janeiro 03, 2022

QUANTO CUSTA TER SEMPRE RAZÃO? - (Revisão Sidnei Godinho)




Meus irmãos,

Ao começar mais um ano, sob a graça do Grande Geômetra, achei propício a Reflexão sobre condutas que precisam ser revistas para o aperfeiçoamento Moral, Social e Maçônico. 

Muitos dos irmãos já assistiram em loja, irmãos impondo suas opiniões, suas formas de condução dos trabalhos, seu jeito pouco democrático de conduzir uma sessão ou mesmo suas artimanhas para, até mesmo, manipular uma eleição ou uma administração da Loja...

Alguns já viram aquela expressão : Aquele irmão é o dono da loja... ou, hoje tem sessão na loja do fulano....

Alguns irmãos se acham os donos da razão, causando assim transtornos muitas vezes irreversíveis à loja, com prejuízos tanto materiais quanto de socialização. 

Aí eu pergunto : Qual é o preço de sempre se achar o dono da razão???

Qual o preço que se paga Em pensar ou agir assim??? 

Em algum momento, alguém já parou para analisar esta questão?

Já pensaram quais são as consequências de sempre querer provar que se está certo?

É claro que defender um ponto de vista é corriqueiro.

Colocar nosso posicionamento ou nossas ideias perante um fato, de maneira sensata, é mesmo saudável.

Trocar ideias a respeito de um tema, argumentar a favor de um conceito no qual se acredita, são posturas naturais e comuns nas relações cotidianas.

Porém, quando essa atitude supera todas as barreiras, está sempre como ponto de honra de nossa palavra, quando se torna fundamental ter a razão, qual o preço a ser pago?

Quantas vezes se aborrece com alguém pelo simples fato de querer convencê-lo de que ele está errado em sua forma de pensar?

Quem de nós não se pegou transformando uma discussão tranquila em um afrontamento pessoal?

Ou ainda, quantas vezes não se eleva o tom da conversa, tornando-se ríspido no enfrentamento de ideias?

Defendemos nosso ponto de vista como acreditamos ser o mais adequado.

E, naturalmente, temos nossa maneira de ver a realidade, conforme nossos valores, conceitos e capacidades.

Quatro pessoas, cegas de nascença, ao serem colocadas junto a um elefante vão conseguir relatar o que puderem tocar do animal.

Se não lhes derem a oportunidade de perceber as diferenças entre orelha, cauda, tromba, corpo, terão apenas uma ideia parcial.

Não estarão erradas, apenas cada uma terá somente parte da razão.

Muitas vezes isso acontece nos relacionamentos.

Temos a nossa percepção, a nossa capacidade de análise.

Não quer dizer que estejamos errados ou que não tenhamos razão em nossos argumentos.

Porém não podemos esquecer de que o outro tem sua própria forma de ver, seus valores, suas ideias.

Enfrentar-se, nessas situações, será o duelo de ideias, a briga de argumentos, em que, quase sempre, o que existe, de verdade, é o desejo de impor nosso raciocínio, nossa argumentação.

Inúmeras vezes, em nome de desejarmos provar que a razão nos pertence, usamos nossa palavra como quem está numa batalha, não desejando nunca perder.

Ter sempre razão às vezes custa o preço de uma amizade ou pior, custa o preço de toda uma existência, de toda a imagem que se criou e se esvai pela prepotência de se achar "Estar Certo"... 

Buscar impor aos outros nossos argumentos, repetidamente, pode ocasionar o desgaste da relação.

Querer estar sempre certo, no campo das ideias e reflexões, pode causar fissuras nas relações Familiares e Sociais. 

Assim, antes de se buscar ter razão, melhor buscar a preservação da harmonia.

Antes de querer ser vencedor em uma argumentação, melhor que se tenha paz de espírito.

A verdade, mais dia, menos dia, se fará presente, duradoura, perene, independente de quem estiver, naquele momento certo ou errado. 

A verdade sempre prevalecerá, independente de quem se julgar detentor da mesma. 

Os fato sempre hão de aparecer e, mais dia menos dia, o que está oculto se revelará. 

Assim, mesmo quando toda a razão nos pertença, vale refletir se devemos continuar nossos duelos de ideias.

Talvez, o melhor, em determinadas situações, seja utilizar a capacidade pensante, o senso de validação para buscar compreender o próximo.

Ao assim proceder, poderemos entender o porquê dos argumentos alheios, de sua forma de agir, facilitando e aprofundando nossas relações.

Dessa maneira, evitar-se-á o granjear de atritos e dissabores, pesos desnecessários ao nosso coração.

Pensemos nisso!!! 

Bom domingo e um excelente ano novo de Reflexões meus irmãos.



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