As colunas da Força e Beleza são capitaneadas por dois Obreiros atentos, os irmãos vigilantes, de cujas mãos ecoam o som pujante e disciplinador do malhete, essencial para a ordem e beleza de nossos trabalhos.
Inicialmente, há de se ater à etimologia da palavra vigilante. “Vigilância”: em Latim, significa VIGILANTIA, de VIGILARE, “tomar conta, estar acordado”. Por sua vez, esta palavra se originou de uma raiz Indo-europeia WEG-, “vigor”.
Logo, é preciso que os irmãos vigilantes tomem conta das colunas, e que estejam acordados durante os trabalhos, com o vigor necessário, a fim de que os trabalhos sejam, posteriormente, reputados como justos e perfeitos.
Via de regra, isso é o que deve ocorrer em uma Oficina da Arte Real. Contudo, é preciso fazer uma análise esotérica acerca do tema vigilância. Nos profundos recônditos de nossa alma, temos sido constantes vigilantes?
Estamos acordados, tomando conta de nosso patrimônio íntimo, com o zelo e dedicação necessários para o florescimento do jardim de nossa consciência?
O maior líder do qual a humanidade tem conhecimento vaticinava, com ênfase: “conhece-te a ti mesmo”. Será que temos observado esse imperativo existencial, colocando-nos, diária e exaustivamente, em estado de contemplação de nós mesmos?
Não raro, buscamos a resolução de nossos problemas em algum ambiente externo e material, menoscabando a importância que há de sermos construtores de nosso edifício mental e espiritual.
Muitas das vezes, nossa vida parece desmoronar, especialmente quando as dificuldades se nos aproximam, e não temos equilíbrio emocional para lidar com elas.
Parecemos fazer ouvidos moucos à determinação e força que nos são ensinadas pelo simbolismo do malho; consequentemente, não temos tido êxito em cinzelar (aparar, mitigar, atenuar) as arestas (problemas e contendas do cotidiano).
Tem-nos faltado a vigília e a oração, ferramentas indispensáveis ao nosso equilíbrio emocional e racional.
Tudo o que fizermos em nossa vida deve ser dirigido à Glória do Grande Arquiteto do Universo. Não olvidemos o fato de que o Reino de Deus foi estabelecido com estabilidade e força, representando as duas colunas pelas quais são responsáveis os irmãos vigilantes.
Logo, a cada cataclismo que nos for apresentado em nossa marcha evolutiva, que tenhamos a estabilidade e a força, primeiramente para enfrentarmos nossos fantasmas interiores, para -somente depois- lutarmos contra nossos inimigos projetados pelo mundo material.
Roguemos Sabedoria ao Supremo Artífice dos Mundos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário