O autor, Newton Agrella, escritor, tradutor e palestrante é um dos intelectuais maçônicos mais respeitados do país. Publicado com a permissão do autor.
Recentemente tive a oportunidade de me deparar com um artigo sobre o QI médio da população mundial e a aparente inversão gradativa do nível de inteligência da população.
Há sem dúvida alguma uma relação direta com a questão da linguagem e mais especificamente na capacidade de interpretação de textos.
Tomando como exemplo doméstico o nosso país, é claro e nítido o desinteresse pela leitura que o brasileiro manifesta.
Ler, não significa navegar pela Internet ou se esmerar nas mídias sociais.
A literatura envolve um mundo complexo de assuntos que sempre serão um desafio cultural, seja em qualquer área da atividade humana.
Ler, significa absorver um livro, familiarizar-se com o seu conteúdo, inteirar-se de suas nuances temáticas, semânticas e filosóficas.
A falta de leitura acarreta na própria limitação do Pensamento Crítico, o que torna o ser humano, refém de sua capacidade argumentativa.
Além disso a falta de interesse pela escrita também compromete o exercício dialético do questionamento, da discussão e da própria articulação mental.
Ler e escrever fazem bem à saúde.
O que causa indignação é a busca do caminho mais curto, sem que se queira se submeter ao raciocínio e ao trabalho intelectual.
É muito mais cômodo e simples ser doutrinado através de dogmas e conceitos pré-estabelecidos do que conjecturar, elaborar e construir o pensamento e as idéias a partir de um processo analítico fundamentado no estudo, na comparação e na especulação.
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