O povo judeu não se distinguiu na História Antiga por ações políticas, econômicas ou militares, nem por sua cultura artística ou científica. Nestes campos do conhecimento, os judeus em nada contribuíram. Sua grande contribuição foi diferenciar-se dos povos da Antiguidade, que eram politeístas e adoradores dos astros e das forças da Natureza. Seu mérito foi o de dar ao mundo o exemplo da crença em um único Deus, imaterial e eterno.
O primeiro hebreu foi Abraão, filho de Terá, da linhagem de Sem, filho de Noé. Seu nome primitivo era Abrão, mudado para Abraão por Deus, que lhe prometeu uma numerosa descendência, tornando-o patriarca de uma grande nação, a dos judeus. Em contrapartida, sua descendência se comprometia a prestar culto somente ao verdadeiro Deus.
Esta aliança foi selada com o sangue da circuncisão e mais tarde com holocaustos de cordeiros, quando Abraão ia imolando seu filho Isaque, a mando de Deus.
Ao velho patriarca sucedeu seu filho Isaque e seu neto Jacó, cujo nome foi alterado para Israel.
(Percebe-se aí a prática milenar de mudar o nome do indivíduo para se afirmar a superioridade sobre ele.
No Brasil e em outros países em que houve a prática da escravidão negra, os escravos também tinham seu nome mudado para “nomes cristãos”).
Israel casou-se com as irmãs Lia e Raquel.
Lia foi a mãe de seis de seus filhos: Ruben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulon e de sua filha Diná.
Raquel foi a mãe de José e Benjamim.
De Bilha, escrava de Raquel, nasceram Dã e Neftali.
Zilpa, escrava de Lia, foi a mãe de Gade e Aser.
Os doze filhos homens de Israel deram origem às doze tribos em que o povo se dividiu.
Posteriormente, a tribo de José se dividiu em duas meia-tribos, correspondentes aos descendentes de seus filhos Manassés e Efraim, adotados por Israel.
José, que fora vendido por seus irmãos a mercadores egípcios, veio a tornar-se ministro do Faraó e, por ocasião de uma grande fome na Palestina, chamou seu povo para o Egito.
Os judeus viveram tranqüilos no Egito por mais de 200 anos. Como se multiplicavam com rapidez maior que os egípcios, passaram a ser por eles discriminados e tornaram-se escravos.
Para controlar a prole dos judeus, o Faraó determinou que seus recém-nascidos do sexo masculino fossem mortos, escapando de tal ordem Moisés, da linhagem de Levi, recolhido do Rio Nilo pela filha do Faraó, que o criou.
Já adulto, Moisés conseguiu, a duras penas, a permissão do Faraó para levar seu povo à Terra Prometida, à Palestina.
Sob o comando de Moisés, os judeus vagaram pelo deserto durante 40 anos.
No Monte Sinai, Deus ratificou seu pacto com as doze tribos de Israel, ditando a Moisés seus Dez Mandamentos, que foram guardados na Arca da Aliança.
Quando avistava a Terra Prometida, o grande legislador judeu morreu, tendo, antes, dividido a região entre as doze tribos, reservando para a sua, a de Levi, o sacerdócio.
Moisés foi sucedido por Josué, da meia-tribo de Efraim, que atravessou o Rio Jordão, venceu os cananeus que habitavam o país, tomou a cidade de Jericó e assentou as tribos, que ficaram com a responsabilidade de ocupar, cada uma, as terras que lhes foram designadas e combater os bolsões de resistência.
Após a morte de Josué, as tribos de Israel viviam mais ou menos independentes, governadas por um conselho de anciãos, sob a coordenação do Sumo-Sacerdote, da tribo de Levi.
Durante muito tempo, cananeus, filisteus e diversos outros povos vizinhos combateram e oprimiram os judeus. Nestes períodos difíceis, eram escolhidos para libertar e governar o povo os Juizes, que exerciam funções de magistrados militares e civis.
Por cerca de 400 anos as tribos de Israel foram chefiadas por 17 Juizes: Otniel, Eúde, Débora e Baraque (simultaneamente), Gideão, Abimeleque (usurpador, filho de Gideão), Tola, Jair, Jefté (mencionado no grau de Companheiro), Ebsã, Elom, Abdom, Sansão (o mais conhecido do público em geral), Eli (o sacerdote), Samuel, Joel e Abia (simultaneamente, ambos filhos de Samuel).
Como Joel e Abia se inclinaram à avareza e não seguiram os ensinamentos de seu pai, bem como se fazia necessário uma maior união das tribos para melhor resistirem às agressões, cada vez mais frequentes, de seus belicosos vizinhos, os anciãos de Israel pediram a Samuel que constituísse um rei, tendo sido sagrado Saul, da tribo de Benjamim, como primeiro rei de Israel.
Sucedeu-o Davi, da tribo de Judá, guerreiro, artista e poeta. Compôs os Salmos, estabeleceu a capital em Jerusalém, organizou um exército regular e venceu os filisteus, os moabitas, o rei Hadadezer de Zobá, os sírios de Damasco, os edomitas e os amonitas, entre outros.
O terceiro rei dos judeus foi Salomão, filho de David, da tribo de Judá.
Do livro *Personagens Bíblicos da Maçonaria Simbólica do Irm.’. Almir Sant’Anna Cruz - Interessados contatar o Irm.’. Almir no WhatsApp (21) 99568-1350
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