Vamos imaginar que uma bela manhã a Policia Militar decidisse assumir a seguinte posição:
Os soldados deveriam dirigir-se aos seus respectivos quarteis onde passariam a polir suas botas, limpar suas armas, fazer a faxina, exercitar-se, fazer ordem unida, estudar a constituição e as leis penais, preparar trabalhos escritos que seriam lidos diante da tropa reunida no pátio do quartel. Ah, e o rancho. Todos os soldados e oficiais passariam a ter o rancho em conjunto.
Vez por outra, um soldado ou oficial seria homenageado com uma medalha, por exemplo, a melhor faxina das latrinas, ou a melhor manobra de ordem unida do mês. Eventualmente, a população seria convidada para ir ao quartel assistir exercícios de ordem unida.
Ao final do dia, o soldado ou oficial retornaria à sua casa para retornar ao quartel na manhã seguinte e repetir a rotina diariamente, por anos a fio, sem sair às ruas, naturalmente.
Pois é. Isso me parece familiar na vetusta instituição conhecida como Maçonaria.
Mais ou menos como acontece nas Forças Armadas em geral. Muito quartel, muito salamaleque, muitas manobras, medalhas e só… Ah! E belas paradas organizadas em Sete de Setembro, garbosos oficiais decorados com dezenas de medalhas brilhantes e coloridas, espadas, continências, marchas hieráticas…
As tropas da Maçonaria, porém, perderam o gosto pela luta, perderam o gosto pelas ruas, perderam o gosto pela política. Limitam-se a polir seus compassos e esquadros, lustrar os malhetes, fazer seus salamaleques, comer o rancho e voltar para casa.
Perdemos a noção de missão. As forças armadas têm a missão de proteger o país contra o inimigo externo (vez por outra esquecem disso e atacam o próprio povo, mas isso é exceção à regra), já a Polícia Militar tem a missão de fazer a proteção interna da população, preventivamente e fazer cumprir mandados do judiciário.
O treinamento em quarteis, em ambos os casos é a preparação para ter condições de cumprir suas missões.
E a Maçonaria? Qual a missão da Maçonaria?
Bela reflexão meu Irmão! Qual nosso papel no mundo de hoje? Deixamos as lutas de outrora e precisamos enfrentar os desafios atuais. Precisamos sair da nossa zona de conforto e cortar na própria carne para lapidar a pedra bruta. Muita coisa a se fazer, que tal começarmos por nós mesmos, lapidando nosso interior e refletindo as mudanças nas pessoas do nosso convívio?
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