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O objetivo da oratória não é a verdade e sim a persuasão. T. B. Macaulay – crítico inglês – 1800/1859
Existe comunicação sem palavras. Os elementos não verbais, como o tom de
voz, a modulação, a expressão corporal (gestos, postura e olhar), são parte
importante da mensagem, carregam poderoso simbolismo, reforçam e dão relevância
a mensagem.
Estudos
atestam que o julgamento a respeito de outras pessoas é baseado em 55% na
expressão corporal, em 38% na forma de expressão vocal (tom de voz, velocidade
da fala, etc.) e em apenas 7% no conteúdo propriamente dito. Ainda que o
percentual possa variar podemos ver que pelo menos 90% do resultado da
comunicação é baseado não naquilo que se diz, mas em como se diz.[ Estudos conduzidos por
Birdwhistell, Edwards e Brilhart nos EUA e UK e citados em várias fontes].
Vejamos algumas técnicas
de comunicação não verbal que são essenciais para que a qualidade da mensagem
possa ser adequadamente captada pela assistência.
São fundamentais a
aparência pessoal digna, elegante, o traje adequado, formal, o ar de segurança,
de autoconfiança, de acreditar no que se está falando. Este desempenho foi um
dos motivos de Barack Obama ter vencido a eleição para presidente dos EUA. Essa postura se chama “carisma”.
A gesticulação deve ser contida, nem
se agarrar à tribuna como um náufrago a sua bóia, nem rodar os braços como um
cata-vento. Poucos gestos, amplos, bem-marcados, espaçados, dão impressão de
segurança e determinação. Gestos expansivos e freqüentes passam idéia de
frivolidade. Uma caneta ou fichas de anotação na mão proporcionam um adequado
suporte psicológico.
A coluna ereta, a cabeça
erguida e o olhar passeando calma e lentamente por toda a assistência, passam
uma forte impressão de segurança. O palestrante ancorado à tribuna com o corpo
engelhado e sem encarar ninguém revela claramente seu despreparo e insegurança.
A postura e a voz, sua
altura, tom e ritmo revelam a saúde física e o estado emocional do palestrante.
Na inflexão ou musicalidade da voz podem ser identificadas dezenas de
sentimentos tais como alegria ou apatia, polidez ou grosseria, confiança ou
ameaça, tolerância ou impaciência, tensão ou insegurança.
Na verdade, a modulação
da voz comunica mais do que as palavras. Uma voz baixa e grave passa maior
confiança que uma voz aguda, estridente. Um tom de voz demasiadamente baixo e
emissão hesitante causam uma impressão muito diferente de uma emissão segura em
voz mais alta. Podemos identificar estas condições ate mesmo quando ouvimos uma
conversa em outro idioma. Sabemos identificar,
por exemplo, se a conversa é amistosa ou é uma discussão.
Ao fazer um discurso,
uma palestra ou dirigir uma reunião, não se deve forçar a voz. A pronúncia das
palavras deve ser clara, a velocidade da fala e a intensidade vocal adequadas.
Se falar depressa demais
que os ouvintes não conseguirão acompanhar. Se falar devagar demais irá
tornar a palestra monótona. Deve-se manter um ritmo regular e alternar a
modulação, a tonalidade e a altura da fala.
Cuidado para não
transformar a palestra num sermão. As pessoas não gostam de ser chamadas à
atenção, nem coletivamente, muito menos em público e isso cria um forte clima
de antipatia.
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