Estas crônicas são publicadas em dois grupos de Facebook, no Lembranças
de Sorocaba e no Michael Winetzki, meu pessoal, para o qual estão
todos também convidados. Fico feliz com a repercussão que têm tido e com tantos
amigos de juventude que reencontrei. Mas a crônica a respeito do Chico de
Paula, na qual elogiei a sua culinária e de seu companheiro na época, o Moises,
acabou gerando mensagens de curiosidade a respeito de que tipo de comida eles
faziam. Eu copiei algumas receitas deles e fiz em casa, adoro cozinhar. Não
ficou exatamente igual, faltou aquele toque de gênio, mas ficou muito bom
mesmo. Então presenteio os leitores com essas receitas exclusivas autorizando a
reprodução, mas pedindo que, por favor, não mudem os nomes, em respeito à
autoria de ambos.
Talharim à moda do Chico
Aqueço três colheres de sopa de óleo e frito duas cebolas médias picadas
em rodelas e dois pimentões verdes picados. Quando estiverem fritos junto seis
colheres de sopa de purê de tomate e três cubos de caldo de galinha e deixo
cozinhar por cinco minutos. Dissolvo duas colheres de maizena em água fria e
acrescento ao cozimento deixando ferver por mais alguns minutos. Acerto o sal.
Adiciono uma xicara de catupiry e despejo em um pirex sobre o talharim pré
cozido. Decoro com salsa e se desejar com queijo parmesão ralado e azeitonas
pretas. Levo ao forno por 20 minutos ou até dourar. Eles sempre faziam essa
massa, artesanalmente, em casa, então segue a receita da massa.
Talharim artesanal à moda do Mói
Bato dois ovos, uma colher de sopa de azeite e coloco sal a gosto. Sobre
uma superfície lisa vou acrescentando farinha e misturando até dar o ponto. O
ponto é quando a massa não gruda mais na mão. Faço duas bolas e vou abrindo com
um pau de macarrão (uma garrafa também dá), sempre acrescentando farinha e
abrindo até que fique na espessura desejada, mais grossa ou mais fina. Quando
atingir essa espessura deixo a massa aberta, vou regando com farinha, e com uma
faca corto na largura desejada. Fica meio irregular, mas é o charme da massa
artesanal.
Pescada à moda do Chico
Tempero oito files de pescada com sal, pimenta do reino e limão. No
liquidificador bato meia lata de pomarola, meio copo de requeijão e meio vidro
de leite de coco. Coloco em uma assadeira uma camada de molho, em seguida os
filés e outra camada de molho. Levo ao forno por dez minutos. Eu fiz essa
receita também colocando fatias de muçarela sobre a camada final de molho.
Ficou bom. Já fiz com outros peixes também.
Pão recheado à moda do Mói
Coloco 50 gramas de fermento de pão em uma xícara de leite e deixo por
quinze minutos. Após adiciono uma colher de açúcar e bato no liquidificador com
um ovo, meia xicara de óleo e uma colher de sal. Misturo com duas xícaras de
farinha de trigo, (se for necessário acrescento mais farinha até dar o ponto).
Cubro a bola resultante com um pano úmido e deixo descansar por quinze minutos
antes de abrir a massa. Depois abrir, rechear, fechar em forma de pãozinho
redondo, pincelar com gema de ovo e assar em forno médio até dourar. Para o
recheio misturo carne moída crua com tomate, cebola picadinha, cheiro verde,
pimenta do reino, sal, muçarela, presunto e orégano.
Acho que pude dar uma vaga ideia das delícias das quais desfrutamos por
tantos anos. O Mói ainda está por aí, é leitor destas crônicas, e deve estar
fazendo tudo isso para o seu amor, a Aninha. Como amanhã começa o fim de
semana, aproveitem e experimentem. Vão me dar razão.
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