Sérgio Quirino - é o atual Grão-Mestre-GLMMG 2021/2024, notável intelectual maçônico
Reafirmamos continuadamente que nada se faz na Maçonaria que não tenha um propósito; e que a verdade se revela nas entrelinhas.
Há um momento em nossa experiência de neófito em que o caminho parece menos tortuoso, mas o som metálico nos causa aflição. Não podendo identificar visualmente, aguçamos a audição e nos alertamos para um cenário de combate. O som é do tinir das lâminas. Por ele imaginamos ser produzido pelas chamadas armas brancas.
O sentido de “arma branca” tem origem no elemento de um grupo de metais denominado frâncico, que é reluzente, brilhante, polido. Daí, ao vermos um objeto com lâmina, que, eventualmente, possa ser usado para atacar ou defender, o caracterizamos como “arma branca”.
A maioria das armas consideradas brancas ao serem criadas, não tem por finalidade se tornarem instrumentos de ataque ou defesa. Por exemplo: chave de fenda, giletes, pedaço de vidro, pedaço de pau, foice, picareta e até mesmo martelos.
Aqui retomamos a reflexão sobre aquele momento de nossa viagem, em que o barulho era proveniente do combate com arma branca, cujo inimigo não está distante de nós, diferentemente de quando se usa arma de fogo, que permite maior distância entre os inimigos. Nesses casos, a arma branca é ineficiente
A entrelinha e a sutileza da nossa interpretação estão em identificar pelo barulho, o perigo do mau uso dos nossos instrumentos - cinzel e martelo de pedreiro.
Cinzel e martelo? Sim! Ambos são “armas brancas”, o cinzel é perfuro cortante e o martelo, uma arma contundente.
O CONJUNTO HARMÔNICO DOS TINIDOS METÁLICOS, NAQUELE MOMENTO MÁGICO DE NOSSAS VIDAS, PRODUZ EM NÓS A CLARIFICAÇÃO, ENQUANTO ESCULPIMOS O COMBATE ÀS PAIXÕES E BUSCAMOS O APERFEIÇOAMENTO DE NOSSOS COSTUMES.
A MAIOR BATALHA DE NOSSA VIDA É TRAVADA CONTRA NÓS MESMOS!
A vida é um grande oceano que navegamos sob os influxos das vagas ilusões. Na constância, perseverança e nas lutas diárias contra os vícios do mundo profano é que atingiremos a paz e a harmonia social.
Seguimos neste 16o ano de compartilhamento de instruções maçônicas, porque acreditamos fielmente que um mundo melhor se constrói pela qualificação do artífice. Precisamos nos reanimar permanentemente para o bom uso do malho e do cinzel.
Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
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