Abreviatura de Grande Arquiteto do Universo, termo usado na Maçonaria para nomear a divindade. Também é usado o termo Grande Geômetra do Universo, sobretudo pelos Ritos de origem inglesa.
Albert G. Mackey (1807-1871) in Encyclopaedia of Freemasonry, assim define o termo: “É o título aplicado à Divindade na linguagem técnica da Maçonaria. É apropriado que uma sociedade fundada nos princípios da arquitetura, que simboliza os termos desta ciência com propósitos morais, e cujos membros professam serem os arquitetos de um templo espiritual, vejam o Ser Divino, sob cuja sagrada lei eles constroem tal edifício, como o seu Mestre Construtor ou Grande Arquiteto...”
No Livro das Constituições, conhecidas como Constituição de Anderson, publicada em 1723, consta em seu artigo primeiro, relativo a Deus e à Religião: “Um Maçom é obrigado, pela sua dependência à Ordem, a obedecer à lei moral e, se bem entender a Arte, nunca será um ateu estúpido nem um irreligioso libertino. Ainda que nos tempos antigos os Maçons fossem obrigados a professar, em cada país, a religião daquele país ou daquela nação, qualquer que ela fosse, hoje em dia julgou-se mais conveniente sujeitá-los somente à religião na qual todos os homens concordam, deixando a cada um as suas opiniões pessoais. Esta religião consiste em serem homens bons e sinceros, homens honrados e probos, quaisquer que possam ser as denominações ou crenças que possam distingui-los, motivo pelo qual a Maçonaria há de se tornar o centro de união e o meio de conciliar, por uma amizade sincera, pessoas que estariam perpetuamente separadas”.
Oswald Wirth in O Ideal Iniciático aborda o assunto da seguinte forma:
“A Maçonaria tem tido todo o cuidado de não definir o GADU, deixando plena liberdade aos seus adeptos para que dele façam uma idéia, de acordo com a sua fé e a sua filosofia.
“Os Maçons deixam a teologia aos teólogos, cujos dogmas provocam discussões apaixonadas, quando não conduzem a guerras e às perseguições iníquas.
“Ao dogmatismo rígido e intransigente, a tradição maçônica opõe um conjunto de símbolos coordenados logicamente de modo a se explicarem uns pelos outros.
“Os espíritos refletidos são assim, solicitados a descobrir por si mesmos, os mistérios a que alude o simbolismo.
“Nada se inculca aos neófitos, nem se lhes pede nenhum ato de fé, em relação a qualquer revelação sobrenatural.
“Do remoto passado, onde têm fixas as suas raízes espirituais, a Maçonaria não herdou crenças determinadas nem doutrinas particulares, mas tão somente seus processos de sã e leal investigação da Verdade.
“Os Maçons se interessam por todos os conhecimentos humanos e podem ser, segundo lhes aprouver, ocultistas, teósofos, metafísicos ou espiritualistas de qualquer espécie, mas a Maçonaria abstém-se, de maneira absoluta, de ensinar-lhes doutrina particular em qualquer ordem de ideias.
“Não tem por missão resolver os enigmas, que se apresentam à mente humana, e não se declara a favor de nenhuma das teorias explicativas dos fatos impenetráveis. Indiferente a toda suposição arriscada; coloca-se acima dos sistemas cosmogônicos, formulados ora pelas religiões, ora pelas escolas de filosofia.
Assim, a Maçonaria, por seu ecletismo, por estimular e exaltar a liberdade de pensamento de seus Iniciados, se bem que deplore e não admita as posições extremadas do fanatismo religioso e do ateísmo, convive com naturalidade com crenças ou filosofias teístas, deístas e mesmo agnósticas. Tanto assim é que existem Ritos Maçônicos de filosofia teísta, deísta e agnóstica.
Verbete do *Dicionário de Símbolos Maçônicos: Graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre*
Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350
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