Você alguma vez já se escutou ?
Já se deu conta de quantas vezes diz "não" por dia ?
Alguma vez você marcou um encontro consigo mesmo, apenas para perceber o quão crítico você tem sido, e quão pouco consegue admitir e assimilar os seus limites e a sua presunção ?
Pois é, via de regra, esse é o exercício da nossa manifestação e das nossas verdades pessoais.
Apontamos o dedo, mas mal conseguimos aceitar quando o dedo nos é apontado...
Invariavelmente assumimos o papel de Senhores da Razão e trazemos conosco o "sacerdócio da jurisprudência salomônica".
1. No Legislativo, temos uma opinião formada sobre quase tudo; conceitos pré-estabelecidos que se tornam doutrinas ;
2. No Executivo, aplicamos as leis e conduzimos assuntos conforme a luz de nosso entendimento; naquilo que encerra a nossa visão do mundo;
3. E no Judiciário, fazemos de nossos juízos de valores a condução da nossa história e julgamos nossos semelhantes tal qual meritíssimos Juízes que se abrigam nas letras frias da Lei - conforme os nossos interesses.
Com toda essa bagagem subjetiva o "Não" raríssimamente se afasta de nós.
Ele assume a negatvidade das circunstâncias que nos desagradam, opera como um mecanismo de auto-defesa às nossas fragilidades e constitui-se num dispositivo de segurança contra os nossos medos...
O "Não" desconhece limites.
Ele se instala em nós como radares de nosso arbítrio e assume seu papel de "Sim" ao sabor de nossas intenções.
Você tem ouvido a voz da sua consciência ?
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