O Ir, Kennyo Ismail é professor universitário, editor, escritor, uma dos mais importantes intelectuais da maçonaria no país.
Às vezes o cotidiano, a correria do dia-a-dia, não permite que cada um de nós possa parar por alguns minutos para fazer essa reflexão, para simplesmente olhar ao redor e entender o quanto todos somos dependentes do trabalho de infinitos desconhecidos sem demonstrarmos a mínima gratidão.
Um certo autor descreve “trabalho” como “qualquer atividade útil”.
Ao refletirmos sobre isso, nos chama a atenção o termo “útil”.
Útil é tudo aquilo que atende uma ou mais pessoas, ou seja, quanto mais atender as pessoas, mais útil.
E o que mais seria o trabalho maçônico do que uma atividade útil para o nosso autodesenvolvimento e com o objetivo final de fazer feliz a humanidade através do amor ao próximo, do combate à ignorância e ao fanatismo, do aperfeiçoamento dos costumes, levantando templos à virtude e cavando masmorras aos vícios?
A Sublime Ordem Maçônica nada mais é do que um Sindicato de Trabalhadores. Antes, em sua fase operativa, era um sindicato de trabalhadores da construção civil.
Hoje, o que todos nós maçons “especulativos” ainda temos em comum com nossos antecessores é que todos ainda somos trabalhadores, porém nas mais diferentes profissões.
Assim como os ensinamentos maçônicos serviam para orientar os maçons operativos em suas relações entre si, com os contratantes, os familiares, a sociedade e o Grande Arquiteto do Universo, esses mesmos ensinamentos estão em nossos rituais e ainda servem para nos orientar, orientar nossas relações profissionais, sociais e espirituais.
E um dos principais ensinamentos maçônicos é de que, para se realizar qualquer trabalho, deve-se empregar com equilíbrio três diferentes energias:
Força, Vontade e Inteligência.
Não adianta o Obreiro ter vontade de trabalhar e ter a força necessária se ele não possuir a inteligência, o conhecimento necessário para efetuar o trabalho.
Da mesma forma, o Obreiro tendo inteligência e força para trabalhar, mas não tendo vontade, nada será feito.
Assim como é impossível um Obreiro produzir apenas com a vontade e a inteligência, mas sem ter forças para trabalhar.
Faz-se então necessário empregar essas três qualidades para que um trabalho transcorra de forma justa e perfeita.
É aí que se encontra a perfeição: não no trabalhador, mas no seu trabalho.
CONCLUSÃO
Você deve compreender que não é apenas o seu trabalho que o dignifica, mas o trabalho de todos os homens de bem do orbe terrestre colabora para que você viva com dignidade.
Entenda que o que liga você a cada homem de bem no mundo é o trabalho digno que cada um desempenha e que, de forma direta ou indireta, alcança a todos.
Além do Grande Arquiteto do Universo, o trabalho é o nosso elo, o que nos une.
Assim sendo, ao desenvolver um trabalho perfeito, o trabalhador está aprendendo, se desenvolvendo, evoluindo, se relacionando com fornecedores e clientes, fazendo parcerias, atendendo uma demanda de um individuo, de um grupo ou da sociedade, gerando empregos, proporcionando felicidade ou prazer para si e para o próximo, e colaborando através de seu trabalho para com a sociedade, o que o liga a cada homem de bem no mundo.
Quer algo mais digno do que isso?
Bom dia meus irmãos.
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