O Ir.’. Ademar Valsechi, de Sta. Catarina é médico, intelectual maçônico, expert em música e excelente escritor.
- O Companheiro (grau 2) M.S., já de certa idade (mais de 70 anos), maravilhou-se pela maçonaria e além de sua Loja, frequentava tudo que vinha ao seu conhecimento, sejam reuniões virtuais ou presenciais.
Um dia, seu conhecido, o Ir.’. E.M. o convidou para uma sessão com palestra, num determinado sábado pela manhã, com início às 09:00 horas. O Ir.’. enviou a localização e combinaram chegar mais cedo, com o traje usual: Terno, sapatos e gravata pretos com camisa branca, não esquecendo os paramentos do grau.
O Ir.’. M.S. colocou seu avental branco na bolsa de sempre e se dirigiu ao endereço.
Lá chegando, o Ir.’. E.M. o aguardava e foi apresentado aos outros, mas o Ir.’. M.S. já conhecia muitos deles.
À medida que outros Irmãos chegavam, além dos cumprimentos, iam colocando os paramento. O Ir.’. M. percebeu muitos aventais e faixas diferentes.
Perguntou ao Ir.’. E.M. por que o paramento diferente, ele falou que estava no grau 21. Chegou um conhecido, médico que foi seu professor na Faculdade de Medicina, que o cumprimentou efusivamente e além de avental e faixa também colocou um chapeuzinho na cabeça. - Ele é grau 33, soprou alguém ao seu lado.
Após os abraços, foi convidado a assinar o livro de visitantes. Colocou o nome e onde citava o grau, colocou em número romano II.
O Ir.’. que estava coletando a assinatura, que demonstrava idade avançada perguntou ao Ir.’. M.:
- Grau 11?
O Ir.’. M. respondeu: - Dois, mas o seu sotaque manezinho soou “Dox”. O Ir.’. Chanceler, um tanto surdo falou: - Doze? e comentou: - Parabéns, está subindo a escada com galhardia.
- Não, respondeu: Grau dois, monstrando com a mão, dois dedos erguidos.
O Ir.’. E.M. nada percebeu, pois estava do outro lado conversando.
Alguns Irmãos como o grau 33, outro com paramentos parecendo do time de futebol Vasco da Gama e outros de cores parecendo arco-íris, sumiram.
Mais tarde contaram o que aconteceu:
- Sabendo do fato, o presidente da Loja de Perfeição, que iria dirigir aquela sessão, convocou rapidamente os responsáveis pelos outros Corpos Filosóficos presentes e apresentou o problema:
- Temos aqui um Irmão dos Graus Simbólicos, que sem perceber foi convidado para uma sessão dos Graus Superiores.
O Ir.’. Grau 33, ponderou:
- Conheço este Ir.’. M.S., meu colega médico e altamente interessado. Se Ir.’. palestrante chegou, podemos conversar com ele?
- Sim, vamos fazer isto, respondeu um deles.
Sabendo do que se tratava, o Ir.’. palestrante comentou que o assunto versaria ao nível do grau 4, dando conhecimento aos novos iniciados, o que se propõe os Graus Superiores.
O Ir.’. Grau 33, propôs:
- Poderia apenas alterar levemente o foco e fazer uma palestra promocional, para todos nós, de como poderemos motivar os novos Irmãos grau 3, a assumirem os Graus Superiores?
- Sem problemas, respondeu o experiente palestrante.
Neste momento entra o Ir.’. E.M. preocupadíssimo, explicando que o Ir.’. M.S. pela idade e conhecimentos demostrados, lhe deu a impressão de estar nos Graus Filosóficos.
- Fique tranquilo, respondeu o Presidente da Loja de Perfeição. Está tudo sob controle.
O Mestre de Cerimônias solicitou que todos se preparassem para o cortejo e pediu ao Ir.’. M. que ficasse fora, um pouco distante da porta. Com certeza para nada ouvir. Iriam fazer a abertura da sessão normal para o grau 4 e ao se colocar a Loja em recreação, ele seria convidado a assistir a palestra.
Assim foi feito. Depois de alguns minutos, o Mestre de Cerimônias o conduziu para dentro do Templo, indicando o local para sentar. Foi uma bela palestra motivacional. Logo foi conduzido novamente para fora, aguardando o fechamento da Loja e a saída de todos.
Depois foram para o ágape e a brincadeira reinante foi a “goteira”, que colocou em “saias justas” os Presidentes dos Corpos Filosóficos.
Agora o Ir.’. M.S. já é Mestre, grau 3 e, apesar de ainda não ter o tempo suficiente de Mestrado, está louco para entrar nos Graus Superiores, querendo ser iniciado no Grau 4.
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