Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante, um dos mais renomados intelectuais da maçonaria.
Dá pra falar e escrever errado sim.
É perfeitamente possível. pronunciar as palavras de maneira equivocada, desobedecer a conjugação de um verbo, bem como desconhecer as regras gramaticais de uma língua.
E ainda assim, conseguir se fazer entender e expressar uma ideia, num cenário minimamente compreensível.
Não fosse isso, e a capacidade de se comunicar entre as pessoas se restringiria apenas àquelas que tiveram acesso à educação.
Exprimir uma ideia, passa antes de tudo pela singeleza do sentimento, da emoção, do tom de voz empregado, da própria expressão facial e de um profundo processo gestual, que somados, misturados e depurados, consubstanciam a complexidade da capacidade intelectual humana.
Entenda-se neste caso "capacidade intelectual" a propriedade que o ser humano dispõe de perceber, tomar decisões, discernir e elaborar conceitos, por mais simples que sejam, e assim gerar um campo de argumentação que o envolve diante das inúmeras circunstâncias a que se expõe durante o curso da vida.
Não é preciso ser culto, dotado de um elevado Q.I. ou um expert em qualquer matéria, para que se possa viver dignamente, respeitar e ser respeitado.
Basta ser humano.
Ter um ínfimo de sutileza na maneira de se portar, de fazer ou de receber uma crítica, e de saber se situar, tanto diante da felicidade, quanto das adversidades.
A Maçonaria Especulativa, neste sentido, tem sido uma verdadeira bússola para o desenvolvimento interior do homem, auxiliando-o como uma fonte indicadora e inspiradora na busca infinita de seu aprimoramento.
Esse aprimoramento é a equação que se produz entre o
sentimento e o conhecimento, que faculta ao homem experienciar e tentar entender o seu mundo interior, bem como sublimar a percepção do que é ética e moralmente certo ou errado.
Isso tudo tem um nome: "Consciência".
E para se ter "consciência" não é preciso saber falar, ler ou escrever tão bem.
Basta saber compartilhar experiências e ter a humildade suficiente para aceitar que diante de tantos mistérios da vida, ainda somos eternos aprendizes.
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