Todos os Apócrifos do Novo Testamento são pseudo epigráficos, e a maioria deles se enquadram nas categorias de Atas, Evangelhos e Epístolas, embora existam vários Apocalipses e alguns possam ser caracterizados como livros sapienciais.
As Atas apócrifas pretendem relatar a vida ou a trajetória de diversas figuras bíblicas, dentre elas a maioria dos apóstolos; as epístolas, os evangelhos e outros atribuídos a essas figuras.
Alguns relatam encontros e acontecimentos em linguagem mística e descrevem rituais arcanos. A maioria destas obras surgiram de seitas que tinham sido ou seriam declaradas heréticas, como sobretudo, os gnósticos. Alguns deles argumentaram contra várias heresias, e uns poucos pareciam ter sido esforços neutros para popularizar a vida de algum santo ou outro líder da igreja primitiva, incluindo várias mulheres.
Nas primeiras décadas do cristianismo, não havia sido estabelecido nenhuma ortodoxia, e vários partidos ou facções competiam pela ascendência e regularidade na jovem igreja. Todos tratavam de ganhar crentes através de seus escritos, assim como de suas pregações e missões.
Neste contexto, praticamente todas as obras que defendiam, crenças que logo se tornaram heréticas, estavam destinadas à denúncia e à destruição. Movimentos heréticos como o Gnosticismo e o Montanismo deram lugar a uma grande quantidade de pseudo epigráficos do Novo Testamento. A existência destas supostas escrituras deu um grande impulso ao processo de canonização da jovem e ortodoxa Igreja cristã.
Fonte: https://www.britannica.com/topic/apocrypha
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