Os quatro elementos conhecidos na Antiguidade eram: o ar, o fogo, a água e a terra.
Em todas as teorias cosmogônicas do mundo antigo, existe a ideia de um elemento primordial, do qual derivariam todos os demais elementos.
O mais antigo conceito relativo a essa ideia é aquele associado aos trabalhos do sábio grego Thales, de Mileto, que considerava a água como elemento fundamental.
Na Grécia mesmo, todavia, muitos filósofos defenderam idéias diferentes. Anaxímenes afirmava que o elemento primordial era o ar, já que ele podia ser condensado, formando nuvens e chuvas, cujas águas, evaporando, formavam, novamente, o ar, deixando um resíduo sólido de terra.
Heráclito, com base no mitraísmo persa, que via a manifestação do poder divino no fogo, defendia a teoria desse elemento, afirmando que tudo, no mundo, está em constante transformação e que o elemento que pode provocar as mais intensas transformações é o fogo.
Feresides escolheu, como fundamental, o elemento terra, pois, afirmava ele, ao se queimar um corpo sólido, obtém-se água e ar.
Aristóteles, finalmente, defendendo uma concepção de Empédocles, afirmava que esses quatro elementos eram fundamentais e que todos os corpos eram formados por combinações deles.
Todavia, assim como os antigos discípulos de Zoroastro, ou Zaratustra, na antiga Pérsia, os hermetistas, os alquimistas e os Rosa-cruzes consideravam o fogo como o símbolo da divindade, já que, esotericamente, ele é o único elemento cósmico, daí as denominações de fogo fluídico (o ar), fogo líquido (a água), fogo sólido (a terra), e fogo sideral (o próprio fogo), dadas aos quatro elementos.
A Cabala hebraica aplica a expressão fogo branco ao Infinito Incognoscível de Deus (o Ein Soph) e a expressão fogo negro à sabedoria e à luz absoluta (a cor negra é o resultado da absorção de toda a luz).
Os antigos rosa-cruzes possuíam uma cerimônia chamada fogo novo, que era celebrada no sábado de aleluia, em homenagem à ressurreição de Jesus.
Tudo o que existe é filho do fogo e é através dele que tudo se renova; daí a máxima hermética Igne Natura Renovatur Integra (o fogo renova toda a Natureza), cujas iniciais, *I.N.R.I.*, já foram usadas com diferentes sentidos, inclusive pelo cristianismo.
As ideias de Aristóteles, básicas para a alquimia e úteis na astrologia, eram ensinadas nas escolas de pensadores de Alexandria, no Egito.
Nela, se deu a fusão entre as práticas egípcias e as teorias gregas, mais tarde desenvolvidas pelos Árabes.
Estes, ao conquistar, em 642 a.C., o Egito, trouxeram, para o Ocidente, a nova contribuição à cultura da época.
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