O Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz é um dos mais prolíficos escritores e intelectuais maçônicos do país, membro da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras.
A Carbonária era uma sociedade secreta fundada na Itália no século XIX, em que erroneamente se associa à Maçonaria, provavelmente por ter adotado, por cópia, práticas semelhantes, levadas por Maçons que pertenciam às duas Sociedades.
Da mesma forma que Maçom é Pedreiro, Carbonário era “Carvoeiro”.
Sete ou mais Irmãos Maçons constituem uma Loja e vinte ou mais “Bons Primos” Carvoeiros formavam uma “Venda”.
A região em que se encontra uma Loja chama-se Oriente e onde se encontrava uma “Venda” chamava-se “Floresta”.
Três ou mais Lojas formam uma Obediência e vinte ou mais “Vendas” formavam uma “Venda Central”. Havia, também, uma outra instância, a “Alta Venda”, formada por representantes (deputados) das “Vendas Centrais”.
Como a Maçonaria, a Carbonária tinha o seu alfabeto secreto.
Algumas ideologias maçônicas eram afins com a Carbonária, como o combate ao absolutismo e à intolerância religiosa, além do patriotismo e a defesa da democracia e dos ideais liberais.
A Carbonária caracterizava-se também por valores anticlericais e por sua atuação política e revolucionária, tendo atuado tanto na Itália quanto em outros países latinos europeus e sul-americanos.
O Carbonário Maçom italiano Giuseppe Garibaldi participou no Brasil das forças separatistas derrotadas na Revolução Farroupilha.
Tal como a Maçonaria fora condenada pelo papa Clemente XII na bula In Eminenti de 1738, a Carbonária foi condenada pelo papa Pio VII na encíclica Ecclesiam de 1821.
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