerar com maior seriedade as relações entre problemas sociais e regimes políticos. A partir disso, começou a desenvolver-se entre os militares de carreira e os civis convocados para lutar no conflito a preocupação com a república e com o desenvolvimento social brasileiro.

Dessa forma, não foi casual que a propaganda republicana tenha por marco inicial a publicação do Manifesto Republicano em 1870, seguido pela Convenção de Itu (1873) e pela militância dos Clubes Republicanos, que se multiplicaram a partir de então pelos principais centros no país.

Essas propagandas republicanas eram realizadas pelos que, depois, foram chamados de "republicanos históricos" (em oposição àqueles que se tornaram republicanos apenas após o 15 de Novembro). Embora houvesse diferenças entre cada um desses grupos - em termos de estratégias políticas para a implementação da República e também do conteúdo substantivo do regime a instituir -, a idéia geral de que a república deveria ser um regime progressista, contraposto à exausta monarquia, era um denominador comum a todos eles. Dessa forma, a proposta do novo regime revestia-se de um caráter social e não apenas estritamente político.


As reformas do Gabinete Ouro Preto


O governo imperial, através do Gabinete do Visconde de Ouro Preto, percebendo a difícil situação política em que se encontrava, apresentou, em uma última e desesperada tentativa de salvar o Império à Câmara dos Deputados um programa de reformas políticas, do qual constavam os seguintes pontos: autonomia para as províncias; liberdade de voto; mandato temporário para os Senadores.


O movimento de proclamação


As reformas do chamado Gabinete Ouro Preto chegaram tarde demais. No dia 14 de Novembro de 1889, os conspiradores divulgaram o boato de que o governo havia mandado prender o marechal Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant Botelho de Magalhães. Dirigiram-se à residência do marechal Deodoro, que estava doente com dispnéia, e convencem-no a liderar o movimento.

Com esse pretexto, ao amanhecer do dia 15 de Novembro, o marechal Deodoro saiu de sua residência, atravessou o Campo de Santana e, do outro lado do parque, conclamou os soldados do batalhão ali aquartelado (atual Palácio Duque de Caxias) a rebelarem-se contra o governo. Oferecem um cavalo ao marechal, que nele montou e, segundo testemunhos, tirou o chapéu e proclamou "Viva a República!". Depois apeou, atravessou novamente o parque e voltou para a sua residência. A manifestação prosseguiu com um desfile de tropas pela Rua Direita (atual 1º de Março) até o Paço Imperial.

Consta que Deodoro não dirigiu crítica ao Imperador D. Pedro II e que vacilava em suas palavras. Relatos dizem que foi uma estratégia para evitar um derramamento de sangue.

Sabia-se que Deodoro da Fonseca estava com o tenente-coronel Benjamin Constant ao seu lado e que havia alguns líderes republicanos civis naquele momento.

No Paço, o presidente do gabinete (primeiro-ministro), Visconde de Ouro Preto, pediu ao comandante do destacamento local, Floriano Peixoto, que prendesse os amotinados. Floriano recusou-se e, manifestando sua adesão ao movimento republicano, deu voz de prisão ao chefe-de-governo.

O Imperador, em Petrópolis, foi informado e decidiu descer para a Corte. Ao saber do golpe, reconheceu a queda do Gabinete e procurou anunciar um novo nome para substituir Ouro Preto. No entanto, como nada fora dito sobre República até então, os republicanos mais exaltados, tendo Benjamin Constant à frente, espalharam o boato de que o Imperador escolheria Gaspar Silveira Martins, inimigo político de Deodoro desde os tempos do Rio Grande do Sul, para ser o novo chefe de governo. Com este engodo, Deodoro foi convencido a aderir à causa republicana. O Imperador foi informado disso e, desiludido, decidiu não oferecer resistência.

À noite, na Câmara Municipal do Município Neutro, José do Patrocínio redigiu a proclamação oficial da República dos Estados Unidos do Brasil, aprovada sem votação. O texto foi para as gráficas de jornais que apoiavam a causa e só no dia seguinte (16 de novembro) anunciou-se ao povo a mudança do regime.


Legitimidade e legitimação da república


No que se refere ao 15 de Novembro, embora se argumente que não houve participação popular no movimento que mudou o regime, o fato é que também não houve manifestações populares de apoio à monarquia, ao imperador ou de repúdio ao novo regime. Caso a monarquia fosse "popular" - o que não era - haveria movimentos contrários à república em seguida; entretanto, o que ocorreu foi uma crescente conscientização a respeito do novo regime e sua comemoração pelos mais diferentes setores da sociedade brasileira.

Nesse sentido, é notável o caso do líder abolicionista José do Patrocínio, que, entre a abolição da escravatura e a proclamação da República, manteve-se fiel à monarquia não por uma compreensão das necessidades sociais e políticas do país, mas, romanticamente, apenas devido a uma dívida de gratidão com a princesa Isabel. Aliás, nesse período de aproximadamente 18 meses, José do Patrocínio constituiu a chamada "Guarda Negra", que eram negros alforriados organizados para causar confusões e desordem em comícios republicanos, além de espancar os participantes de tais comícios.

Na reunião na casa de Deodoro, na noite de 15 de novembro de 1889, foi decidido que se faria um referendo popular, para que o povo legitimasse, por meio do voto, a república. Porém esse plebiscito só ocorreu 104 anos depois, dentro da constituição vigente, no dia 21 de abril de 1993; o seu resultado foi inequívoco: a república foi aprovada pela grande maioria da população, com 86% dos votos válidos.

VITRIOL - Gentil Pacioni Jr.


 

VITRIOL é um acrônimo alquímico que significa “Visita Interiora Terrae Rectificando Invenies Occultum Lapidem”, traduzido como “Visita o interior da terra, retificando-te, encontrarás a pedra oculta”. Na Maçonaria, representa o processo de autoconhecimento e transformação espiritual essencial ao neófito.

Significado profundo de VITRIOL

O termo VITRIOL tem origem na alquimia e é amplamente utilizado na simbologia maçônica. Cada palavra da frase representa uma etapa da jornada iniciática:

Visita Interiora Terrae – Visita o interior da terra: convida o neófito a olhar para dentro de si, explorar sua essência e confrontar suas sombras.

Rectificando – Retificando-te: simboliza o processo de purificação, correção de falhas e busca pela retidão moral.

Invenies Occultum Lapidem – Encontrarás a pedra oculta: refere-se à descoberta da verdade interior, da sabedoria espiritual, ou da “pedra filosofal” cavaleiros da....

Importância para o neófito na iniciação maçônica

Durante o ritual de iniciação, o neófito é conduzido à Câmara de Reflexões, um espaço simbólico onde se depara com o VITRIOL. Esse momento é crucial:

• Introspecção profunda: o neófito é convidado a meditar sobre sua vida, valores e intenções, afastando-se das distrações do mundo profano freemason.pt.

• Despojamento dos metais: representa o abandono das vaidades e riquezas materiais, focando nas qualidades morais e espirituais.

• Morte simbólica: a Câmara de Reflexões simboliza a morte do homem profano e o renascimento para uma nova vida espiritual blogspot.com.

Conexão com a alquimia e o caminho iniciático

Na alquimia, VITRIOL é associado à transmutação dos metais em ouro — uma metáfora para a transformação do ser humano comum em um ser iluminado. Na Maçonaria, essa transformação é representada pela lapidação da pedra bruta, símbolo do homem em seu estado natural, rumo à perfeição espiritual cavaleirosda....

Reflexão final

Para o neófito, VITRIOL é mais do que uma palavra: é um chamado à jornada interior. Ele marca o início de um caminho de autoconhecimento, disciplina e busca pela verdade — fundamentos essenciais da vida maçônica.


VITRIOL — A Pedra Oculta


No silêncio da terra, onde o tempo se cala, desce o neófito, alma nua, sem fala.

Visita o abismo que em si mesmo habita,

Onde a luz se esconde e a sombra palpita.


Retifica o passo, o olhar e o querer,

Lava os metais do ego, aprende a morrer.

Pois só quem se perde no escuro profundo pode renascer, mais sábio, fecundo.


A pedra oculta não brilha ao olhar vão,

Mas pulsa no peito, em forma de razão.

É o ouro do espírito, o fogo que guia,

A essência lapidada pela sabedoria.


VITRIOL é caminho, é verbo, é sinal,

Do homem profano ao ser espiritual.

Quem ousa descer e enfrentar seu porão

Ascende mais alto, em justa elevação

OS SEGREDOS DA MAÇONARIA, O SILÊNCIO E O SABER CALAR-SE - Paulo M.






Por poucos que sejam, há, de fato, segredos na Maçonaria. 

Num tempo e numa sociedade em que a vida de cada um se encontra cada vez mais exposta, não é senão natural que a simples existência de segredos cause curiosidade e mesmo perplexidade. 

Contudo, a existência dos segredos tem mais do que uma justificação.

_ Em primeiro lugar, há as razões culturais, morais e éticas. 

Diz-se da Maçonaria ser “um sistema peculiar de moralidade, velado por alegorias e ilustrado por símbolos”. 

Ora, se os sistemas de moralidade variam de sociedade para sociedade, as raízes saxônicas da Maçonaria são bem visíveis através daquilo que esta valoriza, como a delicadeza de trato associada aos gentlemen, ou essa mistura de contenção e refreamento que constitui a tão conhecida fleuma britânica. 

Pode, nesta perspetiva, dizer-se que o segredo, o silêncio e o “saber calar “são manifestação de três virtudes que a Maçonaria muito preza: 

• a circunspeccão 

• a discrição e 

• o auto-controlo. 

Terá sido esta atitude, a par de um contexto histórico de guerras religiosas e de luta política de que a Maçonaria queria (e quer) manter-se afastada, que ditou o 6º Landmark:

... “A Maçonaria impõe a todos os seus membros o respeito das opiniões e crenças de cada um. 

Ela proíbe-lhes no seu seio toda a discussão ou controvérsia, política ou religiosa. 

Ela é ainda um centro permanente de união fraterna, onde reinam a tolerante e frutuosa harmonia entre os homens, que sem ela seriam estranhos uns aos outros.”... 

Quantas vezes uma frágil harmonia se consegue, sabe-se lá com que custo, pela exaltação dos pontos de concórdia, e pela minimização da exposição dos pontos de dissensão.

É por isso que, em Maçonaria, se respeita em absoluto a liberdade de expressão de cada um – ao mesmo tempo que se espera que cada um tenha aprendido a, no seu exercício, não ameaçar a harmonia, o equilíbrio e a fraternidade.

_ Em segundo lugar há razões simbólicas e metodológicas. 

Diz-se que, nos tempos da Maçonaria Operativa, seria através de sinais secretos, próprios de cada uma das classes de operários, que os seus membros se identificariam perante os tesoureiros para assim receberem os seus salários diferenciados. 

Do mesmo modo, cada grau – Aprendiz, Companheiro e Mestre – tem os seus próprios sinais de reconhecimento, os seus próprios segredos que não podem ser revelados aos de grau inferior. 

A natureza do que se cala é menos importante do que a aprendizagem do guardar silêncio, do calar-se e do refrear-se. 

Sem calar não se pode ouvir; é por isso que nas sessões é imposto absoluto silêncio aos Aprendizes e aos Companheiros. 

Como exercício, fora destas, são-lhes confiados os “segredos de grau”, que não passam, neste sentido, de um mero exercício de contenção. 

Por outro lado, a separação entre os graus evidencia e promove o progresso de cada maçom, e permite que, expostos aos mesmos conceitos na mesma ordem cronológica, todos percorram caminhos relativamente semelhantes. 

Os símbolos marcam o caminho, e a sua interpretação ou o aprofundamento do seu estudo constituem segredos na medida em que antecipação do conhecimento dos mesmos poria em risco a sua frutuosa interiorização. 

O silêncio não termina, porém, com a elevação a Mestre, antes se transfigura de silêncio imposto em silêncio voluntário. 

De fato, um Mestre deverá ter já interiorizado o que a sabedoria do povo nos repete: que, se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro.

_ Por fim, e em terceiro lugar, encontra-se a reserva da identidade dos irmãos, o que não deixará de fazer sentido face à incompreensão, rejeição e mesmo perseguição de que os maçons foram – e, infelizmente, são ainda em muitos lugares – alvo, pelas mais diversas razões, das políticas às religiosas. 

Não obstante ser cada um livre de assumir publicamente a sua condição de maçon, está-lhe absolutamente vedado revelar a de quem o não fez. 

Por poder causar danos reais na vida daqueles cuja identidade fosse indevidamente revelada considero ser este, de entre os vários que os maçons juram guardar, o único segredo verdadeiramente digno desse nome.





novembro 14, 2025

ARLS COLUNAS DA LEI 55 - Campo Grande, MS











O amigo e irmão Gilson Prazeres, maçom notável e grande empresário tem patrocinado minhas viagens a Campo Grande para a realização de palestras em diversas Lojas e especialmente na sua própria, a ARLS Colunas da Lei 55, da Grande Loja de Mato Grosso do Sul.

Nesta quinta-feira, dia 13, coube me a honra de apresentar a palestra "Maconaria, de Isaac Newton à Internet" em sessão especial de palestra conduzida pelo Venerável Mestre  irmão Geraldo Moretzsohn de Castro Filho,  com a presença Grão-Mestre Ad Vitam irmão Juarez Vasconcelos e do  Delegado da Grande Loja irmão Fábio de Souza Araújo.

Os irmãos presentes demonstraram grande interesse n palestra que foivrefletda nas perguntas e como sempre acontece a Loja se comprometeu com a doação de festas básicas em retribuição ao meu trabalho.

Um momento emocionante foi o reencontro com o meu irmão gêmeo de maçonaria, Cícero Lacerda Faria. Fomos iniciados na mesma data, 3 de outubro de 1981 na ARLS Estrela do Sul n. 3. Dos 14 irmãos iniciados naquela ocasião, permanecem 3. Tirei uma foto com o Grão Mestre Ad Vitam da GLEMS, irmão Juarez Vasconcelos ao lado da placa que denomina o Templo de Irmão Alonso Simioli que foi membro da Loja onde fui iniciado, meu irmão e amigo.

Recebi como presente da Loja um livro contando os seus 30 anos de serviços prestados a sociedade campo grandense e do irmão Ademir Batista de Oliveira, que durante muitos anos editou uma das melhores revistas da maçonaria brasileira, "Consciência" uma pasta porta paramentos.

Por determinação no Sereníssimo Grão Mestre Jorge Anysio Haddad da GLESP, em cada visita de palestra que faço entrego a Loja uma comenda cultural.


COBRIDOR INTERNO OU GUARDA DO TEMPLO - Almir Sant’Anna Cruz






Joia:

Duas Espadas Cruzadas

Duas espadas cruzadas mostram que o titular do cargo zela pela segurança interna dos trabalhos. 

Sua alegoria mostra a inviolabilidade e o respeito, já que a ele compete velar para que o Templo fique coberto a olhares profanos.

Investidura e Posse:*

Com a seguinte fala do Venerável Mestre eleito:

Irmão Guarda do Templo, estas Espadas cruzadas, que constituem a vossa Joia, indicam que só deveis dar ingresso em nosso Templo, àqueles que têm direito a tomar parte em nossos trabalhos.

Simbolicamente, os ferros cruzados, em guarda para o combate, ensinam-nos a colocarmo-nos em defesa contra os maus pensamentos e ordenarmos moralmente as nossas ações.

Avental:

O Avental dos Mestres difere em função da Potência.

No Grande Oriente do Brasil e nas Potências Estaduais confederadas a CMSB, o Avental é branco forrado de preto, orlado de azul em seu entorno e no da abeta, com rosetas azuis no centro da abeta e em cada extremidade inferior do Avental.

Nos Grandes Orientes Estaduais confederados a COMAB, o Avental é branco, forrado de preto, orlado de vermelho em seu entorno e no da abeta, com as letras M e B em cada extremidade inferior do Avental. 

Alfaias:

Avental de Mestre e Colar com a joia do cargo. A cor do Colar será conforme a Potência a que a Loja está jurisdicionada.

Instrumentos de trabalho: Espada

Correspondência na Abobada Celeste:

ANTARES, nome proveniente de Anti-Ares (Anti-Marte) por se assemelhar, rivalizando com seu tamanho, cor avermelhada e brilho, ao planeta Marte.

Para os antigos persas (3000 a.C.) era uma das estrelas guardiãs do céu. Corresponde ao Cobridor Interno, o guardião do Templo.

Atributos do cargo:

Armado de espada, o Cobridor Interno ou Guarda do Templo tem assento no lado da porta, dependendo da Potência Maçônica, a esquerda ou a direita de quem entra.

Compete-lhe guardar a entrada do templo, zelando pela plena segurança dos trabalhos da Loja.

Cabe-lhe também não permitir a entrada ou a saída do templo sem a prévia autorização do Venerável Mestre e fiscalizar se todos os retardatários estão trajados adequadamente. 

O Cobridor Interno e o Mestre de Harmonia, por suas atribuições, são os únicos Oficiais que não participam do Cortejo de entrada, permanecendo, ambos, no interior do templo.

Para a Escola Ocultista, representa o princípio humano do duplo etéreo e ao plano físico superior, atraindo, quando da abertura das sessões, devas (anjos) comandantes de certos espíritos da natureza e elementais, com predomínio da cor cinzento-violáceo.

Excerto do livro *Manual dos Cargos em Loja do REAA - Interessados no livro contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350

novembro 13, 2025

ARLS CAVALEIROS DA LUZ 4505 - Campo Grande, MS

 


    O engenheiro naval e administrador Antonio Panhoti, na extrema direita da foto, é vizinho de minha filha e irmão e amigo há muitos anos. É past-master da Loja que visitei ontem, quarta-feira, e na sua gestão tive a oportunidade de fazer uma palestra na sua ARLS Cavaleiros da Luz 4505 do GOB-MS, do Rito Brasileiro,  que funciona na sede do Grande Oriente do Brasil na capital. É uma Loja pequena, mas lindamente decorada.

    Fui reconhecido e carinhosamente recebido por diversos irmãos e o Venerável Mestre Cleber Cowboy me ofereceu o tempo de estudos para uma palestra sobre "A origem da maçonaria especulativa no século XVIII". 

    Foi uma sessão muito agradável encerrada com um delicioso ágape debaixo de uma chuva torrencial, que transformou em rios as ruas de Campo Grande. Mas ao invés de lamentar vi os irmãos agradecerem devido ao intenso calor e a prolongada estiagem que estava colocando em risco as lavouras do Estado. A tempestade regularizou o clima e beneficiou os pastos e as plantações.

    

COLUNAS VESTIBULARES - Pedro Juk


Meu caro, estou na busca da comprovação documental, da exata localização das Colunas J e B. Não encontrei ainda qual fica ao Norte ou Sul do templo. Li vários artigos que citam vista de fora pra dentro, que a coluna tal fica à esquerda e outra à direita, mas não citam aonde ou quem enxerga está, se no Oeste ou Leste. Me ajude,

*CONSIDERAÇÕES:*

*Conforme consta na Bíblia, em 1 Reis 7:21 e 2 Crônicas 3:17, as Colunas Gêmeas do primeiro Templo de Jerusalém ladeiam a sua porta principal pelo lado de fora. O ingresso é feito de fora para dentro, portanto a primeira visão que se tem dessas Colunas é do átrio.*

*Por ficarem no átrio do Templo, as duas Colunas também são chamadas de vestibulares. Para quem entra no Templo, a Coluna da direita se chama J∴ e a da esquerda, B∴.*

*Segundo exegetas bíblicos, as letras iniciais B∴ e J∴ relativas às Colunas, quando lidas da direita para a esquerda, conforme prevê o idioma hebraico, significam: “Ele estabelecera”, para a letra J e “com força”, ou “na força”, para a letra B.*

*Da direita para a esquerda, em primeira análise as iniciais formam a frase "Ele, JAVÉ, estabelecerá com força o Reino de Israel”.*

*Na Moderna Maçonaria, o Templo de Jerusalém, ou de Salomão, logo viria a se tornar um dos seus maiores símbolo. Isto fez com que a maioria dos Ritos utilizassem as Colunas Vestibulares do Templo para construir destacada alegoria iniciática.*

*Por conta disso e conforme o Rito, as duas Colunas podem aparecer pelo lado de dentro ou pelo lado de fora do templo maçônico, não obstante elas também possam aparecer invertidas – B∴ e J∴ ou J∴ e B∴.*

*No REAA, dispostas conforme o ponto de vista de quem as enxerga pelo lado de fora, vê-se B∴ à esquerda e J∴ à direita. Essas Colunas ficam no átrio do Templo (lado externo), uma em cada lado da porta.*

*Usando como parâmetro o REAA, o motivo pelo qual as colunas aparecem invertidas em alguns Ritos é histórico e se deve às "Revelações" (Exposures). As “Revelações” eram uma espécie de “traição literária” que revelava ao mundo profano como os maçons trabalhavam nas suas Lojas.*

*Editadas principalmente pelos jornais londrinos do século XVIII, as “Revelações” fizeram tanto sucesso que logo apareceriam impressas em forma de livretos. É o caso da mais famosa delas, então editada em 1730 e chamada The Masonry Dissected de Samuel Pritchard, a qual teve aproximadamente dez edições. Nos anos seguintes outras obras espúrias apareceriam para revelar os “segredos” da Maçonaria.*

*Na verdade, como um instrumento para revelar os segredos dos Franco-maçons, as “Revelações” despertavam muita curiosidade no mundo profano e com isso acabaram rendendo muito dinheiro aos seus produtores – tornava-se um excelente negócio lucrativo.*

*Foi graças a isso que a Primeira Grande Loja de Londres e Westminster, visando burlar os ansiosos bisbilhoteiros que liam as revelações, fez várias mudanças na forma de trabalho, pelo que alterou a disposição de muitos símbolos, descristianizou rituais, omitiu orações, inverteu palavras, etc. Tudo para escapar às revelações produzidas por traidores.*

*Uma das significativas mudanças feitas pela primeira Grande Loja foi a inversão das palavras de Aprendiz e Companheiro. No mesmo caminho também foram invertidos os nomes das colunas, de B∴ e J∴ para J∴ e B∴.*

*No entanto, essas mudanças não agradaram os defensores da velha forma de trabalho, que não admitiam as mudanças, inversões e omissões propostas pela primeira Grande Loja de 1717. Isso despertou muitas animosidades, sobretudo por parte dos maçons irlandeses, fazendo com que outra Grande Loja fosse criada para se opor à primeira. Assim, em 1751 era criada uma Grande Loja rival.*

*À vista disso, os integrantes da Grande Loja rival (1751) passaram a se auto denominar como “Antigos”, apelidando pejorativamente os integrantes da primeira Grande Loja (1717) de “Modernos”.*

*Assim sendo, as escaramuças entre Antigos e Modernos durariam até 1813, oportunidade em que as duas Grandes Lojas rivais acabariam se unindo para criar a Grande Loja Unida da Inglaterra.*

*Foi assim que as Colunas Vestibulares, ora B∴ e J∴, ora J∴ e B∴, se tornariam marcos de identificação entre muitos ritos da Moderna Maçonaria.*

*De modo amplo, a espinha dorsal da Maçonaria Francesa se manteve fiel aos costumes dos Modernos, conservando a Coluna B∴ à direita de quem entra e a Coluna J∴ à esquerda – é o caso do Rito Moderno e do Adonhiramita (ambos também interiorizam as Colunas).*

*No entanto, o REAA, que é um rito originário da França, por questões históricas, segue em muitas particularidades o costume dos Antigos, ou seja, mantém a Coluna B∴ à esquerda de quem entra, e a J∴ à direita (as Colunas ficam junto à porta no átrio).*

*Vale ressaltar ainda que a posição das Colunas B∴ (Norte) e J∴ (Sul) é também uma herança da Loja Geral Escocesa, então criada em Paris no ano de 1804 para coordenar a construção do primeiro ritual para o simbolismo do REAA.*

*Finalmente, vale a pena mencionar que referências a situação das Colunas Vestibulares, interiorizadas ou exteriorizadas, invertidas ou não, é sempre do ponto de vista de quem vem de fora para dentro do Templo. Caso contrário seria o mesmo que primeiro fabricar a rolha para depois fazer a garrafa.*





novembro 12, 2025

ARLS OBREIROS DA ARTE REAL 61- Campo Grande, MS




 O Venerável Mestre Heitor Rodrigues Freire é meu irmão e amigo há mais de quatro décadas. Advogado, corretor de imóveis, intelectual brilhante, cujos textos tenho a honra de publicar com frequência neste blog e past Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso do Sul, além de inúmeros outros serviços prestados a sociedade da Cidade Morena.

Sou administrador de um grupo maçônico criado por ele e sempre que vou a Campo Grande rever minha filha e netas,  informo a viagem no blog, e surgem convites para palestras em Lojas. Ontem foi a ocasião de falar na ARLS Obreiros da Arte Real n. 61,  dirigida pelo irmão Heitor.

Além dos irmãos do quadro estavam presentes autoridades maçônicas e Veneráveis Mestres de outras Lojas para assistirem a minha exposição sobre "A Cabalá". Como sempre, os slides do audiovisual são presenteados aos participantes para que prossigam os estudos em casa.

A Loja retribuiu a palestra com a doação de R$ 400,00 em alimentos para o Asilo dos Velhinhos da Capital.

Em nome do SGM Jorge Anysio Haddad presenteei a Loja com a Comenda de Mérito Cultural oferecida pela GLESP e a sessão foi encerrada com um delicioso ágape.

PREPOSIÇŌES MUDAM HISTÓRIAS E DISTORCEM VIDAS - Newton Agrella


 

É um tanto instigante, porém incrível, como duas meras preposições, cada uma, a seu modo, dotadas de uma única sílaba e de apenas duas letras, têm o poder de transfigurar o sentido das coisas e o próprio comportamento humano.

Senão vejamos, nos exemplos que se seguem:

Uma pessoa pode "perder-se *em* sí" 

ou

 "perder-se *de* sí"

A rigor a diferença reside no âmago da questão e nas circunstâncias que a envolvem.

 Na primeira assertiva,  "perder-se *em* si" indica uma profunda imersão de caráter,  supostamente negativo em si mesmo. 

Trata-se de um mergulho no próprio pensamento, no próprio íntimo, e que de algum modo pode ser interpretado como uma espécie de egocentrismo ou até mesmo como um processo de autoconsciência, que de certa maneira, pode ser prejudicial, na medida em que ao perder-se em si mesmo, o indivíduo não consegue enxergar outros pontos de vista, ou entender outras formas de ver a vida,  senão, exclusivamente, aquela que carrega consigo. É a vaidade e orgulho que aprisionam.

Por outro lado, "perder-se *de* si" indica um afastamento e uma desconexão do seu próprio eu, do seu próprio eixo, sob o risco inclusive de se deixar levar a um estado de submissão ou de subserviência.

Trata-se da busca ou necessidade em querer se encaixar em outra pessoa ou situação. 

É uma forma de se anular e principalmente de se afastar da própria identidade.

Se com a preposição *"em"* , o indivíduo mergulha e se perde num labirinto insondável dentro de si, não menos traumático é perder-se para fora *"de"* sí  desvinculando-se da própria realidade.

Estes singelos exemplos são combustível suficiente para provar o quanto as palavras têm vida.



novembro 11, 2025

ARLS ATHAMARIL SALDANHA 3119 - Campo Grande MS


 

    Eu já havia visitado esta Loja há dois anos, em novembro de 2023, quando fiz a palestra "O caminho da felicidade". Avisei o meu querido irmão e amigo Márcio Lolli Ghetti, past GM do GOB no MS de minha vinda, que me intimou: - na segunda feira tem peixada. Venha participar conosco.
    Fui carinhosamente recebido por irmãos que ainda se lembravam daquela palestra. Foi uma sessão de aprendiz, onde dois aprendizes exibiram um sólido conhecimento de maçonaria no questionário que responderam, para habilitá-los a elevação para o grau de companheiro. Cumprimentei o Venerável Mestre Pedro Henrique Ramos pela qualidade do ensino que propiciou tão bom aprendizado a estes irmãos.
    A Loja é linda, mas o patrimônio é assombroso. Um quarteirão inteiro com mais de 8.000 metros quadrados. Quando foi adquirido o imóvel era apenas uma chácara e hoje é um valorizado terreno em local importante da capital.
     Mas o ágape merece menção especial, estava maravilhoso. Peixe frito, peixe no azeite de dendê, peixe no leite de coco, um variedade de preparações que matou as saudades das delícias que só se encontram no Mato Grosso do Sul, meu estado amado.
   

A VERDADEIRA FORÇA DA MAÇONARIA - Brian Ribin


 *A verdadeira força da Maçonaria não está na perfeição, mas na superação*. 

          Conor Moorman, que convive com tetraplegia desde a infância, é a prova viva disso. Ao completar 18 anos, ele bateu à porta da fraternidade ciente dos desafios, mas determinado a fazer parte de algo maior. 13 anos depois, não apenas venceu essas barreiras como se tornou um líder atuante, servindo em comitês e sendo eleito Venerável Mestre por quatro mandatos consecutivos. Sua trajetória inspira outros maçons com deficiência, mostrando que as qualificações internas prevalecem sobre as limitações físicas. Pertence à Grande Loja da Califórnia nos Estados Unidos.

           Historicamente, a Maçonaria exige que os candidatos estivessem em "sã consciência e pleno gozo de suas faculdades mentais", o que excluía muitas pessoas com deficiência. Foi após a Primeira Guerra Mundial, com o retorno de irmãos mutilados, que a fraternidade começou a revisar seus conceitos. Um grão-mestre de Rhode Island declarou em 1918 que as qualidades mentais e emocionais deveriam ser primárias, enquanto as físicas seriam secundárias, um princípio que abriu as portas para uma nova compreensão de inclusão.

           Conor Moorman foi iniciado em 2011 na Loja Atascadero nº 493. Ele atuou como presidente do Comitê de Caridade de sua Loja e foi membro do Comitê de Construção. Quando sua Loja-Mãe fez uma fusão com a Loja "Thaddeus Sherman nº 196" em 2021, Moorman foi eleito o primeiro Venerável-Mestre da nova Loja. 

            Não que tenha sido fácil para Moorman, que usa cadeira de rodas e fala através de um aparelho, mas com muito carisma ele disse: "Não consigo imaginar o quão difícil foi para mim receber os graus", diz ele. "Gostaria de ter estado na sala quando discutiram como me conceder o Terceiro Grau. Eles têm sorte de eu ser um bom motorista, porque me guiar pela sala de olhos vendados em uma cadeira de rodas grande seria difícil se eu não fosse."

            Apesar da mobilidade limitada, Moorman se tornou um dos ritualistas mais proeminentes do Estado. Em 2022 e 2023, ele ganhou o Prêmio de Ritual Maçônico da Califórnia e conquistou o prêmio máximo da divisão diversas outras vezes

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Fonte: CURIOSIDADES DA MAÇONARIA #maconariaeinclusão