Também conhecido por Hiram, Hiram Abi ou Hiram Abif, Huran Abi, ou Hirão, é uma personagem bíblica (Crónicas, II, cap.2.v. 12-14) que foi emprestada à maçonaria, em torno da qual se construiu um psicodrama que está na base de cerimónia da exaltação ao grau de mestre maçom (terceiro da maçonaria simbólica).
Hiram Abi, que residia no reino de Tiro, era filho de uma viúva da tribo de Dan, ou oriundo da tribo de Naftali, e era um conhecido artífice de metais (vd. Livro de Reis, I, cap. 7, v. 13; Crónicas Livro II, cap.2.v. 12-14). O rei Hiram de Tiro, enviou-o a Salomão para o ajudar na construção do templo.
Hiram Abi - que segundo os textos bíblicos, nunca participou na construção do templo de Salomão, mas apenas na execução dos utensílios do templo -, de acordo com a lenda maçónica, terá dividido os obreiros que laboravam na construção atrás mencionada, em três categorias, a dos aprendizes, a dos companheiros e a dos mestres, dando-lhes palavras secretas para se diferenciarem entre si, de acordo com os seus conhecimentos. E a partir do exto bíblico elaborou-se a lenda de Hiram que subjaz ao mestrado maçônico.
Segundo o Midrach (exegese criativa do judaísmo), Hiram não morreu no templo de Salomão, tendo simplesmente sido chamado diretamente a Deus, à semelhança do profeta Enoch.
A obra da construção do templo de Salomão seria terminada pelo mestre Adonhiram, sucessor de Hiram Abi, e escolhido por Salomão.
Note-se que a divisão dos operários em categorias, ou corporações estruturadas não resulta do texto bíblico, mas apenas de uma criação maçónica no século XVIII, a qual veio a assumir a dimensão de tradição.
Tendo – ou não - relação fonética, ou outra, a religião muçulmana considera a sacralização (Ihram) como uma purificação do corpo e do espírito, sendo igualmente o nome da vestimenta dada aos peregrinos dos lugares santos, correspondendo deste modo a um símbolo de entrada num universo.
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