Comitiva coreana anuncia investimentos em São José
Uma comitiva de empresários coreanos chegou há Santa Catarina, no dia 27 de janeiro, para inaugurar a Câmara de Comércio Brasil-Coréia e estudar as possibilidades de investimentos comerciais no Brasil. A comitiva coreana foi recepcionada no aeroporto pelo prefeito de São José, Dário Berger, que os acompanhou nas visitas às empresas do município. Pela manhã assistiram um vídeo sobre o Estado na Fiesc e conheceram as instalações da Intelbrás (industria localizada na Área Industrial de São José, no ramo de comunicação).
Ao meio-dia foi concedida uma coletiva, seguida por um almoço para a imprensa. Após visitas a outras empresas, no final da tarde o presidente da Assembléia Legislativa, Onofre Agostini, empossou o diretor da sucursal catarinense da Câmara de União dos Empresários do Comércio e Indústria Brasil-Coréia, José Henrique Moraes Rosa. ,
Interesse por Santa Catarina
O interesse pelo Estado foi despertado em dezembro de 2002, quando uma comitiva brasileira instalou lá a Casa do Brasil e o empresário Michael Winetzki fez palestras em cinco cidades coreanas para empresários locais. A Casa Brasil na Coréia representa um pedacinho no Brasil na Ásia, onde são comercializados apenas produtos originalmente brasileiros, como pão de queijo e o café. No Brasil será aberta a Câmara de União dos Empresários do Comércio e Indústria Brasil-Coréia, com quatro sucursais: Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba e Balneário Camboriú, concretizando investimentos comerciais no País.
"Esta missão é precursora de outra comitiva que visitará o Brasil em dois meses para anunciar investimentos, mas podemos antecipar que existem projetos em andamento nas cidades de São José, Balneário Camboriú e São Bento do Sul", adiantou Moraes Rosa.
De acordo com os empresários da comitiva coreana - Han Sang Min, CEO (Chief Executive Officer) da Tim Mobinet; Choi Won Hyuk, da Giant Korea; Cho Goo Sang, da P&H Corperation; Noh In Suk, CEO do Service Bank In Seoel; Sung Hong Hyun, presidente da CBC Korea Office; e Kim Kwan Su, presidente da Benecre Consultoria Construcion, os principais assuntos de interesse na interação entre os dois países são biotecnologia, tecnologia da informação, proteção ao meio ambiente e turismo.
No comércio entre Brasil e Coréia, o déficit brasileiro ultrapassa US$ 300 milhões. Enquanto os principais produtos brasileiros exportados são commodities (soja e madeira), a Coréia exporta produtos de alto valor agregado como aparelhos de TV e automóveis.
"A Coréia exporta cerca de US$ 160 bilhões por ano e tem como principal comprador a China", disse Michael Winetzki, assessor da dretoria da Câmara Brasil-Coréia de Brasília.
Ele alertou que os empresários coreanos sabem que de grande compradora a China se transformará em vendedora em breve, por isso estão se antecipando na procura por novos parceiros. Winetzki afirmou que a Coréia ainda não compra frango do Brasil, mas está revendo as barreiras sanitárias que impedem a importação. Com a a venda das aves para a Coréia poderá ser eliminado o déficit brasileiro.
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