fevereiro 03, 2023

BAPHOMET - Almir Sant’Anna Cruz.


Não é nem Símbolo nem tem qualquer relação com a Maçonaria.

Em 1307, o Rei Felipe o Belo, de França, totalmente falido, resolveu apoderar-se dos bens da Ordem dos Templários, prendendo-os sob a acusação de devassidão e idolatria e entregando-os à Inquisição que, sob tortura, obteve declarações de culpabilidade e queimou vivos, em 1314, os altos dignitários da Ordem, inclusive seu Grão-Mestre Jacques de Molay.

Entre as inverídicas acusações contra os Templários, pesava a adoração a Baphomet, pretenso ídolo associado ao nome de Maomé, representado por uma figura humana com atributos dos dois sexos e com cabeça de carneiro ou bode.

O francês Alphonse-Louis Constant (1810-1875), mais conhecido como Eliphas Levi, foi o maior ocultista de sua época e continua sendo incensado pelos adeptos de práticas ocultistas até os nossos dias.

Em seu livro Dogma e Ritual de Alta Magia apresentou a figura do Baphomet, denominando-o “Bode de Sabbat - Baphomet de Mendes”, descrevendo-o e dando-lhe significados ocultistas que não cabem aqui serem mencionados por nenhuma relação ter com a Maçonaria.

Já famoso por suas obras ocultistas, foi iniciado na Loja A Rosa do Perfeito Silêncio em 14/3/1861 e, ao final de sua Iniciação, ao invés de agradecer a Loja, com toda a empáfia declarou “Eu vim trazer de volta para o vosso meio as tradições perdidas, o conhecimento exato dos vossos sinais e de vossos símbolos e, em consequência, mostrar-vos para quê vossa associação foi criada”.

Foi exaltado Mestre em 21/08 do mesmo ano e recebeu a função de Orador.

Quando um Irmão por nome Ganneval ousou fazer algumas observações sobre o discurso que acabara de proferir, sobre os “Mistérios da Iniciação”, irritou-se, saiu e nunca mais frequentou qualquer Loja Maçônica.

Sua meteórica passagem pela Maçonaria mostrou que embora ocultista, não soube lavrar a Pedra Bruta, não trabalhou adequadamente na Pedra Polida e muito menos aprendeu a ser humilde e que a Verdade é algo tão complexo que é temerário alguém se julgar seu detentor.

Na capa de um dos livros anti-maçônicos do impostor francês Leo Taxil, Les Mysteres de La Franc-Maçonnerie Devoiles par Leo Taxil (Os Mistérios da Franco-Maçonaria Revelados por Leo Taxil), trazia a figura de Baphomet usando um avental Maçônico.


Verbete do livro *Dicionário de Símbolos Maçônicos: Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre* do Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz. Interessados contatar o Irm.’. Almir pelo WatsApp (21) 99568-1350

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