Quando eu morava em Mato Grosso do Sul ouvi uma historia que certamente se aplica a atual pandemia. Um fazendeiro de Coxim ganhava por anos seguidos o prêmio na exposição agropecuária por produzir o melhor milho da região.
O repórter de uma rádio local ficou sabendo que o fazendeiro compartilhava as sementes de seu excelente milho com os vizinhos, seus competidores na exposição, e curioso foi lhe perguntar se isso era verdade. Ouviu que sim.
- Você deve saber, - disse o fazendeiro, - que o pólen do milho maduro é espalhado pelo vento por todos os campos vizinhos. Isso ajuda a manter a qualidade da minha lavoura, porque se os vizinhos plantarem milho de qualidade inferior, o pólen deles vai degradar a minha produção. Assim, para que eu possa produzir milho bom, todos os meus vizinhos têm de produzir um milho bom também.
A mesma coisa vale para o atual momento. Para que possamos manter a nossa saúde, todos que vivem próximos devem manter a sua saúde também, quer física, quer econômica. Eu não consigo ser feliz em uma comunidade infeliz.
O bem estar de cada um está ligado ao bem estar de todos.
Assim, doar o que for possível para quem possui menos recursos, proteger-se com a máscara para evitar contaminar os outros, manter o bom humor e a calma para não espalhar angústia e desespero irão contribuir para que este momento passe mais depressa e possamos reencontrar o prazer e a alegria na vida.
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