ACEITAR O QUE É
"Não queiras que tudo aconteça como desejas, mas deseja que tudo aconteça como realmente acontecerá - então tua vida fluirá bem."
(Epicteto, ENCHEIRIDION, 8)
"É fácil louvar a Previdência por qualquer coisa que pode acontecer se tiveres duas qualidades: uma visão completa do que realmente aconteceu em cada caso e um sentimento de gratidão. Sem gratidão, qual é o sentido de ver, e sem ver, qual é o objetivo da gratidão?"
(Epicteto, Discursos, 1.6.1-2)
Aconteceu algo que desejaríamos que não tivesse acontecido. Qual dos dois é mais fácil mudar: nossa opinião ou o acontecimento passado?
A resposta é óbvia. Aceite o que aconteceu e mude seu desejo que isso não tivesse acontecido. O estoicismo chama isso de " arte da aquiescência", aceitar em vez de se opor a cada pequena coisa.
E os estoicos mais experientes dão um passo adiante. Em vez de simplesmente aceitar o que acontece, eles nos exortam a realmente gostar do que aconteceu - seja o que for. Nietzsche, muitos séculos depois, cunhou a expressão perfeita para capturar essa ideia: amor fati (amor ao destino). Não é apenas aceitar, é amar tudo o que acontece.
O desejo pelo que calhou de acontecer é uma maneira engenhosa de evitar decepção, porque nada é contrário aos seus desejos. Mas sentir realmente gratidão pelo que acontece? Amá-lo?
Essa é uma receita de felicidade e alegria.
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