Fonte: Pílulas Maçônicas
Isto é um assunto sobre o qual se pode escrever páginas e mais páginas. Isso só para definir o que é um “Landmark”.
Mais uma vez vou recorrer ao “Compendium” do ilustríssimo Ir∴ Bernard Jones.
Landmarks podem ser definidos como “aquelas coisas que, sem a aceitação pela Maçonaria, a mesma deixa de ser a Maçonaria”.
Nos antigos tempos, citados na Bíblia, terras planas sem marcações evidentes, marcas (landmarks) de contornos e limites eram de grande importância, e grandes esforços eram feitos devido a necessidade de respeitá-los. O Deuteronômio XXVII, 17 menciona:
“...maldito aquele que remover as marcas (landmarks) de seu vizinho”
Provérbios XXII, 28 temos:
“Não remover as antigas marcas (landmarks) que foram fixadas por seus pais.”
Portanto, é dessa ideia bíblica de algo que não deve ser removido, que o antigo conceito Maçônico foi erigido. Melhor do que a ideia de uma elevada quantidade de “marcas”, fixadas, das quais condutas devam ser tomadas e seguidas.
O termo “landmarks” é encontrado em todos os Graus Simbólicos, nos quais sempre é mencionado a necessidade imperativa de obedecê-los.
Mesmo a Grande Loja Unida da Inglaterra, enquanto possuir o poder de ditar certas leis e regulamentos, deve estar sempre atenta para que os Antigos Landmarks sejam preservados.
Definições específicas podem ser dadas:
Princípios que tem existido desde tempos imemoriais, em leis escritas ou não, os quais são identificados como a essência e forma da Ordem; os quais a grande maioria dos membros concorda, que não podem ser mudados e os quais cada Maçom é compelido manter intactos, sob as mais solenes e invioláveis penalidades.
Um limite fixado para checar qualquer inovação.
Uma parte fundamental da Maçonaria que não pode ser mudada sem destruir a identidade da Maçonaria.
Usos e costumes já aceitos por longo tempo, NÃO são necessariamente Landmarks. Observando isso, muitas listas feitas por diversos autores Maçônicos, como exemplo Albert Gallatin Mackey, seriam reduzidas nos seus itens.
Sobre isso deve ser lido a Obra do nosso querido Ir.'. José Castellani - “Consultório Maçônico” - onde é feito um “pente fino” sobre os 25 itens do Mackey, e de outros, e fica claro que, pelas definições obtidas, nem tudo que está lá é Landmarck.
É uma pena que pessoas capazes como nosso Ir∴ Castellani, tenha que primeiro morrer para depois ser reconhecido. A inveja e o egoísmo não tem limites (nem landmarks).
Finalizando, um escritor americano disse que “Landmarck é algo que, sem o qual, a Maçonaria não pode existir, e determina os limites até onde a Grande Loja Unida da Inglaterra pode ir. Alguma coisa na Maçonaria que a GLUI tem o direito de mudar, NÃO é um Landmark."
O teste é: poderia a Maçonaria permanecer essencialmente a mesma se algum particular princípio for removido?
Nenhum comentário:
Postar um comentário