janeiro 03, 2021

MEMÓRIAS ESPARSAS DE SOROCABA - 15

 

Estas crônicas são publicadas em dois grupos de Facebook, no Lembranças de Sorocaba e no Michael Winetzki, meu pessoal, para o qual estão todos também convidados. Fico feliz com a repercussão que têm tido e com tantos amigos de juventude que reencontrei. Mas a crônica a respeito do Chico de Paula, na qual elogiei a sua culinária e de seu companheiro na época, o Moises, acabou gerando mensagens de curiosidade a respeito de que tipo de comida eles faziam. Eu copiei algumas receitas deles e fiz em casa, adoro cozinhar. Não ficou exatamente igual, faltou aquele toque de gênio, mas ficou muito bom mesmo. Então presenteio os leitores com essas receitas exclusivas autorizando a reprodução, mas pedindo que, por favor, não mudem os nomes, em respeito à autoria de ambos.

Talharim à moda do Chico

Aqueço três colheres de sopa de óleo e frito duas cebolas médias picadas em rodelas e dois pimentões verdes picados. Quando estiverem fritos junto seis colheres de sopa de purê de tomate e três cubos de caldo de galinha e deixo cozinhar por cinco minutos. Dissolvo duas colheres de maizena em água fria e acrescento ao cozimento deixando ferver por mais alguns minutos. Acerto o sal. Adiciono uma xicara de catupiry e despejo em um pirex sobre o talharim pré cozido. Decoro com salsa e se desejar com queijo parmesão ralado e azeitonas pretas. Levo ao forno por 20 minutos ou até dourar. Eles sempre faziam essa massa, artesanalmente, em casa, então segue a receita da massa.

Talharim artesanal à moda do Mói

Bato dois ovos, uma colher de sopa de azeite e coloco sal a gosto. Sobre uma superfície lisa vou acrescentando farinha e misturando até dar o ponto. O ponto é quando a massa não gruda mais na mão. Faço duas bolas e vou abrindo com um pau de macarrão (uma garrafa também dá), sempre acrescentando farinha e abrindo até que fique na espessura desejada, mais grossa ou mais fina. Quando atingir essa espessura deixo a massa aberta, vou regando com farinha, e com uma faca corto na largura desejada. Fica meio irregular, mas é o charme da massa artesanal.

Pescada à moda do Chico

Tempero oito files de pescada com sal, pimenta do reino e limão. No liquidificador bato meia lata de pomarola, meio copo de requeijão e meio vidro de leite de coco. Coloco em uma assadeira uma camada de molho, em seguida os filés e outra camada de molho. Levo ao forno por dez minutos. Eu fiz essa receita também colocando fatias de muçarela sobre a camada final de molho. Ficou bom. Já fiz com outros peixes também.

Pão recheado à moda do Mói

Coloco 50 gramas de fermento de pão em uma xícara de leite e deixo por quinze minutos. Após adiciono uma colher de açúcar e bato no liquidificador com um ovo, meia xicara de óleo e uma colher de sal. Misturo com duas xícaras de farinha de trigo, (se for necessário acrescento mais farinha até dar o ponto). Cubro a bola resultante com um pano úmido e deixo descansar por quinze minutos antes de abrir a massa. Depois abrir, rechear, fechar em forma de pãozinho redondo, pincelar com gema de ovo e assar em forno médio até dourar. Para o recheio misturo carne moída crua com tomate, cebola picadinha, cheiro verde, pimenta do reino, sal, muçarela, presunto e orégano.

Acho que pude dar uma vaga ideia das delícias das quais desfrutamos por tantos anos. O Mói ainda está por aí, é leitor destas crônicas, e deve estar fazendo tudo isso para o seu amor, a Aninha. Como amanhã começa o fim de semana, aproveitem e experimentem. Vão me dar razão.

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