Os egípcios e os maias eram obcecados pelo mundo espiritual, ou mundo interior, acreditando na existência da alma e vida após a morte.
Esclarecendo conceitos sobre o maianismo, a pesquisadora Mercedes de La Garza, informa:
“O Homem é um ser dual, composto por um corpo visível e um espírito invisível, que abandona o corpo, no momento da morte. Esta é a parte racional, imortal, consciente; a outra parte é tomada no mundo das formas materiais, que é a porção animal, com impulso selvagem, mortal, impulsiva e irracional...”
No Egito, o mito central de Osíris revela uma alma eterna ou deus, dentro de nós, esperando para ser reconhecido, quando trazido de volta a vida.
Nas Américas, as massas adoravam um ícone muito semelhante a personificação do Cristo. Ele foi chamado de muitos nomes distintos, entre diferentes épocas e locais, incluindo “Quetzalcoatl”( Astecas), Kukulkain ( Mayas) e Viracocha (incas).
Todos estes nomes acima são atribuídos ao mesmo herói mitológico, segundo boa parte dos acadêmicos, sendo sua história contada similarmente ao mito de Osíris no Egito. Tal qual Osíris, a história deste deus mitológico é um híbrido entre verdade e mitologia, passada para as gerações seguintes.
Segundo conta a lenda, Osíris e estes outros deuses solares, viajaram pelos continentes desencorajando os sacrifícios animais, humanos e a guerra, mostrando as vantagens da auto-disciplina.
Segundo o historiador Enrique Florescano, o nome de “Quetzalcoatl” é sagrado, simbolizando a “união dos opostos”:
“...seu nome provém da palavra “Quetzalli” que alude um pássaro com penas coloridas e brilhantes, associada a palavra “coatl” , que significa “serpente”. Na Mesoamérica, o pássaro e a serpente são símbolos que representam a união do pensamento religioso e cosmológico: céu e terra. Esta entidade dual é a síntese dos opostos: conjuga o poder destrutivo e germinal da terra (serpente) com o fértil e ordenador princípio dos céus (o pássaro).”
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