julho 02, 2021

COLMÉIA - Izautonio da Silva Machado Jr.



O Irmão Izautonio é um renomado intelectual maçõnico e VM da ARLS Virtual "Lux in Tenebris" da Glomaron.

Um dos símbolos que mais admiro em maçonaria é um que caiu em desuso, salvo no grau de mestre do rito de York, é a “colmeia”, com o significado de templo universal,  considerada um símbolo da solidariedade resultante do trabalho coletivo entre todos os maçons, sendo igualmente um emblema do trabalho, da sua organização e da sua utilidade para a humanidade.

Ao lado de uma maçonaria ativa, que pugna mais pela ação, por fazer algo, em prol dos seus membros (pelos maçons, independentemente das obediências) e da humanidade, encontra-se uma maçonaria especulativa, filosófica, que se limita à reflexão, ao trabalho interior. Qualquer modelo é defensável, mas o melhor modelo – na minha opinião - é aquele que sabe conciliar a reflexão e a ação. 

A colmeia surge no século XVIII como símbolo da harmonia, concórdia, obediência, cooperação e disciplina social, solidariedade, ajuda mútua que veio a caraterizar as associações mutualistas, dos séculos XIX e XX, embora os seus membros (abelhas) coexistam segundo hierarquias internas, que contradizem o princípio da igualdade.  

O símbolo perdeu relevância desde que as abelhas e a colmeia foram adotadas como símbolo político pelo Império de Napoleão Bonaparte, desaparecendo na maioria da maçonarias europeia a  partir de 1870. 

Não admira que a colmeia apareça como elemento decorativo dos aventais maçónicos, principalmente no século XVIII, como se vê neste avental onde se lê em alfabeto maçónico “labor onmia vincit” (O trabalho vence tudo)” 

 2021.06.30. MPS 🇵🇹

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