Ela, de tão repentina,
Parece pequena, um instante;
E oculta algo importante,
Mesmo se cega é a retina.
Ainda que sacra ou libertina,
Vivê-la é pra lá de relevante;
Tem dor, sangue e, inobstante,
É amor que a sorte descortina.
Parece a flor, flor de menina,
E desabrocha exuberante,
A morte para ela é pequenina.
Tem luz tão desconcertante
Que a melhor alma desatina:
A vida é um sopro excitante!
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