Roberto Ribeiro Reis é poeta e ensaísta maconico de Rio Casca, MG, membro da Confraria Maçons em Reflexão.
Essa companhia de homens bons
Tem mania de emitir estranhos sons,
E a chamar por um tal de “ O Zé”;
Nessa confraria tem cadeia (que é de união),
E está sob a chefia de um senhor Salomão,
Por quem demonstram considerável fé.
Quem os representa é uma alma veneranda,
Que os instrui, com calmaria branda
E benemérita atitude;
Um líder, fortalecido, isento de ignorância,
Que está protegido, sob dupla vigilância,
O que lhe confere distinta plenitude.
Lá, dizem que o bem é algo que exala,
E que há também quem lhes represente a fala,
Da lei sendo o seu guarda;
Há igualmente um escritor ilustre
Que, com primor, zela pelo balaústre,
E que feitos os outros usa o terno como farda.
Lá não se percebe nenhuma querela,
E o mal é algo que não se chancela,
Dado que desprovido de autenticidade;
Lá se vê o milagre terrestre com total parcimônia,
Ao seguirmos um mestre, de inigualável cerimônia,
Cerimônia de pura beldade.
Há um responsável pelo “dízimo” e seu recolhimento,
Que com marcha insopitável e fraterno atendimento,
Pugna por indispensável anonimato;
Existe um obreiro que cuida do erário,
E, embora eles não recebam moeda como salário,
São inspirados por Arquiteto de distinto trato.
O que nos assoma a curiosidade
É sabermos que essa irmandade
Adora a um Bode, o qual, inclusive, aceitam;
Eles têm símbolos - que nos fogem à compreensão,
E se reconhecem com tamanha distinção,
Obedecendo a um tal GADÚ, que todos respeitam.
Roberto Ribeiro Reis ⛬
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