Newton Agrella é escritor, tradutor e palestrante, um dos mais renomados intelectuais da maçonaria.
Baseado em referências bíblicas, evangélicas e históricas e acima de tudo em inúmeras "tradições orais" podemos fazer uma breve consideração de ordem cultural a respeito dos chamados "Reis Magos".
Uma comunhão de Lenda, História, Religiosidade e Misticismo compõe um arcabouço dialético que especialmente nos países de tradição cristã, celebram com singeleza e respeito a data de 6 de Janeiro em diversos pontos do planeta.
Reza essa tradição cristã, que Três personagens teriam visitado Jesus após seu nascimento,
Apenas no "Evangelho segundo Mateus " referência é feita dando conta que os Três teriam vindo "do Oriente" para reverenciar o Cristo, "nascido Rei dos Judeus".
Portavam consigo três presentes (ouro, incenso e mirra).
São figuras constantes em relatos da natividade e nas comemorações do Natal.
Interpretações históricas advindas de estudiosos da Bíblia reportam que
*Belchior (ou Melchior), Baltazar* e *Gaspar* não seriam propriamente "reis" mas sim, sacertodes da religião zoroástrica da Pérsia ou conselheiros.
Talvez fossem astrólogos ou astrônomos, pois, segundo consta e de acordo com a própria Lenda que se conflui com a História, eles teriam visto uma *"estrela"* e decidiram seguí-la, até a região onde Jesus, teria nascido.
Porém, os registros bíblicos dão conta que a estrela *não* os teriam levado diretamente ao local de nascimento do menino Jesus e sim ao palácio do cruel rei Herodes em Jerusalém na Judeia que circunstancialmente desejava a morte de Jesus.
Os Reis Magos perguntaram ao Rei Herodes sobre a criança. Ao que ele disse nada saber.
Muitos dias se passaram até que os magos chegassem ao local onde estava o menino e por causa da distância percorrida, a tradição atribuiu a visitação dos Magos o dia 6 de Janeiro.
Os Magos ofereceram três presentes ao menino Jesus cujos simbolismos são os seguintes:
O *ouro* que representa a realeza (além da providência divina)
O *incenso* que pode representar a fé, pois o incenso é usado nos templos para simbolizar a conexão com o o Princípio Criador do Universo.
E a *mirra* que consiste numa resina antisséptica usada em embalsamamentos desde o Egito antigo simboliza a imortalidade.
Esse breve texto encerra em seu mérito uma tênue referência à tradição oral e à contemporaneidade de celebrações de festas, num período em que se busca como verdadeiro propósito o entendimento e a conciliação entre os povos em favor da "PAZ", *sem qualquer proselitismo religioso*, mas comemorando de forma ecumênica, através de Símbolos, a edificação da Virtude para semear o bem na Terra.
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