A Curiosa Relação da Maçonaria Brasileira com a chegada dos primeiros missionários protestantes ao Brasil Império.
Os missionários protestantes norte-americanos, de origem sulista, que vinham ao Brasil em 1862, foram os primeiros protestantes a chegarem no País com o objetivo de proselitismo religioso. Há anos já havia comunidades de protestantes alemães e ingleses, mas que não tinham nenhuma intenção de expandir sua fé.
A Imigração dos confederados que resultou na fundação da Igreja Presbiteriana no Brasil, foi sugerida pelo Grão Mestre do Grande Oriente e líder da Maçonaria Conversadora, Visconde do Rio Branco, ao missionário presbiteriano, Alexander Blackford, fundador do primeiro órgão de imprensa Protestante no Brasil, contou com o apoio e colaboração de Joaquim Nabuco, considerado líder da Maçonaria Liberal.
A proteção dispensada aos agentes bíblicos e aos missionários por parte da maçonaria, e a defesa da liberdade religiosa, foi apenas parte de uma jogada política contra o poder da Igreja Católica. A maçonaria via os protestantes como os representantes da “modernidade” no Brasil, daí surgiu a crença entre a elite liberal-maçônica de que o atraso brasileiro é consequência da dominação Romana, tal situação seria resolvida mediante a imigração em massa dos povos protestantes e da imposição de seu estilo de vida baseado na valorização do trabalho e da educação.
Paralelamente à construção das igrejas, os missionários criaram escolas com a finalidade de instruir e educar os filhos dos fiéis dentro da ética protestante. Contudo, essas escolas passaram a receber os filhos da elite liberal republicana e da maçonaria, uma vez que foram organizadas segundo o modelo norte-americano de educação moderna, pragmática e científica.
Fonte: PROTESTANTISMO, LIBERALISMO, MAÇONARIA E A EDUCAÇÃO NO BRASIL, NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX. De Viviane Ribeiro.
Ref Brazil Imperial
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