Sem recorrer a explanações fantasiosas, mas baseadas em relatos e registros históricos, cabe esclarecer, sobretudo aos Irmãos Aprendizes, que a tri pontuação não ocorre na Maçonaria Universal.
Trata-se de fato, de uma prerrogativa adotada pelos Ritos de origem francesa.
No Brasil, em razão da predominância do R.'.E.'.A.'.A.'. (Rito Escocês Antigo e Aceito) que apesar do nome é um rito maçônico de origem francesa, tal expediente é recorrente e plenamente obedecido.
No obra “Ortodoxia Maçônica”, consta que a tri pontuação passou a ser oficialmente adotada em 1774 por ordem do Grande Oriente da França.
Cabe destacar que o costume de abreviar as palavras surgiu com os gregos e em especial em algumas escolas filosóficas como forma de resguardar seus princípios e fundamentos dialéticos.
Posteriormente, os romanos também passaram a adotar esta medida, extensamente explorada através das chamadas "notas tironianas” que consistia numa linguagem escrita de Sinais para preservar a confidencialidade de assuntos do governo imperial. Algo que mais tarde deu origem à chamada taquigrafia.
Esse sistema de abreviação do latim ganhou vida na Europa pós romana.
Como ilustração histórica cabe destacar que a utilização de abreviaturas na França tornou-se tão abusiva, que o Rei Felipe IV, publicou lei proibindo abreviações nas atas jurídicas.
A "Sublime Ordem", contudo acabou adotando a tri pontuação em forma de um triângulo, remetendo ao símbolo geométrico maçônico, como mais um meio de resguardar sua linguagem e conteúdo em seus textos, documentos e rituais.
Analogicamente, os maçons passaram até como uma forma de identificação e reconhecimento a incorporarem os três pontos às suas assinaturas.
Reiterando que este é um expediente cursivo basicamente para a Maçonaria Latina - cujos idiomas provém do Latim.
Inúmeras são as publicações sobre a tri pontuação, cujas convenções acabam inclusive suscitando variações no seu emprego, dificultando assim uma padronização.
A tri pontuação não é adotada por Ingleses e Americanos, até inclusive por conta da própria estrutura do idioma e em razão de especificações culturais que obedecem outra origem.
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