outubro 06, 2022

SER LIVRE E DE BONS COSTUMES - Antonio José Rodrigues



Ser Livre não é privilégio algum. É apenas o anseio de buscarmos o início do caminho, pois, existe vários caminhos.

A dificuldade de encontrarmos esses caminhos reside no fato de se nos apresentar outros caminhos que servem para nos confundir e tumultuar o nosso desejo de crescimento e desenvolvimento. Esses caminhos têm nome. Eles são: o Medo, a Dúvida, a Descrença, a Ocupação, a Incerteza, a Insegurança e a Soberba. Cada um desses caminhos se apresenta de muitas formas.

O Medo, por exemplo, pode se apresentar como o medo de enfrentar a novidade, o medo de assumir uma posição, o medo de encontrar o que se teme, o medo de enfrentar a verdade.

A Dúvida por sua vez, pode acabar por nos deixar prudentes em excesso, faz com que duvidemos sobre uma notícia recebida e, pior, faz com que duvidemos se vale a pena realizar um ato de humildade, de tolerância, carinho ou de amor ao próximo.

Já a Descrença situa-se num campo minado porque o descrente já perdeu ou está prestes a perder a fé. 

A Ocupação aparece como uma grande desculpa. Uma grande parcela de homens está sempre “ocupada”, não tem tempo para nada e fazem desta situação a sua fuga. 

O complexo de superioridade impede que um homem vislumbre o benefício e a vantagem de SER LIVRE.

A Incerteza identifica os fracos, que não sabem como se libertar dos entraves da vida e vivem se lamentando. 

A Insegurança cresce cada vez mais no mundo, onde ninguém

está mais seguro de coisa alguma. O homem está sempre de sobreaviso, sempre vigilante e custa a tomar uma decisão libertária.

A Soberba é outra característica negativa, que faz com que ninguém deseje e aceite ser humilde. Esse comportamento afugenta a liberdade. 

Esses exemplos dos caminhos nos dão uma ideia das dificuldades que o homem enfrenta no seu dia a dia.

Ser Livre não significa romper as cadeias da tradição, do sistema social ou da conjuntura familiar; Ser Livre significa trilhar um caminho de satisfações puras e sadias que possa conduzir à meta mais realista que é a FELICIDADE.

Ser Livre, no conceito do pensamento maçônico, é possuir o pensamento limpo, pronto a aceitar o que é bom e satisfatório. 

Ser Livre, portanto, passa a constituir um dom espiritual que pode ser nato ou cultivado. Ser Livre exige ser também de Bons Costumes. 

Esses costumes, obviamente, devem ter como característica principal serem bons, porque não se aceitaria na MAÇONARIA, algo que não pautasse por uma moral aceita, consagrada e já comprovada de ser adotada. 

“BONS COSTUMES’, portanto, no sentido amplo é o comportamento moral do indivíduo dentro da SOCIEDADE.

O bom comportamento faz parte da vida. Assim, os excessos num comportamento, representam desvios de conduta. O hábito pode ser considerado sinônimo de Costume. 

A moral tem sido sempre o motivo da ordem, do prestígio, da credibilidade e, de certa forma, da estabilidade.

A Moral não é nenhum freio, ou camisa de força, não entravando a liberdade, porque tudo deve ser considerado como possuindo implicitamente o valor moral. É como a vida onde tudo tem vida, inclusive a inanimadas.

A Maçonaria pode usar o direito natural do perdão, uma vez que seu membro tenha comprovado ter se regenerado, arrependido e reabilitado. 

Em nossas LOJAS não queremos apenas intelectuais, mas sim pessoas de bons hábitos, cuja escolaridade pode estar no grau mínimo, desde que tenha disposição de somar conhecimentos, para ingressar em uma filosofia de vida compatível com o ideal maçônico que é “AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO”.

Ser “LIVRE E DE BONS COSTUMES”. Não são duas atitudes separadas, mas sim complementares. Ninguém poderá ser livre e de bons costumes se não tiver bons costumes e ninguém terá bons costumes se não for Livre.

A MAÇONARIA é inflexível no exigir de seus membros, procedimentos rigorosamente ajustados aos postulados maçônicos. 

É certo que a Loja Maçônica é uma escola de aperfeiçoamento moral onde o homem vai aprimorando-se em benefício próprio e dos semelhantes, desenvolvendo qualidade que o possibilitem ser cada vez mais útil a humanidade.

Para ser um bom Maçom, é preciso não confundir liberdade com abuso. É preciso ser leal, praticar a FRATERNIDADE, não se desviar do caminho da moral, fazer o bem sem ver a quem, abominar o vício, e ser tolerante.

O bom Maçom, não se abate, jamais esmorece, não se revolta com as derrotas, é nobre na vitória e é sereno se vencido. É amigo da família, não humilha os fracos, respeita a opinião alheia, não odeia e não se deixa levar pela vaidade.

Em resumo o bom Maçom deve ser Livre e de Bons Costumes e crer em um ente supremo, que denominamos “GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO”.

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