dezembro 24, 2021

O NATAL E SEUS SÍMBOLOS - Ir.’. Reinaldo Rodrigues Cação










Do ponto de vista de diversos autores, e, segundo a Bíblia, o Natal é verdadeiramente o nascimento de cristo, filho de Deus, que nasceu para seguir um plano. Um plano, no qual Deus foi quem o traçou, e consistia em que Cristo morresse, para que fôssemos justificados por nossos pecados, pois, na época de Cristo, quem tivesse pecado e quisesse se limpar deles, tinha que oferecer um cordeiro em forma de sacrifício, e Cristo veio em forma de um cordeiro sem pecado, para limpar os pecados de toda a humanidade, para que, um dia pudéssemos alcançar a vida eterna, por intermédio dele, Cristo o filho de Deus. 

Os cristãos substituíram a antiga festa romana do solstício de inverno pela do Natal, de arraigada tradição familiar e associada `a festa do Ano Novo. Festa cristã celebrada no dia 25 de dezembro, em comemoração ao nascimento de Jesus Cristo, o Natal é comemorado secularmente em todo o mundo cristão . A piedade popular, movida pela ternura dos motivos da infância, enfatizou essa festividade. Uma de suas manifestações mais típicas são as canções ao Menino Jesus, acompanhadas por instrumentos tradicionais. No ano 245, o teólogo Orígenes repudiava a idéia de se festejar o nascimento de Cristo "como se fosse ele um faraó". De acordo com um almanaque romano, a festa já era celebrada em Roma no ano 336. Na parte oriental do Império Romano, comemorava-se em 6 de janeiro , tanto o nascimento de Cristo quanto seu batismo. No século IV as igrejas orientais passaram a adotar o dia 25 de dezembro para o natal, e o dia 6 de janeiro para a Epifania ("manifestação"). 

No Ocidente, comemora-se nesse dia a visita dos Reis Magos. A festa do Natal foi instituída oficialmente pelo bispo romano Libério no ano 354. Na verdade, a data de 25 de dezembro não se deve a um estrito aniversário cronológico, mas sim á substituição, com motivos cristãos, das antigas festas pagãs. As alusões dos padres da igreja ao simbolismo de Cristo como sol de justiça (Malaquias 4:2) e luz do mundo (João 8:12), e as primeiras celebrações da festa na colina vaticana - onde os pagãos tributavam homenagem às divindades do oriente - expressam o sincretismo da festividade, de acordo com as medidas de assimilação religiosa adotadas por Constantino. A razão provável da adoção do dia 25 de dezembro é que os primeiros cristãos desejaram que a data coincidisse com a festa pagã dos romanos dedicada "ao nascimento do sol inconquistado", que comemorava o solstício do inverno. No mundo romano, a Saturnália, comemorada em 17 de dezembro, era um período de alegria e troca de presentes. 

O dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus iraniano Mitra, o Sol da Virtude. No Ano Novo romano, comemorado em 1º de janeiro, havia o hábito de enfeitar as casas com folhagens e dar presentes às crianças e aos pobres. Acrescentaram-se a esses costumes , os ritos natalinos germânicos e célticos, quando as tribos teutônicas penetraram na Gália, na Grã-Bretanha e na Europa Central. A acha de lenha, o bolo de Natal, as folhagens, o pinheiro, os presentes e as saudações , comemoram diferentes aspectos dessas festividade. Os fogos e luzes são símbolos de ternura e vida longa. O costume dos pinheiros natalinos, a árvore de Natal, difundiu-se durante o século XIX. Mas desde o século XIII, São Francisco de Assis já iniciara o costume, seguido nos países latinos, de representar o nascimento com figuras em torno do presépio de Belém. 

Outras tradições natalinas são o Papai Noel, as procissões, que representam a adoração dos Reis magos, a ceia de Natal e a árvore de Natal. No Brasil, o Natal é a celebração cristã mais profundamente enraizada no sentimento nacional, com rico material poético e folclórico. A seguir, trechos de lendas, sobre a árvore de Natal e Papai Noel.

A Árvore de Natal : Muito antes da Era Cristã, era costume, no Norte da Europa, afastar os maus espíritos das árvores , para que , mesmo no inverno , elas permanecessem verdes. Os ramos das coníferas , eram ainda símbolo da esperança de regressarem à primavera e ao verão , estações em que o Sol daria nova força ao homem e à natureza. Quando São Vilfrido (634-710), monge anglo-saxão, começou a pregar o Cristianismo na Europa Central, encontrou crenças pagãs arraigadas entre esses povos, uma das quais a do espírito que habitava no carvalho. Para destruí-la, resolveu cortar um velho carvalho existente em frente à sua pequena igreja. Segundo a lenda, nesses momento irrompeu um pinheirinho existente na Europa, e passou a ser colocado junto ao presépio como símbolo cristão, pois Jesus é o tronco e nós somos os ramos; Jesus é a Árvore da vida e dela é que colhemos os frutos da vida eterna. 

No decorrer dos tempos, as árvores foram sendo enfeitadas com mechas de algodão (lembrando neve), iluminadas para significar que Jesus é Vida e Luz do mundo e cada vez mais enfeitadas. Hoje, ela é um dos símbolos mais expressivos do Natal, com suas bolas coloridas e luzes multicolores, como sendo estes frutos por ela produzidos. São os frutos das nossas boas ações , e seus variados tamanhos , indicam as medidas de nossa generosidade e caridade. Colocadas nos lugares mais nobres das igrejas, capelas, lares, escritórios e lojas, representam a alegria e a fé que renasce a cada ano no coração dos homens, guiados por Jesus, esperança, vida e salvação! Ninguém sabe dizer ao certo quando surgiu a árvore de Natal. Mas ao longo de toda história ela foi incorporada aos hábitos de vários povos. 

A civilização egípcia considerava a tamareira como árvore da vida e a levavam para casa nos dias de festa, enfeitando-a com doces e frutas para as crianças. Na Roma Antiga, os romanos penduravam máscaras de Baco, o deus do vinho, em pinheiros para comemorar uma festa chamada "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal. Na Alemanha, o padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma protestante do século XVI, montou um pinheiro enfeitado com velas em sua casa. Seu objetivo, era mostrar às crianças como deveria ser o céu na noite de nascimento de Cristo. PAPAI NOEL:

A lenda do bom velhinho, foi inspirada em uma pessoa verdadeira: São Nicolau, que viveu há muitos séculos atrás. Papai Noel existiu. Não tinha, porém, esse nome, nunca viveu no Pólo Norte, nem vestia roupas vermelhas e botas retas. Não andava em trenó, nem sequer andava com um saco de presentes. O Papai Noel atual, é descendente de São Nicolau. A generosidade a ele atribuída, granjeou-lhe a reputação de milagreiro e distribuidor de presentes, identificando-o, em vários países, com a figura mística do Papai Noel. São Nicolau, embora tenha sido um dos santos mais populares do Cristianismo, atualmente muito poucas pessoas conhecem sua história. Ele viveu em Lycia, uma província da planície de Anatólia, no sudoeste da costa da Ásia Menor, onde hoje existe a Turquia. A História diz que ele nasceu no ano 350, do século III, na cidade de Pratas, próxima à Lycia. Era filho de Epifanio e Joana, pais ricos. 

O nome Nicolau significa pessoa vitoriosa. Os seus pais morreram quando ele era ainda jovem.

Um tio recomendou-lhe, então, que conhecesse a Terra Santa e ele embarcou num navio. Viajou para o Egito e Palestina, onde tornou-se Bispo, da cidade de Myra, localizada na Anatólia. Quando retornou da viagem, doou toda a herança. Durante o período da perseguição aos Cristãos pelo Imperador Diocrécio, ele foi aprisionado e solto, posteriormente, pelo sucessor Constantino, o Grande. Nicolau morreu no dia 06 de dezembro do ano de 342, sendo este dia lembrado para comemoração de sua festa litúrgica. Em meados do século VI, o santuário onde foi sepultado, transformou-se em uma nascente d'água. Em 1087 seus restos mortais foram transportados para a cidade de Bari, na Itália, que tornou-se um centro de peregrinação em sua homenagem. Milhares de igrejas na Europa receberam o seu nome, e a ele foram creditados vários milagres. Só em Roma existem 60 igrejas com seu nome, e na Inglaterra mais de 400. 

Várias são as lendas atribuídas à Nicolau. Uma, conta que ele salvou três oficiais da morte, aparecendo para eles em sonhos. Outra lenda, diz que, quando ele viajava de navio para a Terra Santa, houve uma tempestade muito forte, que só parou quando Nicolau rezou com fervor. Sua reputação de generosidade e compaixão é melhor exemplificada na lenda que relata como São Nicolau salvou da vida de prostituição três filhas de um homem pobre. Em três ocasiões diferentes, o bispo Nicolau arremessou uma bolsa contendo ouro pela janela e pela chaminé da casa, onde secavam algumas meias, abastecendo, desta forma cada filha com um respeitável dote para que pudessem conseguir um bom casamento. Daí, o hábito das crianças deixarem as meias na chaminé ou nas janelas à espera de presentes. São Nicolau foi escolhido como o santo patrono da Rússia e da Grécia. É também o patrono das crianças, dos marinheiros e pescadores. A transformação de São Nicolau em Papai Noel, começou na Alemanha entre as igrejas protestantes, e sua imagem passou definitivamente a ser associada com as Festividades de Natal e às costumeiras trocas de presentes no dia 6 de dezembro (dia de São Nicolau). 

Como o Natal transformou-se na mais famosa e popular das festas, a lenda cresceu. Em 1822, Clemente C. Moore escreveu o poema "Uma Visita a São Nicolau", retratando Papai Noel passeando em um trenó puxado por oito pequenas renas, o mesmo modo de transporte utilizado na Escandinávia. Sua lenda foi levada por colonos holandeses à América do Norte, onde uma bondosa figura de homem velho tomou o nome de Santa Claus. O primeiro desenho retratando a figura de Papai Noel como o conhecemos nos dias atuais, foi feito por Thomas Nast, e foi publicada no seminário "Harper's Weekly", no ano de 1866.

Fontes de Pesquisas: 

Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.

Internet

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