RITOS MAÇÔNICOS
Denomina-se de rito maçônico um conjunto sistemático de cerimônias e ensinamentos maçônicos. Esses variam de acordo com o período histórico, conotação, objetivo e temática dada pelo seu criador; muitos ritos existiram por breves períodos de tempo e foram extintos, muitos mantém suas tradições inalteradas até hoje, estima-se que ao longo da historia tenham existido mais de 140 ritos diferentes, os ritos mais difundidos no mundo atualmente são: O rito de York, O rito Escocês Antigo e Aceito, O rito Francês ou Moderno, O rito Schröeder, O Rito de Memphis-Misraim. No Brasil se exercem todos esses, mas se destacam também o Rito Brasileiro e o Rito Adonhiramita.
RITO DE YORK
Acredita-se ter sido criado por volta de 1743. Foi levado à Inglaterra por volta de 1777. Inicialmente foi composto de quatro graus, hoje possui 13 e atualmente é o rito mais difundido no mundo. Até 1744 possuía apenas os três graus simbólicos, quando foram introduzidos vários graus filosóficos. Em 1813 reestruturou-se o Rito com 03 graus simbólicos mais um grau filosófico o ROYAL ARCH. A data dessa unificação foi 27 de dezembro de 1813, dia de São João Evangelista.
No Brasil dizemos Rito de York ao sistema maçônico que segue estritamente as práticas inglesas, de um modo particular observando-se as cerimônias tradicionais que recebem o nome geral de Emulation working ("trabalhos de Emulação"). Emulação é o sentimento que nos estimula a superar algo, a sermos perfeitos. Em 1813, ao se unirem Antigos e Modernos, na solene afirmativa do Act of Union foi dito, e até hoje é mantido como declaração preliminar no livro das Constituições da Grande Loja Unida da Inglaterra, que "a pura e Antiga Maçonaria consiste de três graus e não mais, a saber, os de Aprendiz Registrado, Companheiro do Ofício e Mestre Maçom, incluindo a Suprema Ordem do Santo Real Arco.
Fica desse modo bastante claro que, conforme os princípios ingleses (ou pelo menos da Grande Loja Unida), embora a complexa existência de círculos ou ordens além do grau três, tais manifestações não são consideradas como puras, nem o Arco Real é tido como um grau extra, mas sim uma Ordem incluída nos três graus a que se reduz a dita pura Antiga Maçonaria. Paradigma estranho aos brasileiros, à medida que estamos acostumados às diversas escalas da carreira maçônica ou graus, assim, por exemplo, os prestigiosos 33 graus do Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA).
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
Derivou-se do Rito de Heredon. Em 1º de maio de 1786 foram fixadas as regras e seus fundamentos, composto até hoje de 33 graus. Atualmente é o rito mais difundido nos países latinos. A origem do rito escocês antigo e aceito está diretamente ligada as Cruzadas. Devia fazer-se sentir, não só entre os artífices, mas ainda entre os nobres que também conheceram na Palestina, formas de associações novas e, uma vez de volta a Europa constituíram Ordens, semelhantes às do Oriente, nas quais admitiram logo outros iniciados. É assim que em 1196, fundou-se na Escócia a "Ordem dos Cavaleiros do Oriente", cujos membros tinham como ornamento uma cruz entrelaçada por quatro rosas. Dizem que essa Ordem trazida da Terra Senta, pelo ano de 1188 da Era Cristã, da qual o rei Eduardo I da Inglaterra.
O Rito Escocês Antigo e Aceito resolveu definitivamente o problema que tinha por objetivo conservar na Maçonaria os ensinamentos filosóficos que, há séculos, se agruparam em torno do pensamento primitivo e simples, em que a Maçonaria está estabelecida. Cada iniciação evoca a lembrança de uma religião, de uma escola, ou de alguma instituição da Antigüidade. Estão em primeiro lugar as doutrinas judaicas. Vêem em seguida os ensinamentos baseados no cristianismo e representados, sobretudo pelos Rosacruzes, esses audazes naturalistas que foram os pais do método de observação e procura da verdade, de onde saiu a ciência moderna. Portanto, as iniciações do Escocismo reportam-se aos Templários, esses cavaleiros hospitalares e filósofos nos quais os maçons dos Altos Graus glorificam a liberdade do pensamento corajosamente praticada numa época de terrorismo sacerdotal.
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