março 22, 2021

BEBER VINHO FAZ BEM PARA A SAÚDE MENTAL ?


Desde 1997, através de estudos da Universidade de Bordeaux, sabe-se que pessoas que bebem vinho moderadamente têm 75% menos chances de desenvolver Alzheimer. 

Após a publicação da pesquisa, várias outras a sucederam e comprovaram que algumas substâncias presentes na bebida, especialmente as de propriedades antioxidantes, possuem efeito neuroprotetor capaz de prevenir demências.

Segundo os cientistas, a substância aumenta a produção de uma enzima conhecida como heme oxigenase, de efeito neuroprotetor, que logo após o AVC tem função de diminuir as lesões cerebrais. Quanto mais enzima liberada, maior a recuperação dos neurônios.

Mais recentemente, em 2010, a Escola de Medicina da Universidade de Johns Hopkins também concluiu uma pesquisa que mostra a maneira como o resveratrol, polifenol encontrado no vinho tinto, consegue proteger o cérebro após um AVC.

Segundo o neurocientista Gordon Shepherd, da Faculdade de Medicina de Yale, nos Estados Unidos, o vinho aciona mais o nosso cérebro do que ouvir música ou mesmo resolver uma equação matemática. Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, ele afirmou que beber vinho desencadeia uma reação tanto nas partes sensoriais quanto emocionais do cérebro.

Em seu livro Neuroenology: How the Brain Creates the Taste of Wine, Shepherd afirma que é o nosso cérebro que cria o sabor do vinho que ingerimos, a partir do nosso olfato e paladar. Segundo ele, as moléculas do vinho estimulam nosso cérebro, levando-o a criar o sabor da mesma forma que cria as cores.

Além do papel na prevenção e apaziguamento de doenças, o vinho também tem forte participação na manutenção da saúde cerebral propriamente dita. 

O vinho ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo cerebral, distribui os nutrientes necessários para o bom funcionamento do órgão e otimiza a função sináptica que é uma espécie de comunicação entre os neurônios.

Mas não são só as substâncias presentes no vinho que nos ajudam a trabalhar o cérebro e prevenir doenças. Práticas como a degustação, que envolvem memória, discernimento, sensações etc, também são eficientes para desenvolver e estimular áreas do cérebro que podem não estar sendo usadas assiduamente.


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