A religião de uns pode ser loucura, superstição, curandeirismo ou charlatanismo de outros.
A Bíblia nos oferece inúmeros exemplos de profetas e ascetas, pessoas geralmente comuns, do povo, que desempenharam papel preponderante nas religiões Judaica e Cristã.
Pois modernamente, nos hospitais psiquiátricos, são comuns os casos de “loucos religiosos”, numa verdadeira demonstração de como os chamados mistérios da religião exercem forte fascínio sobre indivíduos emocionalmente perturbados.
Em geral, são pessoas com poderosa inclinação messiânica, ou seja, que se acreditam incumbidas de desempenhar “missões de salvação” durante sua passagem pela Terra.
Tal como os profetas dos primórdios da religião, têm visões, ouvem vozes e sonham; condenam o pecado, o desregramento moral e os vícios, pretendendo, assim, impor normas rígidas de comportamento, sempre calcadas em preceitos religiosos.
Um exemplo contemporâneo é o “Profeta Gentileza”, um lunático que no Rio de Janeiro, com uma longa barba branca e trajado como um beato, circulava entre os automóveis com “tábuas da lei” e escrevia frases nas colunas dos viadutos no centro da cidade.
Após a sua morte, suas “escrituras sagradas” pintadas no Elevado da Perimetral, que foi parcialmente demolido, foram preservadas pela prefeitura.
Foi ele quem cunhou a frase “Gentileza Gera Gentileza”, que atualmente é comercializada em adesivos para automóveis e camisetas.
Será que lá pelos anos 4000, escavações arqueológicas ao encontrarem fragmentos de concreto com seus escritos, o considerarão um profeta ou até um deus das antigas civilizações do longínquo século XX?
Pena que não estaremos vivos para saber!
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