Páscoa, do hebraico Pessach, é uma celebração judaica em que se comemora o Êxodo dos hebreus, quando aquele povo deixou o Egito e retornou à Terra de Israel, segundo as tradições bíblicas.
Os Cristãos adotaram a data e a relacionaram a Jesus, emprestando a ela o significado de “Ressurreição de Cristo”.
Os antigos povos do hemisfério norte, ditos “pagãos”, também celebravam este mesmo período, quando da passagem do inverno para a primavera.
Nessa época, tinham por tradição pintar ovos e enterrá-los, para simbolizar a fertilização da terra, pois na primavera faziam a semeadura na esperança de boas colheitas.
A lebre, hoje transfigurado na cultura ocidental como a figura de um “coelho de páscoa”, também representava a fertilidade, pois é um animal que procria em abundância.
Como o mundo está atrelado ao modelo econômico capitalista, o coelho e o ovo de páscoa se tornaram hoje signos comerciais, sendo que o verdadeiro significado da data muitas vezes fica em segundo plano.
Em uma análise filosófica, percebemos que a Páscoa do ponto de vista judaico, assim como também na visão cristã e também na ótica dos pagãos possuem um ponto em comum: significa uma transição.
Para os judeus, uma transição do seu povo, do Egito para Israel; para os cristãos, uma transição simbólica da morte para a Ressurreição; para os pagãos, a transição do inverno para a primavera.
Como livre pensadores, podemos encontrar nas diversas manifestações culturais e religiosas dos povos elementos que podem ser aproveitados em benefício de nossas reflexões filosóficas.
Que a Páscoa represente em nós também uma transição, de um estado de consciência para outro mais elevado, com reflexos positivos em todos os aspectos de nossa vida.
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