Das práticas para se alcançar a iluminação e a elevação espiritual, o jejum tem papel importante, tanto que vem sendo praticado sob orientação espiritual e religiosa há milênios.
O jejum é a privação de comida ou a redução das refeições diárias durante um determinado período, e apresenta diversas formas de ser praticado. São vários os motivos que levam uma pessoa a fazer jejum: religiosos, medicinais ou até por simples questões de dieta alimentar para emagrecimento.
Essa é uma prática recomendada que deve observar alguns cuidados, como orientação médica (indispensável) ou nutricional, a fim de atingir os seus melhores propósitos.
Uma vez submetido à orientação médica, deve se decidir a forma e a duração do jejum, que pode ser total, por um período de 24 horas, ou intermitente, por períodos menores – prática mais aconselhável, pois não provoca perda muscular. O acompanhamento médico é necessário para que se avalie a priori o estado de saúde do paciente e sejam indicadas as orientações nutricionais, que variam de acordo com os objetivos de cada pessoa.
Como pretendo adotar essa prática de forma continuada na modalidade intermitente, consultei o meu médico, dr. José Roberto Campos Souza, homeopata que há mais de quarenta anos me orienta em todas as ações que adoto na área da saúde. Assim foi, por exemplo, há 18 anos, quando comecei a praticar, semanalmente, a auto-hemoterapia, que me proporciona alta imunidade. Adotei também a ingestão diária de cloreto de magnésio com ginkgo biloba. Mais recentemente, passei a fazer a terapia com ozônio. A orientação do dr. José Roberto me é sempre muito eficaz.
É importante que a prática do jejum seja feita sem nenhuma manifestação exterior que possa identificá-lo, porque se trata de uma decisão pessoal, e estabelecido pela própria pessoa. Recomendo manter a fisionomia alegre e confiante durante o jejum, pois ele deve trazer alegria, confiança e entusiasmo na vida daquele que participa desta experiência maravilhosa.
Muitas religiões orientam seus fiéis a respeito da prática do jejum, na qual o seguidor se abstém de todo e qualquer alimento, ou o faz de forma parcial, a fim de cumprir um ritual de penitência.
Na Bíblia, temos alguns exemplos do poder do jejum na vida de homens como Moisés, que jejuou por 40 dias (Êxodo 34:28); Esdras, por 3 dias (Esdras 10:6); Elias, por 40 dias (1 Reis 19:8); Daniel, por 21 dias (Daniel 10:3); Paulo, por 3 dias (Atos 9:9); e, finalmente,
o próprio Jesus Cristo, por 40 dias (Lucas 4:2).
Para a religião católica, a Sexta-Feira Santa é o dia em que os fiéis devem fazer o sacrifício do jejum parcial, abstendo-se de comer carne. Para a Igreja, o jejum é uma forma de renunciar ao prazer da carne vermelha e buscar nas orações a experiência do sofrimento de Cristo, passado na cruz.
Para os judeus, o Dia do Perdão, uma das datas mais importantes do judaísmo, é festejada com a prática do jejum total por 24 horas, simultâneo a celebrações religiosas. Essa modalidade de jejum se inicia no pôr-do-sol de um dia e se encerra no pôr-do-sol do dia seguinte. É considerado um tempo de renovação e fortalecimento da fé.
Na religião muçulmana, o jejum é praticado durante o Ramadan, onde geralmente fica-se um período de 12 horas sem comer e beber, do amanhecer ao pôr-do-sol, alternando com um período de 12 horas de alimentação e hidratação. No entanto, durante o Ramadan geralmente não se faz restrição de alimentos nos períodos pós jejum.
Quando se pratica o jejum intermitente, é importante excluir da dieta os alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e gordura, como bolo, sorvete, refrigerantes, doces, frituras e refeições do tipo fast food alguns dias antes de iniciá-lo, para que se tenha um resultado mais efetivo de purificação do corpo. O jejum intermitente pode ter duração entre 12 e 18 horas.
Durante o jejum apenas se pode beber água e bebidas não calóricas, como chás ou café, sem açúcar ou adoçante.
O jejum intermitente ajuda a fortalecer o sistema imunológico, melhora a disposição e a agilidade mental, previne o envelhecimento precoce, além de aumentar a queima de gordura corporal, promovendo o emagrecimento. O jejum também diminui a inflamação e melhora as funções das bactérias benéficas do intestino, equilibrando a flora intestinal e prevenindo a diarreia e a prisão de ventre.
Essa prática só é aconselhada para pessoas saudáveis e, por isso – repito –, é indispensável a orientação de um médico ou nutricionista, para avaliar o melhor tipo de jejum intermitente, de acordo com o objetivo e a tolerância de cada pessoa.
A orientação para o jejum religioso varia de acordo com o tipo de prática religiosa, podendo ser recomendado consumir somente alguns tipos de alimentos ou excluir todos os alimentos e líquidos da dieta.
O jejum religioso geralmente é praticado com o objetivo de melhorar o estado de consciência, a conexão com o divino e o bem estar geral, variando de acordo com a religião que se pratica.
Enfim, aí está um prato feito para quem quiser experimentar.
Bom proveito.
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