abril 03, 2021

COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL: HÁ SIGNIFICADO SEM PALAVRAS

 

        


ESTE É UM PEQUENO TRECHO DO LIVRO ACIMA QUE FOI ADOTADO COMO MATERIAL DIDÁTICO NA APRESENTAÇÃO DA TESE DO CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO  EM FACULDADE EM BRASÍLIA. ELE PODE SER ADQUIRIDO EM VERSÃO E-BOOK POR APENAS R$ 15,00 EM https://space.hotmart.com/michaelwinetzki

O objetivo da oratória não é a verdade e sim a persuasão.   T. B. Macaulay – crítico inglês – 1800/1859


Existe comunicação sem palavras. Os elementos não verbais, como o tom de voz, a modulação, a expressão corporal (gestos, postura e olhar), são parte importante da mensagem, carregam poderoso simbolismo, reforçam e dão relevância a mensagem.

            Estudos atestam que o julgamento a respeito de outras pessoas é baseado em 55% na expressão corporal, em 38% na forma de expressão vocal (tom de voz, velocidade da fala, etc.) e em apenas 7% no conteúdo propriamente dito. Ainda que o percentual possa variar podemos ver que pelo menos 90% do resultado da comunicação é baseado não naquilo que se diz, mas em como se diz.[ Estudos conduzidos por Birdwhistell, Edwards e Brilhart nos EUA e UK e citados em várias fontes].

Vejamos algumas técnicas de comunicação não verbal que são essenciais para que a qualidade da mensagem possa ser adequadamente captada pela assistência.

São fundamentais a aparência pessoal digna, elegante, o traje adequado, formal, o ar de segurança, de autoconfiança, de acreditar no que se está falando. Este desempenho foi um dos motivos de Barack Obama ter vencido a eleição para presidente dos EUA. Essa postura se chama “carisma”.

A gesticulação deve ser contida, nem se agarrar à tribuna como um náufrago a sua bóia, nem rodar os braços como um cata-vento. Poucos gestos, amplos, bem-marcados, espaçados, dão impressão de segurança e determinação. Gestos expansivos e freqüentes passam idéia de frivolidade. Uma caneta ou fichas de anotação na mão proporcionam um adequado suporte psicológico.

A coluna ereta, a cabeça erguida e o olhar passeando calma e lentamente por toda a assistência, passam uma forte impressão de segurança. O palestrante ancorado à tribuna com o corpo engelhado e sem encarar ninguém revela claramente seu despreparo e insegurança.

A postura e a voz, sua altura, tom e ritmo revelam a saúde física e o estado emocional do palestrante. Na inflexão ou musicalidade da voz podem ser identificadas dezenas de sentimentos tais como alegria ou apatia, polidez ou grosseria, confiança ou ameaça, tolerância ou impaciência, tensão ou insegurança. 

Na verdade, a modulação da voz comunica mais do que as palavras. Uma voz baixa e grave passa maior confiança que uma voz aguda, estridente. Um tom de voz demasiadamente baixo e emissão hesitante causam uma impressão muito diferente de uma emissão segura em voz mais alta. Podemos identificar estas condições ate mesmo quando ouvimos uma conversa em outro idioma. Sabemos identificar, por exemplo, se a conversa é amistosa ou é uma discussão.

Ao fazer um discurso, uma palestra ou dirigir uma reunião, não se deve forçar a voz. A pronúncia das palavras deve ser clara, a velocidade da fala e a intensidade vocal adequadas.

Se falar depressa demais que os ouvintes não conseguirão acompanhar. Se falar devagar demais irá tornar a palestra monótona. Deve-se manter um ritmo regular e alternar a modulação, a tonalidade e a altura da fala.

Cuidado para não transformar a palestra num sermão. As pessoas não gostam de ser chamadas à atenção, nem coletivamente, muito menos em público e isso cria um forte clima de antipatia.


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