A Simbologia que a Maçonaria traz consigo está intimamente relacionada aos próprios Usos e Costumes do comportamento humano ao longo da História.
A relação e a adoção de um Santo Padroeiro na Maçonaria deve-se à questão da comemoração dos Solstícios, e ao período das Colheitas.
Além disso, a uma analogia aos Romanos, que faziam suas adorações e agradecimentos ao deus Saturno pela safra exitosa.
Da mesma forma, indícios e relatos históricos dão conta de que esta prática era igualmente promovida pelas antigas guildas e corporações de ofício que já se constituíam nas primeiras levas da Maçonaria Operativa na Europa.
Cabe registrar que nesse período da história, chamado de Idade Média - também conhecido como Período Obscurantista - o Pensamento se constituía basicamente na Religião, sobretudo nos preceitos doutrinários e dogmáticos do cristianismo.
Há fortes indícios de que a Maçonaria Especulativa - que ganhou corpo a partir do chamado "Período Iluminista", que se constituiu no movimento intelectual caracterizado pela racionalidade crítica do questionamento filosófico no século XVIII - como forma de preservar as datas comemorativas dos Solstícios e de São João Batista (24/06) e de São João Evangelista (27/12) e ao mesmo tempo não viesse a se indispor contra a Igreja - tenha adotado a figura do padroeiro, até como um meio de proteger a Sublime Ordem, num período em que a Inquisição, o Fanatismo e a Tirania ainda guardavam fortes influências na Europa.
Esse expediente interpretativo portanto, pode nos levar à compreensão de que se trata mais do que uma mera casualidade do porquê os Santos de nome João permaneceram no universo literário maçônico, e se instalaram inclusive no seu âmbito ritualístico na maior parte da Maçonaria.
Adaptar-se às circunstâncias é também um exercício de perspicácia e inteligência que sem dúvida alguma, a Maçonaria Especulativa nos deixou como legítimo legado.
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