outubro 21, 2025

21/10/1822 - D. PEDRO I FECHA A MACONARIA

  








No dia 21 de outubro de 1822 Dom Pedro I determinou a interrupção das atividades maçônicas.

Para a historiografia maçônica, a 17ª sessão do Grande Oriente do Brasil se reveste de um significado particular. Realizada em 04 de outubro de 1822, D. Pedro foi aclamado Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil em substituição a José Bonifácio. A sessão foi presidida pelo Grande Mestre Adjunto Joaquim Gonçalves Ledo [Diderot]. E no dia 21 de outubro de 1822 dom Pedro determinou a interrupção das atividades maçônicas, afiançando a Ledo que a suspensão seria breve:

 "Meu Ledo. Convindo fazer certas averiguações, tanto públicas como particulares, na Maçonaria. Mando: primo como Imperador, segundo como Grão-Mestre, que os trabalhos Maçônicos se suspendam até segunda ordem minha. É o que tenho a participar-vos; agora resta-me reiterar os meus protestos como Irmão – Pedro Guatimozim Grão-Mestre. P.S. Hoje mesmo deve ter execução e espero que dure pouco tempo a suspensão, porque em breve conseguiremos o fim que deve resultar das averiguações".

... De fato, quatro dias depois, em 25 de outubro de 1822, Pedro Guatimozim, era assim que o Imperador assinava sua correspondência maçônica, determinou o fim da suspensão dos trabalhos em função do término das averiguações:

 "São Cristóvão, 25.10.1822. Meu Irmão – tendo sido outro dia suspendido nossos augustos trabalhos pelos motivos que vos participei, e achando-se hoje concluídas as averiguações, vos faço saber que segunda-feira que vem, os nossos trabalhos devem recobrar o seu antigo vigor, começando a abertura pela Loja em Assembléia Geral. É o que tenho a participa-vos para que, passando as necessárias ordens, assim o executeis. Queira o Supremo Arquiteto do Universo dar-vos fortunas imensas como vos deseja o – Vosso Irmão – Pedro Guatimozim – Grão-Mestre – Rosa Cruz".

Porque? 

D. Pedro I fechou o Grande Oriente do Brasil porque a Maçonaria se dividia em dois grupos. Embora ambos os grupos apoiassem fortemente a independência do Brasil, um dos grupos, liderados por José Bonifácio, apoiava a ideia de uma Monarquia Constitucionalista, enquanto que o outro grupo, liderado por Gonçalves Ledo, defendia já a proclamação da República. 

O grupo republicano, de Gonçalves Ledo, ganhava cada vez mais forças. Assim, D. Pedro I alegando "haver muita divergência entre José Bonifácio e Gonçalves Ledo" (as duas principais lideranças maçônicas na época) simplesmente fechou o Grande Oriente do Brasil.


Fonte: BEM, a Rede Colmeia coloca o texto acima todos os anos, mas a verdade é que D. Pedro I só sancionou uma Lei aprovada pelos Deputados, ele só assinou, o que na pratica é quase a mesma coisa.

BODE - Almir Sant’Anna Cruz


Chega às raias do ridículo e, pior, alimentado pelos próprios Maçons, a associação do bode com a Maçonaria.

É muito comum os Maçons chamarem-se a si próprios de bode e, ao arrepio do que preconizam os Rituais, com a finalidade de amedrontar os candidatos à iniciação, dizer-lhes que “vão ter que sentar no bode”, que devem “ter cuidado com o bode” e outras tolices de igual monta, inconcebíveis para um verdadeiro Maçom, um homem escolhido na Sociedade para “promover o bem estar da Humanidade, levantando Templos às virtudes e cavando masmorras aos vícios”.

*Não existe bode na Maçonaria!*

Um dos principais símbolos da Maçonaria, o pentagrama (estrela de cinco pontas) com uma única ponta para o alto, onde pode ser inscrita uma figura humana (cabeça, braços e pernas), é exatamente o oposto do bode, cuja cabeça se pode inscrever dentro de uma estrela invertida, com uma única ponta para baixo (chifres, orelhas e barba). Enquanto a estrela adotada pela Maçonaria representa o que de mais nobre, ativo e benéfico existe na natureza humana, a estrela invertida, geralmente utilizada em rituais de magia negra, representa o que de mais brutalmente instintivo existe na impureza animal.

*Não existe bode na Maçonaria!*

E a esmagadora maioria dos Maçons desconhece como, quando e onde tudo começou, havendo inclusive alguns eminentes autores nacionais que dizem ser uma invenção exclusivamente brasileira, derivada da expressão “bode preto”, que substitui a palavra “diabo”, o que não está correto. A associação do bode com a Maçonaria é muito mais profunda e perversa e se dá a nível internacional. Nicola Aslan in Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, afirma: Houve mesmo uma época, na Inglaterra, em que alguns gracejadores insistiam em que houvesse um bode na Loja, sobre o qual obrigavam os neófitos a montar. 

*Não existe bode na Maçonaria!*

Na mitologia greco-romana sim. Pan (“tudo” em grego), o deus dos caçadores, das florestas, da vida natural e da fertilidade, era representado com o corpo de homem e com barba, cornos, orelhas, pernas e patas de bode. Na batalha de Maratona, teria ajudado os gregos, amedrontando os persas, seus ini-migos, originando-se daí a palavra pânico.

*Não existe bode na Maçonaria!*

Na tradição judaica, cristã e islâmica sim. Com os demônios figurados como meio homem e meio bode.

A expressão “bode expiatório”, que significa a pessoa a quem é imputada a culpa alheia, é originária da tradição judaica de enxotar para o deserto, no dia da expiação dos pecados, um bode que carregava consigo os pecados do povo. Pois alguns autores maçônicos nacionais, por desconhecerem essa antiga prática judaica, que é relatada inclusive no Antigo Testamento, desenvolveram a mirabolante explicação de que o bode representaria a discrição maçônica. E o pior é que complementam essa tese estapafúrdia afirmando que os Maçons, ao serem torturados pela Inquisição nada revelaram. Desconhecem os autos da Inquisição em que se verifica que sob torturas, físicas ou psicológicas, tudo revelaram e até admitiram, para se livrarem das torturas, práticas inexistentes. Na literatura maçônica estrangeira nada se fala sobre isso! 

*Não existe bode na Maçonaria!*

Nas religiões afro-brasileiras sim. Dos 16 Orixás cultuados no Brasil, 10 deles recebem oferendas de caprinos: Iansã, Oxum, Obá, Nanã, Ewá e Oxalá (cabra); Ogum (cabrito); Ossaim e Obaluaiê (bode) e Exú (bode preto).

*Não existe bode na Maçonaria!*

A associação do bode com a Maçonaria, na realidade, começa com uma grande farsa perpetrada em dois atos teatrais, ambos tendo como pano de fundo a afirmação de que os Maçons cultuam Baphomet, o diabo em forma de bode. 

O primeiro ato inicia-se com a tese de que uma das origens ou fontes de inspiração da Maçonaria foi a Ordem dos Templários, parcialmente confirmada nos Altos Graus, com os chamados Graus Templários. 

Os Templários eram uma ordem militar religiosa fundada em 1118, com a finalidade de proteger o Reino Cristão de Jerusalém e escoltar os peregrinos cristãos que iam a Terra Santa. Os membros seguiam a regra de São Benedito e faziam os votos de pobreza, castidade e obediência. Durante os séculos XII e XIII seus ideais religiosos e militares tornaram a Ordem muito popular.

Para financiar seus objetivos, passaram a receber donativos e dotações e, não obstante suas despesas com a participação nas Cruzadas e com a construção e manutenção de inúmeras fortalezas fossem de grande monta, por serem excelentes administradores, fiéis e organizados depositários, tornaram-se muito poderosos e banqueiros de papas, reis e particulares.

Em 1307, o Rei Felipe o Belo, de França, totalmente falido, resolveu apoderar-se dos bens da Ordem, prendendo os Templários sob a acusação de devassidão e idolatria e entregando-os à Inquisição que, sob tortura, obteve declarações de culpabilidade e queimou vivos, em 1314, os altos dignitários da Ordem, inclusive seu Grão-Mestre Jacques de Molay.

Entre as inverídicas acusações contra os Templários, pesava a adoração a Baphomet, pretenso ídolo associado ao nome de Maomé, representado por uma figura humana com atributos dos dois sexos e com cabeça de carneiro ou bode.

O segundo ato, muito mais prejudicial e delirante, tem como ator principal o impostor francês Gabriel Antoine Jogand Pagés (1854-1907). 

Aluno expulso de colégios católicos, tornou-se jornalista e escritor anticlerical. Depois foi iniciado na Maçonaria e expulso de sua Loja, tornando-se escritor anti-maçônico. Arrependeu-se publicamente de seu anticlericalismo e foi recebido, abençoado e absolvido das inúmeras excomunhões que sofrera, pelo próprio Papa.

Em seus escritos, fazia uso de diversos pseudônimos, entre os quais o de Leo Taxil, com o qual veio a tornar-se muito famoso. Levando uma vida de falcatruas, enganou os Maçons, iludiu o clero, ludibriou os intelectuais e explorou a credulidade do público. 

Deve-se a ele, entre outras, a ideia de um Papa Maçônico, chefe mundial oculto e empenhado em destruir a Igreja Católica; a utilização de cadeiras de pregos onde os candidatos supunham que nelas iriam se sentar; e a invenção de práticas satânicas. Um de seus livros tinha na capa a figura de Baphomet.

Seus escritos eram levados em alta conta pelas autoridades eclesiásticas, sendo traduzidos em diversos idiomas, geralmente por padres. A tradução para o português foi feita em 1892 pelo padre Francisco Correa Portocarreiro, autorizado pelo bispo do Porto.

Embora suas imposturas fossem ridículas, o público de então, sob o beneplácito do clero, era extremamente crédulo. Alguns exemplos:

- Com poderes logo abaixo do americano Albert Pike, grau 33 e Papa Maçônico, estava Sofia Walder, futura mãe do anticristo, fruto de seu conúbio com o demônio Bitru e que nasceria em 29 de setembro de 1896;

- Sofia Walder, certa vez, vomitou labaredas ao beber um copo com água benta que um católico por subterfúgio lhe oferecera;

- Durante uma sessão maçônica, Diana Vaughan, rival de Sofia Walder, tornou-se noiva do demônio Asmodeu;

- Em outra sessão maçônica, Sofia Walder cuspiu numa hóstia e Diana Vaughan se negou a fazer o mesmo por não acreditar que Deus estivesse naquele pão místico. Contra sua expulsão da Loja, interferiu Asmodeu sob a forma de uma cauda de leão, que vergastou os que estavam contra Diana.

A imprensa, o público e o clero regozijaram-se quando Diana, após finalmente vencer Sofia, se converte ao catolicismo, tornando-se ferrenha inimiga do satanismo e da Maçonaria.

O grande impostor torna-se então uma celebridade mundial, tendo sido, inclusive, condecorado pelo Papa Leão XIII com a Ordem do Santo Sepulcro.

Embora os personagens que criara nunca tivessem aparecido em público, o que começou a despertar desconfianças em uns e a certeza da impostura em outros, para a Igreja, os ataques eram convenientes.

Para encurtar esta sórdida história, após sofrer pesados ataques da imprensa, Taxil anunciou, em 25 de fevereiro de 1897, que Diana Vaughan compareceria em público em 19 de abril na Sociedade Geográfica de Paris para fazer uma conferência.

No dia marcado, com a sala tomada por jornalistas, eclesiásticos e leigos, comparece Taxil em lugar de Diana para, já rico com suas imposturas à custa dos tolos, pronunciar um dos mais cínicos e descarados, se bem que esclarecedores, discursos já ouvidos:

- Que a única Diana Vaughan que conhecera era uma moça, sua datilógrafa, a quem pagava 150 francos por mês;

- Que durante 12 anos sua intenção sempre fora a de estudar a fundo a Igreja Católica, com o auxílio de uma série de mistificadores que lhe revelariam os segredos dos espíritos e dos corações na hierarquia sacerdotal, tendo sido bem sucedido além de suas mais audaciosas esperanças;

- Que depois de sua pretensa conversão ao catolicismo, o meio de alcançar seus fins lhe tinha sido sugerido no fato da Igreja ver na Maçonaria o seu mais perigoso adversário, e que numerosos católicos, encabeçados pelo papa, acreditavam que o demônio era o chefe daquela associação anticlerical;

- Que os cardeais e a Cúria de Roma, com conhecimento de causa e de má fé, tinham patrocinado os escritos publicados sob o seu nome e o de outros que utilizara;

- Que o Vaticano conhecia a natureza fraudulenta de suas pretensas revelações, mas estava satisfeito por poder utilizá-las para entreter entre os fiéis uma crença proveitosa para a Igreja;

- Que o bispo de Charleston, cidade que dissera ser a sede do Papado Maçônico, tinha escrito ao papa que as histórias relativas àquela cidade eram falsas, mas que Leão XIII impusera silêncio àquele prelado; e

- Que Leão XIII impusera igual silêncio ao vigário apostólico de Gibraltar, que tinha afirmado não existir lá os subterrâneos onde seriam celebrados os ritos infames que descrevera.

Desde então, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, passou-se a fazer com que os candidatos montassem em um bode, saindo em público pelas ruas da cidade, para escarnecer da Igreja – por ter participado da farsa – e de todos aqueles que nela acreditaram.

Entretanto, as brincadeiras começaram a chocar os mais religiosos que as assistiam e passou-se então a realizá-las em ambientes fechados, longe das vistas do público, geralmente substituindo o animal por mecanismos especialmente montados sobre rodas de bicicletas. O guidom era substituído por cabeças de bode esculpidas ou empalhadas e o candidato segurava nos chifres para dirigir o estranho “veículo”, sob aplausos dos que a tudo assistiam.    

Nos Estados Unidos ainda se faz uso dessa prática, como verificamos em um site americano, em que um profano pergunta a respeito do bode na Maçonaria, recebendo três respostas, todas em conformidade com o que expusemos: 

P: Nos rituais maçônicos há um processo conhecido como montar o bode que ninguém conhece o que significa? 

R 1: Não sei o propósito do ritual, mas o "bode" não é um bode real. É um cruzamento entre uma bicicleta e um cavalo de brinquedo que tem uma cabeça de bode no guidão.

R 2: Uma série de mitos e mentiras bizarras têm sido divulgadas sobre a Maçonaria, e nós, por vezes, fazemos troça com essas coisas.

R 3: “Montar o bode" é a nossa própria visão humorada sobre um tal mito perpetuado por Taxil (envolvendo adoração ao bode ou sacrifício ou algo assim absurdo) e é um jargão tolo aplicado ao processo de passar por Graus. Um humor tipicamente masculino, em verdade um tanto bruto e inapropriado, mas nem por isso engraçado (e inofensivo).

Como se viu, ao contrário da esmagadora maioria dos Maçons brasileiros, os Maçons americanos conhecem, pelo menos superficialmente, que o bode na Maçonaria surgiu como consequência dos embustes de Leo Taxil. 

Taxil foi tão prejudicial à Maçonaria a ponto dos Maçons brasileiros terem feito inúmeras interpretações mirabolantes sobre o bode, desenvolvendo falsos simbolismos, entre os quais a de que simbolizaria a discrição maçônica. E por que não a galinha ou o burro, que não podendo falar, são tão discretos quanto o bode? 

E haja camiseta, boné, caneca, adesivo e chaveiro com a figura do bode, comercializados por Maçons para Maçons. 

O bode na Maçonaria nada representa, foi uma mera gozação que os Maçons no passado fizeram com a Igreja Católica por ter participado da farsa de Taxil e com todos aqueles que nela acreditaram. 

Definitivamente, não existe bode na Maçonaria!

Todavia, se querem dar algum significado ao bode, que seja o seguinte: *escárnio a todos aqueles que acreditam que os Maçons praticam ritos satânicos e que existe bode na Maçonaria*


Excerto do livro **Maçonaria para Maçons, Simpatizantes, Curiosos e Detratores -Interessados no livro contatar o Ir. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350 

Obs: Não é literatura exclusiva para Maçons

ORDINÁRIO vs EXTRAORDINÁRIO - Mike Lima



O Ritual distingue o ordinário do extraordinário. 

Esta frase, referida por um Querido Irmão no nosso canal de comunicação, oferece-se a nós como um repto latente, pela enorme carga simbólica que traz a si associada. 

Tentei lançar este repto que a mim, de forma não intencional era lançado, a não ser por mim e a mim próprio, em última análise, e resolvi trazer até vós as minhas considerações. 

As quais não são as de um sábio ou conhecedor, mas sim, tão à mão do mais recente iniciado no nosso seio, apenas por pensar, e esta é a minha forma de o fazer.

Poderia tentar (perdoem-me o termo) “dourar a pílula” com definições extraídas dos mais poeirentos, empedernidos e cheios de sabedoria livros de uma qualquer estante de saber, abandonada numa biblioteca ao alcance de quem quer perder uns minutos a fazer uma pesquisa, mas resolvi trazer-vos exactamente aquilo que eu penso sobre o assunto, com um pequeno senão, que passo a transcrever:

• Quão admirável é a tradição segundo a qual as palavras do nosso ritual hão-de repetir-se sem nada acrescentar, omitir ou alterar, porque a maioria das frases foram redigidas de forma tão perfeita que qualquer variação quebraria a sua sonoridade e corromperia o seu significado. (Arthur Edward Powell) 

Apesar do que foi escrito por Arthur Powell, o qual em parcas palavras diz exactamente tudo o que há a dizer, arrisco-me a ir mais além e dissecar o que nos trouxe até aqui: *Ritual.*

O Ritual é, para mim, uma sistematização de acções e palavras por forma a conferir mais dignidade ao acto ou cerimónia que o mesmo rege. 

Deixa de parte o acaso, que amiúde é inimigo de quem participa no cerimonial, por estar exposto a perder o sentido do que fazer, quando se dá largas à sua imaginação. 

Desta forma, tudo foi devidamente pensado, de modo a poder dar resposta a todas as questões que se poderiam colocar durante o cerimonial.

Ora, como somos Maçons e esta pretende ser uma Prancha de cariz maçónico, importa aqui relembrar os Meus Queridos Irmãos da distinção entre Rito e Ritual, agora em definição: 

O Ritual  surge-nos como um Manual que contém os rituais e as lendas de cada grau, com que cada Loja trabalha, que se expressa num conjunto de actos e práticas próprias destinadas a cerimónias maçónicas, 

Enquanto que o Rito é um conjunto de graus maçónicos, formando um todo coerente para designar um Rito Particular da Maçonaria, ou seja, um conjunto de rituais, um por cada grau ou cerimónia específica dentro do Rito.

Assim, um Rito é um conjunto de Rituais. Acho que não subsistem quaisquer dúvidas quanto a estes conceitos.

Voltando ao início, temos como Ordinário, tudo o que está dentro da ordem natural das coisas, normal, costumeiro, habitual, comum, que não se distingue dos demais, que não apresenta particularidade notável. 

E Extraordinário, tudo o que não é conforme ao ordinário ou ao costume, que acontece raras vezes, excepcional, raro, estupendo e em última análise, sublime.

O Ritual, pela seleção que é feita do que, de entre o que é normal, pela sua excelência passa a ser supra normal, vai ao nosso léxico buscar uma selecção de palavras que todas elas estão acessíveis a todos nós, (quanto mais não seja nos dicionários, por nãos as utilizarmos diariamente). 

E agrupa-as por forma a transmitir uma mensagem extraordinária através da utilização de palavras ordinárias, no sentido de normais. 

A mesma analogia poderemos estabelecer para acções, por reunirmos um conjunto de acções com significado mais profundo do que o do próprio momento vivido enquanto as mesmas acontecem, agarramos em algo comum e transformamos em extraordinário.

Meus Muito Queridos Irmãos, a Sessão Maçónica decorre a coberto de profanos e é mais que o conjunto dos Irmãos presentes na mesma, é mais, muito mais do que a simbologia inerente ao grau em que se trabalha em sessão. 

A sessão decorre num outro tempo que não o tempo em que estávamos antes do início dos trabalhos e num outro espaço, que não o espaço físico onde poderemos encontrar o edifício do templo. 

Algo de muito importante se processa durante a sessão, conduzida milimetricamente pelas Luzes da Loja, com o Ritual: 

_Existe a mágica transformação, por força da combinação de todas as energias dos Irmãos, do Profano em Sagrado.

Assim, Meus Muito Queridos Irmãos, permitam-me concluir afirmando que o Ritual transmuta o que é Profano em Sagrado.




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outubro 20, 2025

DIA DO POETA - Joab Nascimento


Homenagem aos poetas da maçonaria 

I

Ser poeta é ter o dom

É cumprir missão Divina

É trazer no pensamento

Mensagem como doutrina 

É ter responsabilidade 

Na sua criatividade 

Com amor e disciplina 

II

O poeta vende sonhos,

Gravados como utopia,

Realiza os seus desejos,

Materializa fantasia,

Transforma todo impossível,

Naquilo que é possível,

Em forma de terapia.

III

Ele passa pro papel,

O que diz seu pensamento,

Verdades e ficções,

Criadas em seu intento,

Faz seu leitor viajar 

Sem sair de onde estar,

Vivencia seu sentimento.

IV

Todo poeta retrata,

A sua imaginação,

Põe palavras nas escritas,

Do fundo do coração,

Ele expõe seu sentimento,

A sua vida no momento,

Seu amor, sua emoção.

V

O poeta é mensageiro,

Das histórias de amor,

Alegria desilusões,

Ele expressa sem pudor,

Da vida cotidiana,

Com sabedoria explana,

Como mestre professor.

VI

A poesia é como filho 

Que nasce da sua vivência 

Vai crescendo devagar,

Adquirindo experiência,

Tem começo meio e fim,

Se transforma num jardim,

Espalhando sua essência.

VII

Como todo mensageiro,

Que divulga seus recados,

Vai expondo suas idéias,

Em poemas recitados,

Em todo e qualquer lugar,

O poeta sempre estar,

Com seus versos inspirados.

VIII

O poeta está presente,

Nas canções e melodias,

Nas histórias de amor,

Nos sonhos e fantasias,

Dos casais apaixonados,

Nos amores desprezados,

Nas tristezas e alegrias.

IX

Nos bares pelas cidades,

Ele sempre está presente,

Nas canções apaixonadas,

Nas cantorias e repente,

No aboio do aboiador,

No verso do trovador,

Com enredo envolvente.

X

Escrever seus pensamentos,

Em forma de poesia,

Tem que ter dádiva de Deus,

Como sol que irradia,

É uma luz que vem brilhar,

Na escuridão clarear,

Um mistério de magia.

XI

Nos corações machucados,

Pelo amor de certo alguém,

Ele sempre está presente,

Serve de bálsamo também,

Como antiinflamatório,

Tem efeito transitório,

Do jeito que lhe convém.

XII

Ele também pode ser,

Perito da medicina,

Pras dores do coração,

Ele serve de vacina,

Através de um poema,

Ele resolve o dilema,

Orienta e lhe ensina.

XIII

Uma poesia acalma,

Acalanta o coração,

Vai servir de companhia,

Afastando a solidão,

O poeta é companheiro,

Da relação é parceiro,

Faz curar a depressão.

XIV

O poeta voa distante,

Como voa um passarinho,

Pulando de galho em galho,

Para construir seu ninho,

Vai levando nas alturas,

Solidão e amarguras,

Qu'encontrou pelo caminho.

XV

O poeta escreve a lua,

As estrelas com o mar,

Versejando a natureza,

Faz o seu leitor sonhar,

Com orvalhos de amor,

O poeta é um emissor,

Tem o sol pra lhe guiar.

XVI

Ele narra as suas raízes,

Fala do sul e sudeste,

Do caboclo nordestino,

Que povoa todo agreste,

Das festas de vaquejadas,

Dos vaqueiros e boiadas,

Que existem no Nordeste.

XVII

O poeta escreve a aurora,

Canta o novo alvorecer,

Fala do tempo nublado,

O arco íris, descrever,

Fala da noite chegando,

Das aves se preparando,

Para um outro anoitecer.

XVIII

Poeta fala da seca,

Da dolorosa estiagem,

Fala do solo rachando,

Falta dágua na barragem,

Fala do gado com fome,

Só xique xique consome,

Pra poder criar coragem.

XIX

O poeta escreve o amor,

Dos casais de namorados,

Do elegante romantismo,

Quando estão apaixonados,

Dum alguém que foi traído,

Pelos bares, esquecido,

Com corações machucados.

XX

Poeta fala do corno,

Também fala da amante,

Do traído e traidor,

Daquele "amigo" farsante,

Que conquista sua mulher,

Faz amor quando quiser,

Bota chifre a todo instante.

XXI

Poeta fala de tudo,

Da política e economia,

Do esporte e da cultura,

Do espaço e astronomia,

Da vida do cidadão,

Que vive na contramão,

No sofrer do dia a dia.

XXII

Salve todos os poetas,

Cantadores repentistas,

Violeiros cantores,

Escritores e cronistas,

Salve os vates da cultura,

Berço da literatura,

Os poetas cordelistas. 


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E MAÇONARIA - João B. M∴M∴ (e também o Sr ChatGPT)


IA e Maçonaria: uma nova ferramenta ou um atalho perigoso?

_“O que chamas de prompt engineering, eu chamo de preguiça mental.”

_“Se usares isso para fazer pranchas, deixas de pensar por ti.”

_“Isso do chatgpt, não é trabalho”

_“Vai dar cabo do espírito iniciático.”

Ouvi tudo isto, e mais alguma coisa, de Irmãos que respeito e admiro e percebo o seu ponto de vista. 

A Maçonaria é, acima de tudo, um caminho pessoal, é natural que, quando se introduz algo novo, especialmente algo que parece vir do mundo da superficialidade, surjam resistências. 

É humano e os Maçons, mesmo que super Humanos, não deixam de ser Humanos.

Mas também é humano evoluir.

Depois de algumas discussões em conversas, àgapes ou até em Loja, de trocas de ideias mais acesas, outras mais serenas, decidi partilhar o meu ponto de vista sobre o papão que é a Inteligência Artificial, principalmente na "pessoa" do Sr ChatGPT. 

Não tenho certezas, nem quero ter razão, mas talvez o meu percurso com a Inteligência Artificial, ajude a desmontar alguns receios e a abrir espaço para um debate mais honesto.

Comecei com desconfiança, como qualquer um, mesmo usando-a profissionalmente nunca imaginei passar a fronteira para a vida pessoal profana e para os caminhos que percorro no templo. 

A primeira vez que pedi ajuda ao ChatGPT para uma prancha, o que recebi foi muito fraco, lixo, um texto genérico, sem sal, sem ponta por onde se lhe pegue, foi directamente para o arquivo morto. 

Mas a experiência ensinou-me que a IA não substitui o esforço, só responde à pergunta. 

E se a pergunta for mal feita, a resposta também o será.

Com o tempo, aprendi a usá-la para aquilo em que é realmente boa, pesquisar referências, estruturar ideias, encontrar pontes entre temas improváveis. 

Um dos casos mais curiosos foi um texto neste blog que escrevi sobre o que une o futebol e a Maçonaria, sem IA, talvez nunca tivesse avançado com ele. 

Com IA, penso que consegui fazer uma travessia de conceitos, símbolos e vivências que me surpreendeu a mim próprio. 

A "prompt" (o texto que se dá à IA para gerar algo) foi mais longa que a prancha final, mas valeu a pena.

Com o uso percebi que não se pede à IA que escreva por nós, pedimos-lhe que penso conosco.

E tal como um Maçom usa o cinzel para desbastar a pedra bruta, eu uso a IA como ferramenta, não me tira o trabalho, mas ajuda-me a ver melhor onde cortar, onde polir, onde aprofundar.

Sim, há quem diga que isto tira autenticidade. 

Mas o que é mais autêntico? 

Um texto vazio, mas “feito à mão”, ou uma prancha onde cada frase foi revista, debatida, ajustada até que fizesse sentido, mesmo que com ajuda digital?

A diferença está na intenção, e a IA, como qualquer ferramenta, pode tanto ser usada para empobrecer como para enriquecer. 

O problema não está nela. 

Está em nós, ou como se diz corriqueiramente o problema está sempre entre a cadeira e o teclado.

Usar o ChatGPT sem contexto ou reflexão é como chegar ao gabinete de um arquiteto e dizer “quero uma casa”. 

Qual seria o resultado? 

A IA, tal como o arquiteto, devolve algo verdadeiramente alinhado com a visão do autor/dono da casa. 

A casa continua a ser nossa, mesmo que tenha sido desenhada com apoio especializado do arquiteto. 

O mesmo se aplica a um texto, uma ideia ou uma prancha, a autoria reside na clareza da vontade e na qualidade da orientação, não apenas no instrumento usado.

Também já ouvi que “isto vai matar o espírito iniciático” e a verdade é que *a IA não tem espírito nenhum, o espírito vem de quem a usa.*

E, até ver, nenhum Maçom deixou de ser Maçom só por ter usado uma nova forma de estruturar pensamentos.

Aliás, talvez o maior valor desta nova tecnologia esteja precisamente aí. 

Ensinar-nos a fazer melhores perguntas e a estruturar melhor as nossas ideias. 

A Maçonaria, mais do que dar respostas, sempre foi a Arte de perguntar bem.

Como dizia Einstein: “O importante é não parar de questionar. A curiosidade tem sua própria razão de existir.”

No fundo, a IA pode ser mais um espelho. 

Tal como cada um vê algo diferente diante da pedra bruta, cada Maçom verá nesta nova ferramenta aquilo que traz dentro de si.

 Há que abraçar a mudança e a evolução com vontade.

"O maior inimigo da mudança é a ilusão de segurança.",  (John C. Maxwell) 




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O COELHO DE ALICE - UM ARQUÉTIPO - @julianavitalp


  

        O Coelho de Alice no País das Maravilhas não é apenas um personagem curioso que corre apressado, olhando para o relógio; ele é um arquétipo, um símbolo que nos toca em profundidade. Ele representa a inquietação do tempo, a urgência que nunca se satisfaz, a lembrança constante de que há algo a ser feito, algo a não ser perdido.

      Quando Alice o segue, não é apenas uma perseguição a um animal de cartola, mas a decisão inconsciente de atravessar a fronteira do conhecido em direção ao mistério. O coelho abre a fenda no tecido da realidade: é o chamado do imprevisto, o convite para mergulhar na própria psique, onde nada é linear e onde cada símbolo pede decifração.

      A pressa do Coelho Branco é a mesma que sentimos diante da vida moderna, onde os ponteiros do relógio parecem ditar nossa existência. Mas, filosoficamente, ele nos lembra que essa pressa pode ser também o início de uma jornada: se não fosse a inquietação do coelho, Alice jamais teria descoberto a si mesma.

        Assim, o Coelho Branco não é só o guia da aventura, mas também o paradoxo: ele corre porque teme o atraso, mas é justamente esse atraso que abre o caminho para o despertar. É como se nos dissesse: siga o que te inquieta, porque é nesse desconforto que a realidade se abre em maravilhas.



outubro 19, 2025

SOM, LUZ E PERCEPÇÃO - Eleuterio Nicolau da Conceição

Em homenagem a um dos maçons mais cultos do país, Eleuterio Nicolau da Conceição, que se encontra recuperando sua saúde, para continuar a nos brindar com a sua inteligência.



NO LIVRO DA LEI A VERDADE - Adilson Zotovici


No livro da Lei a Verdade

Seja qual crença ou opção

Nas linhas religiosidade

Nas entrelinhas cognição


Que serve à nossa irmandade

Guia moral, ético e razão

De sabedoria e probidade

D’Arte Real base à perfeição


É o alicerce da construção

Seja qual a prioridade

Se Bíblia, Torá ou Alcorão


Há que se ter a convicção

Filosófica fraternidade

Jamais seita ou religião


ORGULHO E HUMILDADE - Elias Mansur


Você já percebeu como o orgulho pode ter duas faces bem diferentes?

Quando a vida corre bem, o orgulho sussurra:

"Você fez isso. Você merece ainda mais."

Quando a vida se complica, o orgulho muda de tom:

"Você falhou. Todos percebem."

De qualquer forma, o orgulho mantém o foco diretamente em si mesmo — nos exaltando no sucesso ou nos destruindo na luta.

Ele vincula o valor ao desempenho e nos cega para quem realmente somos.

A humildade atua na direção oposta.

Não é auto degradação ou insegurança.

A verdadeira humildade admite que não somos autossuficientes e, paradoxalmente, nos liberta da tarefa interminável de provar que somos "suficientes".

Quando você não está mais se ausentando para ser significativo, pode finalmente ver os outros com clareza e servir sem segundas intenções.

A Maçonaria, por exemplo, espera até suas últimas lições para lembrar ao candidato que o cargo mais alto e o assento mais humilde se encontram no mesmo Nível, e que toda ferramenta de trabalho perde precisão se quem a empunha for cativo do orgulho.

Portanto, da próxima vez que a conquista o tentar a flutuar acima de seus Irmãos, ou o fracasso o tentar a desabar sob eles, lembre-se do caminho do meio...

Escolha a força silenciosa.

Deixe a humildade fazer seu trabalho constante.

Você encontrará o prumo reto, o nível equilibrado e o esquadro correto.




outubro 18, 2025

ARLS ORLANDO ASSIS DA COSTA RANGEL 894



 
Estava em reunião com Grão Mestre Jorge Anysio Haddad e o Grande Secretário da Cultura da GLESP Ir. Roberto Hathner, quando lhes disse que eu precisava sair porque havia marcado uma visita a ARLS Orlando Assis da Costa Rangel n. 894. Pois ambos resolveram me acompanhar até a Loja, que funciona no segundo andar do Palácio Maçônico.

A Loja nunca havia recebido a visita de um Grão Mestre e o Venerável Mestre Sérgio Gomes Brandao e os demais irmãos do quadro ficaram muito felizes neste momento e com a afirmação do SGM de que as portas do seu gabinete estariam sempre abertas para a Loja. 

Na sessão, o Venerável Mestre cedeu a Ordem do Dia para que eu pudesse fazer uma apresentação sobre a história da Maçonaria Especulativa e respondesse a diversas questões dos irmãos. Também pude apresentar o trabalho que estou realizando na Biblioteca.

Foi uma excelente sessão e todos os presentes afirmaram que foi muito proveitosa.

PARABÉNS PELO DIA DOS MÉDICOS - Adilson Zotovici

 


Indaguei aos enciclopédicos,

Qual a maior referência

Buscando neles anuência

Para louvar “os médicos” 


Responderam com veemência

“ Hipócrates, Asclépio,...diversos 

Que pelo mundo dispersos

Quais merecem deferência “


Tema para ternos versos 

Pois profissão de bondade

Que sacerdócio em verdade !

Em momentos bons ou adversos 


Sem distinções na sociedade

Como Lucas, com zelo e amor,

Labutam com igualdade e penhor

A abrandar a dor da humanidade !


De imensurável valor

Cumprem sagrada missão

Tem nossa imensa gratidão

E a proteção ...do “ CRIADOR “ !



OS ESTATUTOS DE SCHAW

         


        Um marco fundamental para a história da Maçonaria ocorreu em 1598 e1599, com os Estatutos de Schaw. Esta diretriz obrigou as Lojas escocesas a contratarem um tabelião para registrar todas as transações importantes. Essa simples medida de organização fez com que as Lojas começassem a manter atas detalhadas, criando um acervo documental precioso. Graças a isso, hoje é possível rastrear com muito mais clareza o surgimento dos primeiros maçons "aceitos" (não-operativos) na Escócia, um fenômeno que na Inglaterra permanece envolto em mistério devido à falta de registros internos semelhantes.

        A primeira admissão registrada de maçons não-operativos ocorreu a 3 de julho de 1634, na Lodge of Edinburgh (Mary's Chapel) No. 1. Foram iniciados Sir Anthony Alexander — Mestre Principal de Obras do Rei —, o seu irmão Lord Alexander e Sir Alexander Strachan de Thornton. A presença de Sir Anthony, uma figura poderosa responsável pelas Lojas da Escócia, sugere uma entrada estratégica, embora as razões exatas para a iniciação do seu irmão e amigo permaneçam pouco claras.

        As razões exatas para esta transição de uma Maçonaria Operativa para Especulativa continuam a ser debatidas. É provável que arquitetos, que foram assumindo a responsabilidade pelo projeto no século XVI, tenham começado a juntar-se às Lojas dos pedreiros. Outra teoria aponta que as Lojas operativas poderiam ter começado a cobrar entradas à nobreza, inspiradas por outras corporações, como uma forma de angariar fundos. Ou talvez tenham recrutado deliberadamente figuras influentes na esperança de melhorar os seus salários e condições de trabalho. O mistério persiste, mas os registos escoceses são a chave para esta investigação.

Fonte: curiosidadesdamaconaria #curiosidadesmaconicas #Maçonaria

ORIGEM DA PALAVRA RESTAURANTE

        


        Em 1765, um estalajadeiro chamado Dossier Boulanger abriu um restaurante em Paris e pendurou na porta a seguinte placa: "Come ad me vos qui Stomach laboratis et ego restaurabo vos".  Não havia muitos parisienses que no ano 1765 sabiam ler francês, muito menos latim, mas quem sabia, entendeu o que Boulanger, o proprietário, disse: "Venham para minha casa, homens de estômago cansado, e eu os restaurarei." A frase fez tanto sucesso que, desde então, todos os restaurantes do mundo são chamados de “restaurantes”.

         Além da deliciosa gastronomia que se tornou famosa em toda a França, Boulanger encantou seus comensais com deliciosas sobremesas preparadas por ele mesmo e devido à fama de seus doces Boulanger é também o “culpado” que na França as padarias são chamadas de “boulangeries”.

         A palavra restaurante logo se consolidou e os mais conceituados chefs que até então trabalhavam apenas para famílias privadas, reis e ministros também abriram seus próprios negócios ou foram contratados por um novo grupo de pequenos empresários: os donos de restaurantes.

     O termo “restaurante” chegou aos Estados Unidos em 1794, trazido pelo refugiado francês da revolução Jean Baptiste Gilbert Paypalt, que fundou o que seria o primeiro restaurante francês nos Estados Unidos denominado Julien's Restorator.

Fonte: Facebook