Os astros seguem, imperturbáveis, em seus movimentos, e o ser humano procura formas de registrar em números, a passagem do tempo. Essa é a função dos calendários.
O primeiro calendário que se tem notícia foi o dos sumérios, há cerca de 5000 anos, e era baseado no espaço de tempo decorrido entre duas luas novas (29 dias, 12 horas e 44 minutos). Assim também é o calendário hebraico, onde cada mês se inicia na lua nova.
Reza a tradição que esse foi o calendário adotado quando o Criador mostrou a Moisés a lua nova de Nissan (Áries), duas semanas antes da saída do Egito, que ocorreu na lua cheia.
Atualmente, esse calendário é do tipo lunissolar, no qual os meses seguem as fases da lua, mas também leva-se em conta as estações. Por isso os meses são de 29 e 30 dias (nem mais nem menos), alternadamente. Um ano hebraico possui 354 dias, contra 365 do calendário gregoriano, ou solar. Isso dá uma diferença de 11 dias entre os dois.
Para a correção desses 11 dias, em relação às estações do ano, acrescenta-se um mês adicional de Adar a cada 3 anos (33 dias). Em alguns anos é necessário subtrair um dia do mês de Kislev (que normalmente tem 30 dias), ou acrescentar um dia ao mês de Chesvan (que normalmente tem 29 dias).
Assim, a cada lua nova temos um novo mês, sempre na mesma estação do ano.
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