outubro 31, 2023

CONSCIÊNCIA E SUA EVOLUÇÃO - Amélie André-Gedalge


As leis do Universo podem parecer-nos conhecidas, mas quanto mais os investigadores avançam, mais encontram, mais se multiplicam os convites à pesquisa. Este já é, sem dúvida, um aspecto da lei da complexidade do Universo. E nós, maçons, estamos conscientes da necessidade desta pesquisa. Pesquisem, meus irmãos e vocês encontrarão.

A conferência de hoje, relativa à evolução da vida em direção à consciência e ao divino, desperta as nossas mentes e aguça a nossa ignorância. O que sabemos sobre a vida, a morte e muito mais, a consciência do homem, até mesmo a divina?

Deveríamos procurar Deus no homem? Deveríamos pensar em outra coisa se ela não existe? Temos que viver pacientemente sob as leis do universo para um dia aprendermos mais? Pelo contrário, deveríamos estar felizes por existir aqui e agora sabendo que nunca saberemos, mas que sabemos! Seja feliz em tudo, em todo lugar e com tudo, diz um preceito, se a honra não lhe for contrária.

Tudo está acelerando. Mesmo que o Ocidente tenha sofrido um revés devido à sua intolerância para com os estrangeiros em períodos de imaturidade, o conhecimento está a explodir.

As três dimensões de ontem estão prestes a ser guardadas no armário do conhecimento. Astrofísicos, mas também biólogos, questionaram ou questionam o que parecia certo. O que parecia certo ontem torna-se menos certo hoje. Nossas certezas nos abandonam, mas somos movidos por uma dúvida, e não por qualquer dúvida, uma dúvida maravilhosamente construtiva.

Sabemos que existem organismos que vivem em temperaturas ou condições onde a vida normal não seria possível. As rãs na Austrália podem sobreviver três anos sem água no deserto. As cobras podem congelar e renascer após o inverno. As aranhas microscópicas podem permanecer em estado de vida letárgico durante dez mil anos, suspensas a vários quilómetros de altitude e aterrando para serem reativadas dependendo dos ventos e das circunstâncias.

Sabemos que as cores são apenas comprimentos de onda vibracionais. Sabemos novamente que os gatos localizam os nós de energia da rede Hartmann, algo que os romanos já sabiam dos egípcios.

Sabemos que a matéria atômica contém glúons e quarks; também sabemos pela física quântica que o que vemos não é necessariamente o que é.

Ainda sabemos que o universo teria outras dimensões. Alguns cientistas sentem o que os Cabalistas sentiram há centenas de anos.

Algumas pessoas falam sobre a teoria das cordas, outras sobre a matéria escura ou a falta de massa, tantas portas se abrem para a nossa crescente ignorância. 

O espaço e o tempo são cada vez mais desafiados.

A propósito do espaço, já em 1900, Max Planck definiu uma das constantes da física mais conhecida como comprimento de Planck. Abaixo disso, sendo a menor dimensão concebível na física, a noção de espaço perde o sentido.

Quanto ao tempo, Emmanuel Kant já dizia que era apenas um modo de representação do mundo ligado à filosofia do homem. Em outras palavras, pensar de forma diferente nos permitiria ver o tempo de forma diferente. Quem sabe ? Porém, teremos que derrotá-lo para viajar ao espaço sideral. Além do mais, já não o teríamos conquistado através da imortalidade da nossa alma? Já não seríamos herdeiros de um tempo além da realidade? Quem sabe que parte de nós é herdada? Quem entre nós sabe o que restará dele na mente dos seus contemporâneos?

Nosso conhecimento evolui e penetra lentamente, mas cada vez mais rapidamente, nas leis do universo e, em si, é também uma aplicação da lei da complexidade.

Que tudo seja matemático não seria uma surpresa. Os Antigos já afirmavam isso na Grécia antiga. Seria um retorno ao básico, a quadratura do círculo.

Quanto à nossa consciência humana, como ousamos considerá-la um produto acabado? 

O homem continua a evoluir. Mesmo na escala das referências médicas contemporâneas, as estatísticas e os resumos da Organização Mundial da Saúde estigmatizam as mudanças comprovadas.

Mais avançados que o chamado homem de Neandertal somos, e o homo sapiens de hoje também é mais avançado que seu irmão Cro-Magnon, mas ninguém negará que daqui a cinquenta mil anos nossos descendentes farão a mesma reflexão aos nossos. se entretanto não houver catástrofe.    

Quais são os limites do que o homem pode alcançar? Fazer a pergunta é mostrar mais uma vez a nossa ignorância.

E por que não propor a sedutora hipótese onírica de que a conexão de todas as consciências individuais permitiria ao homem, neste ponto perfeito de conhecimento, um dia dizer: “agora Deus existe!” " Quem sabe ?

Em todo caso, o que todos terão ouvido é que tudo estaria interligado, que a vida da nossa consciência não seria concebida na solidão.

Na verdade, não somos homens, nem imortais, nem maçons sozinhos. Para existir e evoluir, todos precisam dos outros. 

Esta maravilhosa oportunidade que temos de existir deve nos levar a irradiar amor e fraternidade. O que temos que transmitir ao futuro, nós o alimentamos todos os dias rastreando os maus companheiros que existem em nós.

Onde estaríamos sem a Fraternidade, sem os outros aos quais o nosso espírito nos liga?

A vida é evolução e nós participamos da evolução. Viver não pode prescindir de amar e morrer para criar continuamente, à nossa imagem.

Então, vivamos em Fraternidade. Não é pior, mesmo e especialmente onde é difícil, seja no Afeganistão, na Costa do Marfim, no Iraque, perto de casa ou em qualquer outro lugar!

Concluindo, poderíamos fazer uma espécie de aposta, e parafraseando Blaise Pascal e contradizendo-o modestamente: não nos ajoelhemos, vamos nos acalmar e amar, e em breve viveremos...eternamente.

outubro 30, 2023

ENTRE O DIVINAL E O FILOSÓFICO - Newton Agrella



Saber e acreditar que DEUS existe é uma condição "sine qua non".

Trata-se da única explicação plausível que justifica e ratifica a nossa existência.

Em outras palavras, trata-se de um Princípio Criador e Incriado do Universo.

O surgimento das religiões, crenças e credos no entanto, em tese, é um dispositivo humano cuja missão é a de um  "amortecedor espiritual" que se traduz como forma de amenizar dores, sofrimentos e além disso, de injetar uma contínua dose de esperança por uma jornada cada vez mais profícua ao longo da vida.

No entanto, as repetidas e insistentes tentativas de vincular a filosofia maçônica aos preceitos divinais e religiosos inclusive de âmbito  proselitista parecem inesgotáveis por parte de significativo contingente de maçons.

Não raro, a impressão que fica, é que estamos participando de um Culto, de uma Missa, de uma Sessão Espírita ou de qualquer outro Serviço Religioso.  

Na apresentação de textos e mesmo em Palestras ou nas singelas saudações entre Irmãos, são recorrentes as eloquentes e efusivas manifestações de bençãos, exaltações divinas e principalmente de citações bíblicas, bem como de algumas outras citações contidas em outras literaturas religiosas, inobstante suas origens.

Esta entrega ao dogmatismo, quer queira quer não, impõe um freio à capacidade de elaborar meios de se buscar a explicação dos fenômenos humanos e naturais através do processo "especulativo".

A Maçonaria  Especulativa, que é a que se pratica hoje em dia, é o processo

de transformação que os ingleses  denominaram de "Revival", que significa renovação, renascimento, cujos indícios sugiram por volta do início do século XVIII.

O adjetivo “especulativo” só foi aplicado aos Maçons “Aceitos” em meados do século XVIII.

A referida denominação de  era dada, a todo aquele propenso à contemplação e à reflexão. 

O “especulativo” era o idealista, o pensador e não o homem de ação ou profissional

Eram homens cultos, eruditos, artistas, escritores e historiadores que passaram a ser "Aceitos" na Sublime Ordem.

Lembrando que o verbo especular advém do Latim *"speculari"* que significa observar ou examinar minuciosamente, cuja raiz é *"specio"* (espelho) que quer dizer ver, olhar, enxergar.

Com o processo de transformação linguística ao longo do tempo,  tanto no âmbito morfológico quanto semântico, *"speculari"* ganhou o significado de examinar alguma coisa, um tema, ou um assunto, refletindo sobre o mesmo mentalmente, ou seja; analisando suas origens, desenvolvimento e consequências sob o ponto de vista dialético. 

Assim, o adjetivo "especulativo"   no que se refere à Filosofia é aquilo que impõe uma análise abstrata e teórica para se chegar ao conhecimento.  

A filosofia Especulativa se concentra no âmbito do raciocínio, na natureza da razão, e no exercício infinito do pensamento.

É justamente essa natureza que confere à Maçonaria um caráter universal na sua essência, permitindo uma diversidade de posições filosóficas, desde que não sejam radicais ou extremistas, razão pela qual nela encontraremos ritos deístas, teístas e até mesmo agnósticos.

Essa é a Tolerância e a Liberdade de Pensamento que caracterizam seus Princípios e sua verve filosófica.

Portanto, a Maçonaria Especulativa constitui-se  numa entidade filosófica, posto que seu propósito é o de investigar, pesquisar as leis da natureza, as relações humanas e o Universo;  bem como, estabelecer uma relação do conhecimento com as bases da moral e da ética.

Esse arcabouço dialético é o que a torna um instrumento para o progresso e a evolução humana, sem se prender a sincretismos, dogmas, estereótipos ou superstições.  

A Maçonaria Especulativa é progressista e evolucional porque parte do entendimento da existência de um "Princípio Universal Criador e Incriado",  fonte inspiradora que não impõe qualquer barreira ou limite para que o ser humano se esmere na busca da verdade.

Além disso, esse caráter oferece ao homem o exercício de aprimoramento da própria consciência.



outubro 29, 2023

ENCONTRO DE CULTURA MAÇÔNICA - Edio Cohan


Mais uma tarde de aprendizado,
Três renomados palestrantes,
Marcelo Lufiego, Arnoni Caldart e Michael Winetzki,
Com temas muito interessantes.

A  pedido da Grande Loja de Santa Catarina,
Nos propiciaram temas variados,
Abordando feminismo, cérebro e felicidade,
Muito conhecimento sendo repassados.

Oportunizando aos Irmãos e Cunhadas, 
Das três potências irmanados,
Aprender, independente do Rito,
Sobre o tema que foi selecionado.

Do Caos à Ordem,
Foi o que se viu nesta pandemia,
Propiciando reuniões virtuais,
Revelando excelentes palestrantes na Maçonaria.

Hoje, já de forma presencial,
Receber essas mentes brilhantes,
Repassando valiosos conteúdos,
Cativantes e empolgantes.

Gratidão aos idealizadores do encontro,
Com palestrantes de norte a sul do Brasil,
E seus assuntos interessantes.
Que a muito, por aqui não se viu.



18o ENCONTRO DE CULTURA DA GLESC - FLORIANÓPOLIS


 

GRUPO DOENTE - Adilson Zotovici


A terra em mar fremente !...

Grande onda em noite escura

Como açoite hoje à frente

E que brande a desventura


_Hamas_, um grupo doente !

Pregando terror, amargura

Sem piedade, inclemente

Maldade a propositura


Não se mostra competente

Sua má obra configura

Sem maço ou cinzel vigente

A machado sua escultura


Não parece ser temente

Ao Criador a criatura

O desamor é latente

Que infiel sua postura


Ódio tal na voz latente

Não apraz boa ventura

Mortal, algoz do inocente...

"Não há paz nessa loucura" !

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outubro 28, 2023

DONA DE MIM - Roberto Ribeiro Reis


Curvo-me a teus pés. Não o faço por medo ou subserviência. Venero-te de modo incalculável, tal qual o filho que se rende às determinações do Pai Maior, certo de que os regramentos dEste são os melhores para sua vida.

Guardo-te no recôndito de minh’alma e, simultaneamente, tu estás bem dentro de meu coração. Ocupas tanto a minha cabeça, que pareço um jovem apaixonado pela primeira vez, e que não tem outro pensamento senão o de te encontrar, dia após dia.

Amo-te imensamente, pois me permites a liberdade do pensamento, concede-me a manifestação autêntica da expressão, e buscas me ajudar a percorrer pelo indevassável caminho da luz.

És dona de mim! A tua destra me conforta nos momentos de desespero ou desequilíbrio; o teu abraço é tão pujante, que nele encontro um porto seguro capaz de mitigar o torvelinho de pensamentos negativos, que tentam me vencer, a todo custo.

O teu colo oferece aconchego, e no teu seio encontro os nutrientes de que preciso para me desenvolver; é verdade que ainda engatinho pela estrada ampla das facilidades e das desilusões, mas a tua disciplina faz-me voltar para o centro de mim mesmo, ocasião em que restabeleço meu equilíbrio.

Tens a mestria e a desenvoltura que tudo me ensina, buscando moldar minha conduta; todavia, não me obriga a tomar determinada escolha, deixando a cargo de meu livre-arbítrio a decisão eleita.

Continuas a tolerar o rosário de imperfeições de que sou feito, e jamais fizestes acepção de pessoas, discriminando-as ou segregando-as. Ao contrário, teu magistério é balizado na inclusão e na equidade, e tua divisa maior sempre será o amor (incondicional) ao próximo.

Soberana Maçonaria! Tua opulência não se traduz nas coisas afetas à efemeridade da matéria, mas tem vínculo indelével com a imortalidade da alma, e com o mundo das sutilezas. Tu vens de uma dimensão esplendorosa e singular, que se encontra sob os auspícios de um Ser Inefável e Incognoscível, mas cuja luz, amor e graça são sentidos por todos nós, misericordiosamente, em nosso mísero e pecaminoso templo interior.


 


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outubro 27, 2023

PALESTRA NA ARLS 19 DE NOVEMBRO - CURITIBA



A convite do VM Edigar Marcos Vita e do irmão Celso Mello, realizei uma pequena palestra na ARLS 19 de Novembro na noite fria e chuvosa de ontem, dia 26, em Curitiba,

Tropecei ao entrar no Templo e machuquei os joelhos o que gerou uma infinidade de piadas dos bem humorados irmãos, tais como, "já deixou seu sangue ao entrar em nossa Loja".

Demonstrando a humildade que é característica do bom maçom, o VM Vita havia desempenhado o cargo de 1o Diácono em visita que fiz anteriormente a outra Loja, e o irmão Mello, que ocupa o importante cargo de 2o Grande Vigilante da Grande Loja do Estado do Paraná, nesta sessão atuou como Mestre de Cerimônias. Ambas fazendo jus ao adágio, que em Loja, irmão não escolhe função, faz o que for necessário.

Como sempre acontece a palestra foi muito aplaudida e os irmãos se interessaram em adquirir meus livros para ampliar ainda mais o seu conhecimento maçônico.

evento foi encerrado com excelente ágape.

RENASCIMENTO, REFORMA RELIGIOSA E CONTRA REFORMA RELIGIOSA - Alfério Di Giaimo Neto



O processo de criação de uma nova cultura, relacionada com as mudanças em geral e as novas formas de pensar, de agir, e sentir, entre os europeus do século XV, foi chamado de Renascimento. Foi a criação de uma cultura leiga que se preocupava com as coisas deste mundo, tendo o homem como centro, em contraposição à cultura sacra voltada basicamente para o domínio do “sagrado”. Nesse processo tivemos, entre outras coisas: a substituição do “Cavaleiro” pelo “Burguês”, individualista e naturalista, e a nudez (antes proibida) nos quadros pintados, principalmente, por Leonardo da Vinci e Michelangelo.

A partir do século XVI começou a apresentar sinais de decadência devido a três fatores, principais:

1) Crise Econômica, devido a diminuição dos negócios de importação de iguarias, devido as grandes navegações que supriam o mercado com menores preços e as guerras. O mecenato foi diretamente afetado.

2) A Reforma Religiosa e a Contra Reforma Religiosa, que veremos a seguir.

3) O caráter de “elite” demonstrado pelos participantes desse processo. O povo não participou desse movimento, considerado um erro crasso do movimento.

Reforma Religiosa

No final do século XV ocorreu a decadência dos feudos, aumentando as forças das cidades, da burguesia e da nova cultura implantada pelo Renascimento. Movimentos exigiam reformas na Igreja Católica. A divisão entre os cristãos fez surgir novas igrejas, genericamente, chamadas de “protestantes”, devido os seguintes motivos:

1) As novas ideias oriundas do Renascimento.

2) Abusos e corrupção do Alto Clero Católico em Roma.

Nesse clima, Martinho Lutero, monge agostiniano, formulou com clareza o que o povo sentia e precipitou a ruptura do mundo cristão.

As reformas ocorreram em diversos locais e tiveram vários protagonistas.

1) – Alemanha: (na Saxônia) Martinho Lutero dizia que a leitura refletida da Bíblia conduzia à salvação espiritual. Estopim das discussões foi a venda de “Indulgências” para a construção da Basílica de São Pedro. Lutero foi excomungado e queimou a bula papal. A doutrina espalhou-se rapidamente e gerou lutas sangrentas.

2) – Suíça: o francês João Calvino, em Genebra, baseado em Lutero porém mais radical nas exigências e foi influenciado pela mentalidade comercial (obtenção de lucros).

3) – Inglaterra: o Rei Henrique VIII queria se divorciar de Catarina Aragão para casar com Ana Bolena. Papa recusou o pedido por motivos políticos. O Rei rompeu com o Papa e fez com que o Parlamento fizesse dele o chefe supremo da Igreja da Inglaterra. Era uma mistura de catolicismo, calvinismo, estruturando o Anglicanismo. 

Contra Reforma Religiosa ou Reforma Católica

Em meados do século XVI iniciaram-se as mudanças para combater o protestantismo em ascensão. Católicos reformistas apoiados pela nobreza europeia, forçaram a eleição de diversos Papas reformistas. Sem resultados adequados.

Os Jesuítas tornaram-se, portanto, após outras tentativas, a principal Ordem da Igreja Católica, atuando principalmente nos campos de ensino e pregação.

Missionários ficaram famosos, com São Francisco Xavier (India e Japão), Manuel da Nóbrega e José de Anchieta (Brasil).

Nos anos de 1545 a 1563, a Igreja Católica convocou o Concílio de Trento, que repeliu a doutrina protestante, aprovando integralmente a doutrina católica, tendo como principal virtude a caridade cristã.

Nessa época, intensificou o TRIBUNAL DA INQUISIÇÃO, condenando pessoas como Galileu, Copérnico e outros. Foi elaborado o INDEX que era uma lista de livros proibidos, considerados heréticos e imorais pela Igreja Católica.

Houve também, a publicação de Manuais de Catecismo, do Breviário, do Missal e da Vulgata, que é a tradução, convenientemente adequada, da Bíblia pela Igreja Católica.


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outubro 26, 2023

VISITAS MAIS DO QUE ESPECIAIS




     Desde a fundação das Lojas e das Lives virtuais no ano 2020, alguns irmãos estudiosos de maçonaria tem se encontrado todas as semanas nas excepcionais palestras que estas sessões remotas proporcionam e após centenas de encontros de estudos criou-se um ligação e um afeto que justificam o mote maçônico de que fazemos parte de uma família universal.

    Conversamos por telefone e pela internet, trocamos informações e conhecimentos e criamos uma forte ligação que se materializa em raros encontros pessoais, muito afetuosos.

    Foi o que aconteceu nesta visita à Curitiba, onde vários destes irmãos foram prestigiar a minha palestra na ARLS Giuseppe Garibaldi m. 3500.

    Na primeira foto aparecem, da esquerda para a direita os irmãos Rodrigo Baptista, José Macedo, Carlos Hossaka, eu, José Eliseu Maltaca e Moisés de Oliveira. Na segunda foto os irmãos Moisés de Oliveira e José E. Maltaca aparecem paramentados como as autoridades maçônicas que são, deputados da potencias GOB-PR e GOP. 

PALESTRA NA ARLS GIUSEPPE GARIBALDI 3500 - CURITIBA


 

Na noite de ontem, 25/10, tive a grata satisfação de fazer a palestra "O caminho da Felicidade", na ARLS Giuseppe Garibaldi . 3500 do GOB-PR, uma das três Lojas paranaenses com o mesmo nome, uma em cada potência regular, e parte da constelação das Lojas Garibaldinas em todo o mundo.

O rito praticado é o York, porém em idioma italiano, e o Maestro Venerabile, irmão Alexandre Lazaro Scolari, fluente no idioma, conduziu uma belíssima sessão, que para mim, após 42 anos de Ordem, soou diferente e até certo ponto romântica, dada a beleza e a sonoridade do idioma de Dante.

Entre outras autoridades estava presente o Grão Mestre de Honra do GOB-PR, irmão Luis Mário Luchetta.

A palestra, como sempre acontece, provocou depoimentos emocionados dos irmãos que se sentiram tocados pelos ensinamentos nela contidos. 

A sessão foi encerrada com um lauto ágape, composto obviamente de pasta e vino, e um delicioso acompanhamento de picanha e cordeiro. 

Notte indimenticabile

HAMAS - Denis Lerrer Rosenfield



Desinformação propagada por Lula, PT e seus satélites exige uma espécie de pequeno dicionário para analisar a junção entre a ideologia e a estupidez humana

A desinformação propagada pelo governo Lula, pelo PT e por seus satélites, como PSOL, PCdoB e MST, exige que se faça o esclarecimento do significado de certas palavras, sob pena de afundarmos no abismo moral. Exigiria, mesmo, uma espécie de pequeno dicionário, voltado para a análise da junção entre a ideologia e a estupidez humana. As palavras perdem o seu significado e são substituídas pela irrupção disfarçada da maldade.

Terror.

O ataque do Hamas a Israel foi um ato inequívoco de terror. Visados foram bebês, trucidados e queimados, crianças assassinadas na frente de seus pais e vice-versa, sequestros de crianças levadas para Gaza, idosos e mulheres feitos reféns, jovens assassinados numa festa rave no sul do país e assim por diante. Tais atos se inscrevem na história humana da maldade, cujos antecedentes recentes são o Isis (Estado Islâmico) e as ações nazistas conduzidas pela SS. Himmler ficaria orgulhoso de seus herdeiros e simpatizantes de esquerda.

Dois Estados.

Os que não condenam o Hamas supostamente com o intuito de garantir a neutralidade do País, a exemplo das notas vergonhosas do Itamaraty e de membros do governo, esquecem um fator central: o Hamas não defende a solução de dois Estados, Israel e Palestina. Defende, sim, um único Estado: o do Hamas, do Mediterrâneo ao Rio Jordão, sob a sua dominação e a imposição da Lei Islâmica. O Hamas não representa os interesses dos palestinos. Tal função é exercida pela Autoridade Palestina, que desfruta de reconhecimento internacional. A Justiça encontra-se na criação de dois Estados, sem que o terror seja utilizado para destruir o outro, como é pregado pelo Hamas, desde a sua fundação.

Campos de concentração.

Outra pérola da estupidez encontra-se no dizer de pseudojornalistas que consideram, seguindo a propaganda do terror, que Gaza seria um “campo de concentração”. Os judeus seriam os novos nazistas. Talvez essa esquerda debiloide tenha razão apesar dela. Sim, Gaza é um campo de concentração criado, administrado e supervisionado pelo Hamas, que exerce a sua autodeterminação, uma vez que Israel desocupou o seu território. É essa organização terrorista que desvia recursos de saúde, emprego, educação e saneamento para a construção de túneis subterrâneos, compra e manufatura de foguetes, mísseis e armamentos. Oprime mulheres e reprime e assassina homossexuais. Nos túneis fica o exército terrorista, acima fica a população civil servindo de escudo humano. Eis por que o Hamas procura impedir o deslocamento da população civil.

Cessação de hostilidades.

Os diferentes chamamentos para a interrupção das hostilidades, em que pese a sua fachada humanista, visam simplesmente a interromper a contraofensiva israelense, voltada para a aniquilação dos terroristas. Procuram, isto sim, assegurar a vitória do Hamas, mantendo a sua estrutura militar intacta. A cobertura humanista do PT é apenas a manifestação de sua conivência com o terror. Segundo sua perversa lógica, quem se defende de atentados terroristas comete “genocídio”! Contribuição inestimável à história universal da ignomínia. Lula, embora tenha condenado o “atentado terrorista” em Israel, travou a língua e não conseguiu pronunciar a palavra Hamas. Talvez tenha ainda presentes as congratulações que recebeu deste exército do terror ao ganhar a eleição presidencial. À esquerda, assinale se a posição digna do presidente do PSB, Carlos Siqueira, que condenou sem ambiguidades o terror islâmico.

Artistas.

O silêncio dos artistas apoiadores do PT (exceção feita a Gilberto e Preta Gil) é ensurdecedor. Fizeram algazarra para eleger Lula, mas agora estão mudos. Ao se calarem, mostram-se coniventes com o terror e com o assassinato de 260 jovens num evento musical. Imaginem o barulho que fariam aqui, no Brasil, se uma só pessoa fosse assassinada num festival. Agora, acolá, os critérios desaparecem ao cruzarem o Atlântico. Jovens judeus e não judeus são exterminados, como se isso fosse justificado. É uma vergonha.

Antissionismo e antissemitismo.

O ataque terrorista do Hamas mostra claramente o seu caráter antissemita, voltado para a destruição do Estado de Israel e a aniquilação dos judeus. Nada diferente do que tentaram fazer os árabes e o mufti de Jerusalém ao não reconhecerem a existência do Estado judeu e ao recusarem a criação de um Estado palestino igualmente inexistente. Prometeram jogar os judeus ao Mediterrâneo. Eram contra a criação de dois Estados, tal como o Hamas. Um importante líder social-democrata do final do século 19 e início do século 20, August Bebel, já dizia que o antissemitismo é o socialismo dos idiotas.

Princípios morais.

A esquerda petista, com os seus assemelhados, mostra de uma forma contundente a sua ausência de princípios morais. A sua defesa dos direitos humanos é mero disfarce para incautos. O governo deveria alterar o nome de seu Ministério dos Direitos Humanos para Ministério dos Direitos Inumanos. Questão de coerência.

Epílogo.

E o destino dos reféns, aterrorizados?

Publicado em O Estado de S. Paulo (23/10/2023)

outubro 25, 2023

VISITA AO ROTARY CLUBE CURITIBA FRATERNA


Quando fui presidente do Rotary Eclub do Distrito 4420 em 20/21 no início da pandemia fazíamos palestras virtuais e uma das melhores foi a realizada pelo Ex Governador do Distrito Dionísio Olicshevics e pela companheira Patrícia Cury Dias Baptista, atualmente presidente do Rotary Clube de Curitiba Fraterna.

Hoje, dia 24 de outubro, a convite do companheiro e irmão Dionísio pude lhes agradecer pessoalmente em um almoço neste Rotary Clube, que se reúne em um agradável restaurante no Bairro Batel da capital paranaense.

Ainda assisti a uma interessante palestra do companheiro Alberto Chaim sobre a ação rotaria na comunidade. Fui convidado também a apresentar o trabalho beneficente que realizo há mais de duas décadas.

UM PRESENTE PRECIOSO





        Como lembrança da minha palestra na ARLS Ordem e Progresso n. 58 em Curitiba, realizada no dia 24, recebo do Venerável Mestre irmão Rolf Michel, um notável artista, músico e pianista, um livro excepcional, com uma carinhosa dedicatória. 
        Irá fazer parte do acervo dos livros especiais na minha biblioteca, para que eu sempre possa recordar da maravilhosa noite que passei naquela Loja.

PALESTRA NA ARLS ORDEM E PROGRESSO 58 - CURITIBA


            Na foto, com o livro na mão, irmão Marcio Thomé, eu e o irmão Nelson Folconi,

A minha viagem a Curitiba, há muito planejada, acabou sendo materializada devido ao convite do irmão Márcio Thomé, o motociclista das estrelas, para palestrar em sua Loja, a ARLS Ordem e Progresso n, 58, da Grande Loja do Paraná. Foi ontem, 24 de outubro. Loja lotada e também recebendo ilustres visitantes.

O Venerável Mestre, Rolf Michel, músico e pianista, conduziu a sessão com a suavidade de uma sinfonia. A Ordem do Dia foi apenas a minha palestra, mais ou menos meia hora, mas que despertou grande emoção nos presentes. Nas perguntas feitas a seguir, diversos participantes relataram situações de vida que foram resolvidas ou que serão resolvidas com os ensinamentos do "Caminho da Felicidade", ou a Cabalá da Felicidade.

A agradável noite foi encerrada com uma sinfonia de pizzas e excelente vinho, que se prolongou até as 23 horas, enquanto os irmãos recebiam os autógrafos nos livros e continuavam a perguntar, os que expressa o elevado interesse que a palestra gerou. Evento inesquecível.




ABRINDO AS PORTAS PARA A INTELIGÊNCIA - Newton Agrella



É incrível como a cada dia abstraímos mais informações e nos damos conta que as lições são infinitas.

Parece cada vez mais evidente que o lugar mais  desafiador e complicado para estar é exatamente dentro de nós.

E o instigante neste processo é que os exemplos estão à nossa frente.

Ainda ontem, durante uma sessão filosófica o "coach", com extrema maestria e tranquilidade conseguiu imprimir um profundo clima de interação entre os presentes, onde o propósito era empreender uma busca interior, através de alguns recursos estimulantes como uma suave música de fundo, breves intervalos de silêncio e de uma linguagem sugestiva e incentivadora de modo que cada um pudesse fazer uma coleta  dos "dejetos emocionais"  que se acumulam e se instalam dentro de sí e  "inteligentemente", serem, de algum modo despejados.

Descemos alguns degraus e revisitamos o nosso interior, metaforicamente, como se estivéssemos diante do  V.'.I.'.T.'.R.'. I.'. O.'.L.'. na Câmara de Reflexões.

E após alguns minutos de silêncio entre inspirações e expirações, retomamos estes mesmos degraus com a alma e o cérebro mais leves numa jornada curta e consistente de inegável apelo à nossa inteligência emocional.

Parece simples, mas não é.

O exercício impõe entrega, cuidado, mentalização, foco e um espírito desarmado de preconceitos e prevenções.

Lá no fundo, significa predispor-se a entregar-se a si mesmo e a aprendermos a interpretar o que há nesta leitura emocional. 

A palavra latina INTELIGENTTIA, provém do verbo "intelligere" , termo composto por intus (entre) e legere, que significa escolher ou ler. 

Somos agentes e sujeitos de um processo interior que nos conduz a uma espécie de autoconhecimento e que maçônicamente significa o aprimoramento constante de nosso nível de consciência.

E assim vamos nos permitindo explorar nossas potencialidades e    assumirmos que o lugar mais inquietante que toca mais fundo nossa alma e nosso abrigo mental é o inóspito território das emoções.


O RELATIVISMO ÉTICO DO TERROR - Becky S. Korich



Há duas semanas estamos tentando pensar em outra coisa, nos preocuparmos com os pequenos problemas do cotidiano, mas o cenário de fundo prevalece, as cenas de terror tomaram conta de tudo. Entraram nas nossas casas, penetraram nos nossos corpos, intoxicaram nossas conversas, obrigaram nossos olhos a acreditar no inimaginável. Com o estômago embrulhado e a mente confusa, é difícil processar a selvageria do horror (espero que nunca consigamos) que deflagrou este ciclo atroz de violência no outro hemisfério. A vida parece estar menor, as almas mais tristes, o mundo retrocedeu.

Além das ramificações que todas as guerras geram, o mundo inaugura uma guerra inédita, com um reality show do lado desumano do ser humano. Como disse em uma entrevista Simone Veil, sobrevivente do Holocausto e ícone da luta pelos direitos das mulheres, o homem é capaz do pior: "Creio que sou uma otimista, mas, desde 1945, não alimento mais ilusões. Daquela experiência terrível eu guardei a convicção de que alguns seres humanos são capazes do melhor e do pior".

O terrorismo é propagado e celebrado. O plano engendrado pelo Hamas não se acanhou: matar, estuprar, sequestrar e torturar civis. Deram o recado ao mundo de que não se importam com o sofrimento humano —israelense ou palestino, ambos vítimas desse terror.

Inaugurou-se a guerra das redes, onde todos falam muito e pouco sabem, onde verdades e mentiras são selecionadas para caber em uma ideologia engessada. Os "especialistas", que não sabem a diferença entre Homus e Hamas, encaixam os fatos nas suas crenças: primeiro a crença (absoluta), depois os fatos (relativos). Em nome da militância, se relativiza o terror, se perde a memória, se anestesia à dor dos outros.

O mundo virtual, em que somos personagens de nós mesmos, é um palanque para propagação das nossas próprias "virtudes" morais, por trás da proteção do escudo blindado das telas. Quanto mais um sujeito "participa da luta" melhor cidadão ele se torna. É um terreno propício para a cultura do mal (no sentido científico: crescimento, reprodução e desenvolvimento de bactérias em um ambiente controlado) onde as pessoas disseminam notícias enviesadas e, mesmo inadvertidamente, estimulam ideologias que pregam o ódio pelo ódio.

O pior dos ignorantes é aquele que conhece apenas uma parte da história: acha que sabe tudo, mas sabendo só uma parte, não sabe nada do todo. A eles falta a humildade de querer saber. A preguiça intelectual decorrente desse princípio hermenêutico é temerária, porque vicia o pensamento, empobrece as ideias e não suporta opiniões dissonantes da causa que sustenta.

Quando tudo é visto como uma "narrativa", a busca pela definição se torna cada vez mais nebulosa e tudo que dela decorre se revela como meras representações vazias. Um prato cheio para legitimar o relativismo ético e moral. Assuntos complexos e multifacetados se posicionam a apenas um eixo, rotulado de "esquerda" ou "direita", "opressor" ou "oprimido".

Quando se trata da questão Israel e Palestina, os preconceitos não tardam a se revelar. Existem dois protagonistas nesse conflito: o Hamas não faz parte deles. Não dá para construir a paz com quem queira destruir um Estado. O Hamas não tem procuração dos palestinos para representá-los. Aliás é de se perguntar: será que nos dois anos planejando o ataque brutal a Israel, o grupo terrorista não teve tempo para pensar na proteção dos palestinos de Gaza, que hoje são vítimas do seu terror?

Equiparar a posição de todos os palestinos com os métodos do Hamas é um desserviço para os próprios palestinos. Uma pesquisa feita em julho deste ano pelo Instituto de Política do Oriente Médio de Washington apurou que metade dos habitantes de Gaza concordou que o Hamas deveria "parar de apelar à destruição de Israel e, em vez disso, aceitar uma solução permanente de dois Estados baseada nas fronteiras de 1967" e 58% da população de Gaza apoiou a retomada das negociações com Israel. Quase metade (42%) dos habitantes de Gaza concordou com a seguinte afirmação: "Espero que um dia possamos ser amigos dos israelitas, já que, afinal, somos todos seres humanos".

O demônio do antissemitismo e do preconceito, que ainda encontra abrigo em corações adormecidos, vem traçando o seu destino de odiar, dividir e não unir.

O trabalho de reconstrução precisa começar, para que não custe o sofrimento de mais uma geração. Em todo o mundo, comunidades de palestinos e judeus precisam reconstruir o diálogo e a confiança, baseados no simples princípio de que as vidas — palestinas ou israelenses — são igualmente preciosas e estão indissoluvelmente interligadas.

outubro 24, 2023

VISITA NA ARLS FRATERNIDADE PARANAENSE N. 5 - CURITIBA


Visitei na noite de ontem a mais antiga Loja Maçônica do Paraná, a ARLS Fraternidade Paranaense n. 5 com 126 anos de história contínua, onde proferi pequena palestra.

Destaco a simpatia do Venerável Mestre Jorge Luis Batista e o carinho com que os irmãos nos receberam, a mim e ao irmão Nelson Folconi que me acompanhava. 

A surpresa da noite foi reencontrar o irmão e companheiro Dionísio Olicshevics, EGD do Rotary e Orador da Loja, que nos presenteou com memorável palestra quando fui presidente do Rotary Eclub do Distrito 4420. 

Na foto estou ao lado do Venerável à frente do painel que conta a centenária história da Loja. 37 importantes ruas de Curitiba levam nomes de irmãos da Loja, bem como importantes figuras da história do Brasil dela participaram.

MARTINISMO - Nicola Aslan

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    Sociedade iniciática de tendências cristãs, ligada ao Iluminismo e fundada em 1775 por Louis-Claude de Saint-Martin, discípulo de Martinez de Pasqually e chamado “o Filósofo Desconhecido”. 

     Os componentes desta escola pretendiam professar um cristianismo depurado, procurando elevar a alma da contemplação do homem e da natureza ao seu princípio comum, Deus. 

    Depois de longos anos de adormecimento, foi iniciado por Heri Delage, em 1880, um organismo sob a denominação de Ordem Martinista, que foi renovada pelo Dr. Encausse, mais conhecido sob o seu nome esotérico de Papus, que, em 1891, foi o promotor do Supremo Conselho, o qual reuniu nomes de ocultistas e Maçons que tiveram grande celebridade na época, principalmente através de suas obras. À Ordem Martinista agregaram-se várias organizações maçônicas consideradas irregulares, entre elas o Rito Mênfis-Misrain.


(Nicola Aslan, in Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia).

outubro 23, 2023

NUNCA CONFIE EM FANÁTICOS - Michael Winetzki


Meu pai nasceu numa pequena aldeia da Ucrânia, quando esta nação fazia parte do bloco da URSS (União da Repúblicas Socialistas Soviéticas) e cursou a Academia Militar até se graduar como capitão de artilharia do exército soviético. Falava russo e contava que a mãe Rússia nasceu séculos antes na cidade de Kiev, capital da Ucrânia.

Ele participou desde a entrada da URSS na Segunda Grande Guerra onde combateu ao lado de soldados de todas as etnias daquele grande bloco, e muitos anos depois me dizia: - nunca confie nos fanáticos russos, na origem eles eram eslavos, vikings, e só entendem a linguagem da violência. Somos primos irmãos, ucranianos e russos, tudo gente boa, mas os fanáticos são capazes de qualquer coisa: mentem, roubam, matam, tudo em nome de uma causa que nem sequer entendem, a Grande Rússia. A primeira vítima do fanatismo é o bom senso.

A mesma coisa vale dizer para o atual conflito em Israel. Judeus e árabes são primos irmãos, desde a origem comum com Abraão. Viveram no mesmo território durante muitos séculos em ordem e paz, que foi apelidado de Palestina (Philistina, terra dos filisteus) pelo imperador romano Adriano. É uma lenda a ideia de que o conflito árabe israelense é secular, na verdade é relativamente recente.

O conflito não se dá pelas religiões diferentes. O Deus é o mesmo qualquer que seja o nome que se dê a ele. Carlos, Charles, Carlo, Carolli, qualquer que seja o nome, é sempre a mesma pessoa. Mas nenhum dos Deuses de qualquer religião prega conflito, guerra, matança. Na verdade, apenas para pontuar um dos mais sagrados preceitos do islamismo é a hospitalidade que deve ser dada a qualquer pessoa, inclusive aos inimigos.

Com a queda do Império Otomano e a entrada em cena do Protetorado Britânico na região, no início do século 19, tem início uma série de pequenos conflitos entre milicianos muçulmanos e colonos judeus lá estabelecidos pela posse de terras e mais importante ainda, de fontes de água, indispensável a sobrevivência naquela área desértica. Havia judeus secularmente estabelecidos e havia judeus recentemente estabelecidos em terra compradas por mecenas judeus como o Barão Hirsch e os Rothschild. A maior parte vivia em paz.

Eu nasci em Israel em 1950. Ao final da Grande Guerra, papai, judeu que era, imigrou para Israel, para ajudar a construir uma nação. Vivíamos próximos a Hadera, uma cidade criada sobre um pântano drenado, onde ele entregava barras de gelo com uma carrocinha, indistintamente para palestinos ou judeus, numa época de escassa energia elétrica e praticamente nenhuma refrigeração.

As instalações públicas e industrias, como a fábrica de gelo e o hospital foram herança deixadas pelos ingleses. Também foi deixada como herança a simpatia que os ingleses tinham pelos nativos árabes, mais ricos e afluentes, do que a maioria dos pobres colonos judeus. Em diversas ocasiões os ingleses fizeram vista grossa a agressões cometidas contra os israelenses.

O conflito atual não tem motivação religiosa ou territorial. Na realidade, se os povos árabes quisessem poderiam elevar exponencialmente o padrão de vida dos palestinos de Gaza e Cisjordânia com o extraordinário poder econômico de que dispõe, haja vista por exemplo o salário pago a Neymar que proporcionaria boa vida a centenas de famílias palestinas. Mas o interesse é o terror, apenas a maldade de extremistas fanáticos, cujo deus é o deus da mortandade, do extermínio e não o suave Allah do Alcorão.

Como papai dizia: - não se pode confiar em fanáticos. Eles são capazes de qualquer coisa, guardam e reciclam o seu ódio e a prova disso foi a barbárie como que atacaram Israel, decapitando bebes e matando civis em suas casas e camas. Não há alternativa para Israel além de tentar exterminar o Hamas. Claro que como um câncer talvez fiquem algumas células remanescentes. Infelizmente também usando como metáfora o tratamento do câncer outras células saudáveis serão afetadas pela rádio ou quimioterapia, e me refiro ao pacífico povo palestino que irá sofrer com a invasão. Não existem alternativas. Os próprios palestinos são reféns do Hamas, assim como os moradores das comunidades do Rio de Janeiro são reféns do tráfico.

O que resta é rogar a Adonai, Allah, Jesus que o conflito seja encerrado com o menor número possível de baixas de ambos os lados e que povos irmãos e vizinhos voltem a viver em harmonia e paz. Shalom. Salam.










NOSSAS GUERRAS - Roberto Ribeiro Reis


Nos últimos dias, o mundo parece ter se desligado das frivolidades do cotidiano, para se debruçar frente à TV, a fim de assistir ao conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas.

Momentaneamente, as pessoas não têm filosofado sobre seu clube de futebol, sobre a polarização política no país e nem (graças a Deus) sobre sua expectativa de quando será o enésimo Big Brother Brasil.

A par do triste cenário com o qual nos deparamos, vale fazer uma pequena reflexão: onde começam as guerras? Por que a humanidade tem emanado desenfreada belicosidade?

Sem querer tomar partido –esse não é o objetivo a ser alcançado- e tampouco se enveredar, com a propriedade devida, sobre a questão geopolítica, que fica ao encargo dos historiadores e cientistas políticos, o que se busca aqui é uma análise simplista, despida de toda a complexidade que o assunto demanda, sob outro viés: o viés da paixão.

Sim, da paixão mesmo! Nossas guerras, respeitados Irmãos, começam e afloram de nossas paixões, do desejo incontrolável e angustiante de dominarmos ou possuirmos algo. É essa profunda exacerbação sôfrega pelo poder, de querermos sobrepujar e subjugarmos o outro, conquanto nossa libido seja satisfeita.

Essa paixão insana pode ser por um pedaço de terra, uma cidade, um país, mas pode também ser aquela primeira – e arrebatadora – paixão da adolescência, que faz com que lutemos contra tudo e contra todos.

Esse fogo ardente e desvairado pode ser aquele que tem cegado uma multidão de pessoas, sejam aqueles asseclas de uma ideologia político-partidária, sejam ainda aqueloutros fanáticos por um sectarismo e/ou proselitismo religioso.

Meus Irmãos! Nossas guerras - qual um vulcão insaciável, no auge de sua erupção- partem de nosso íntimo, de nossas almas, e se deflagram em chamas inexoráveis, consumindo e devastando tudo o que se encontra ao nosso derredor, a começar por nós mesmos.

Enquanto o homem não contiver esse indominável animus possidendi (intenção de possuir), ainda sofreremos com as paixões inflamadas das guerras, dos extremismos, das intolerâncias, das intermináveis transgressões cometidas pelo ser humano (pasmem) que diz agir em nome de Deus!

Que busquemos, através dos ensinamentos da Maçonaria, conter toda paixão que nos arraste para nossos abismos infernais, que nos lance para o oceano das incertezas e que nos subverta ao nosso antigo “eu profano”. Que sejamos tomados de um ardor sagrado, cujas chamas possam nos unir em prol de única e verdadeira paixão: a paixão pelo Excelso Arquiteto Universal!




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outubro 22, 2023

CLAREZA, CONCISÃO & FOCO NA SUBLIME ORDEM - Newton Agrella


São  obrigações inequívocas dos Maçons mais experimentados explicarem e instruírem com um mínimo de clareza ao Iniciado na Sublime Ordem que o mesmo está ingressando numa instituição prioritariamente filosófica.

Nesse sentido, o que se espera do Aprendiz Maçom é no mínimo, um comprometimento para começar a entender aquilo que realmente interessa, a quem espera um dia, ser "reconhecido" como tal.

Ler, pesquisar e se aprofundar paulatinamente sobre, Símbolos, Alegorias, Ritualística, Vocabulário e Expressões Maçônicas, Postura em Loja, Formas de Tratamento para com seus pares, Familiaridade com as Ferramentas, Representação do Painel de Grau, em suma, de tudo aquilo que possa conduzí-lo ao processo de trabalho em sua pedra bruta - devem se constituir no FOCO de sua experiência, nesse exercício que impõe antes de tudo, extrema Disciplina e Dedicação.

Afinal de contas, a Maçonaria não é um clube social, um clube de serviços, um forum para discussões proselitistas de qualquer natureza.

Ela é sim, um verdadeiro forum para a elaboração de Ideias, discussão sobre Conceitos a respeito das Propriedades Humanas mais íntimas de caráter anímico, intelectual, hominal e antropocêntrico, levando-se em conta a atmosfera esotérica que contribui para que se instaure um ambiente de paz, respeito, serenidade e claro, de analogia a uma Oficina de lavra ética e moral.

Só isso, mais nada, posto que o objetivo final é a busca da felicidade e sobretudo, o do "aprimoramento da própria consciência".

Mais retas e menos lateralidades !!!



NOVO LIVRO DE ADILSON ZOTOVICI


 

        Um dos mais importantes poetas da maçonaria brasileira acaba de lançar um novo livro. A temática principal do irmão Zotovici, que é membro da ARLS Chequer Nassif 169 de São Caetano, e também confrade da Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras, é a Ordem Maçônica, que explora com um delicioso ritmo e riquíssimo vocabulário em seus sonetos.
       Nossa sólida amizade acaba se configurando em um soneto que me foi dedicado neste livro e que tenho a honra de transcrever.

                   De brilhante pedra alusão
            A livre pedreiro dileto
            Vibrante desde a iniciação
            De amor obreiro repleto

            Quarenta anos em ação
            D'Arte Real seu projeto
            Levando cultura, instrução
            Luz, bom astral, seu trajeto

            Aos egípcios era proteção
            Vitalidade o objeto
            Aos romanos exultação

            Que aos Judeus com afeto
            Na "esmeralda" a conexão
            Com nosso Grande Arquiteto!

outubro 21, 2023

OS PRINCÍPIOS: TOLERÂNCIA E O RESPEITO MÚTUO - Maximilian Trevisan




Tolerância pode ser definido como a abstenção de agir contra aquilo que reprovamos, contra o que nos é politicamente contrário ou contra o que é diferente de nós.

A Tolerância religiosa é um dos pilares do Estado democrático moderno e isso em muito se deve, à ação maçônica.

John Locke (1632-1704), escreveu em 1689 a “Cartas sobre a Tolerância” que é a autoridade fundamental sobre a ideia de tolerância, apesar do próprio Locke excluir os católicos de sua proteção com a justificativa de que a fidelidade destes não era para com o governo e sim para com a Igreja, o que os constituía em intolerantes por excelência.

A Tolerância maçônica é, em certa medida, expressão de sua repulsa contra os preconceitos e contra a tirania que a todos impõe suas condições sem nenhum respeito pelas particularidades.

Fica claro que a tolerância maçônica vai até o ponto do respeito mútuo e da preservação dos valores morais universais... 

A Maçonaria não é tolerante para com a maldade, a tirania, a escravidão, a imposição ideológica, o fanatismo, a superstição e com tudo aquilo que submete a humanidade à servidão e ao sofrimento.

A Tolerância não pode e não deve ser usada como justificativa para encobrir a inércia, a inoperância e a covardia.

Respeito Mútuo é a atitude resultante da tolerância.

Respeito é um conceito muito amplo e nobre. Todas as regras morais podem ser resumidas nessa palavra: respeito.

Se eu respeito o próximo, não sou desonesto para com ele, não o leso, não o ataco, sou tolerante e cortês. 

Se respeito a natureza, preservo-a de todos os modos possíveis. 

Se respeito a cidade em que vivo, não jogo lixo na rua, não sujo as paredes, as calçadas e não descumpro as leis. 

Se respeito a mim mesmo, evito tudo aquilo que possa me prejudicar, todos os excessos e emoções que possam me comprometer.

Em uma palavra, se respeito, ajo com sabedoria.

Já imaginou como seria o mundo se houvesse respeito mútuo em todas as esferas?

Os políticos não mais se corromperiam, os cidadãos não mais se lesariam, a natureza seria preservada, as instituições se tornariam honestas e eficazes, as guerras motivadas por raça e credo cessariam e o mundo viveria em paz... em poucas palavras, a Maçonaria se estenderia por toda a humanidade e *Irmão não acusaria irmão*. 

Os princípios da Maçonaria não são apenas belas palavras para figurar nos livros e nos discursos. 

São ensinamentos que devem ser aplicados com afinco em nossas vidas!






outubro 20, 2023

PALESTRA EM CURITIBA - ARLS CAVALEIROS DA VIRTUDE 183


          Na noite de ontem, dia 19, proferi a palestra "O caminho da felicidade" na ARLS Cavaleiros da Virtude 188 da Grande Loja do Paraná. Um grande número de irmãos visitantes prestigiou o evento.

      A sessão foi muito bem conduzida pela VM Gilberto Carlos Guimarães e contou com a presença do Grande Hospitaleiro da GLP, irmão Ênio Franskoviack Lepper.

        A palestra sempre dura entre 30 e 40 minutos, mas o interesse e a participação dos irmãos foi tão intensa que as perguntas e respostas a estenderam até perto das 23h00.

        Fui acompanhado pelo meu querido irmão e amigo Nelson Folconi, past master de minha ARLS Tríplice Aliança 341 de Mongaguá, que atualmente reside nesta bela e gélida capital.

O SINAL DE ORDEM OU "SINAL GUTURAL - Amélie André-Gedalge


No sinal de ordem ou "sinal gutural", o Apr:. M:. forma três esquadrias. Estas  esquadrias estão relacionadas ao número do Ap:. o três (3).

Lembra a impropriedade de falar devido sua juventude e inexperiência, a ordem que deve aprender a manter e a disciplina a que fica sujeito todo o que deseja aperfeiçoar-se. Sendo o esquadro um emblema de retidão, o sinal de ordem lembra ao Apr:. que deverá agir corretamente no plano material ou social, no mais absoluto cumprimento da Lei (sendo os pés o símbolo desta ação); como emblema de Virtude, sugere aos MMaç:. que tenham uma postura moral e ética em todas as suas atitudes, em qualquer circunstância, de acordo com os elevados princípios da Maç:. (o braço é o símbolo desta ação): suas palavras deverão retratar equilíbrio e ponderação, resultantes de um pensamento dominado, refletido, disciplinado pela meditação mística e pela avaliação diária de seu proceder, reflexo de um código ético superior que irá descobrir na medida em que coloque em prática esta técnica de auto avaliação (a mão é o símbolo desta ação).

O Sinal Gutural ou Sinal de Ordem do Aprendiz lembra-lhe o juramento prestado no dia de sua iniciação. O gesto desenha um esquadro e, ao fazê-lo, o Aprendiz afirmará que seus atos, visando à concórdia entre os homens, têm a correção exigida pelos Obreiros da Arte Real.

Podemos, portanto, visualizar duas relações: a primeira, com o juramento (... sob pena de ter a g.’. c.'.); a segunda, com o esquadro, que nos lembra a qualidade da retidão e, além destas, uma terceira relação: o domínio das palavras, das emoções violentas, dos desejos grosseiros. Assim, afora exceções, nossa Instituição colocou o Sinal de Ordem precisamente no lugar do corpo onde o contragolpe das paixões e dos desejos se faz sentir com violência maior. Vale lembrar, ademais, quanto o simples ato de falar pode conter de agressivo, de ofensivo, de violento. Desse modo, a execução consciente do sinal é de suma importância.

Para o autor maçônico A. GEDALGE, as emoções violentas, os desejos grosseiros que fazem por desencadear instantes, os mais brutais, são, apesar disso, FORÇAS que não devem ser destruídas no homem, mas, sim, canalizadas pela VONTADE, pelo CORAÇÃO e pela INTELIGÊNCIA do iniciado que poderá, através de tais potenciais, fazer nascer grandes qualidades: coragem, resistência, firmeza, amor ao trabalho, atividade, obediência ao bem, etc.

Assim se faz a mudança da Pedra Bruta em Pedra Polida. Trata-se de um processo que podemos chamar de alquimia interna, transmutação, onde, através dos esforços empreendidos, os defeitos transformam-se em qualidades, e o chumbo vil, em ouro resplandecente. Deixemos que A. GEDALGE prossiga: “O homem, quando experimenta uma forte emoção física ou quando está sob o império de um desejo brutal, sentindo o sangue afluir à sua garganta, por si mesmo leva a mão ao pescoço, de cada lado do qual as artérias se dilatam sob a ação do fluido sanguíneo. Todas as pessoas impulsivas e coléricas conhecem esse ‘reflexo’ que tende a impedir o sangue de subir à cabeça e perturbar até a visão. Ora, o silêncio que a iniciação opõe à violência brutal do Minotauro (do ser indomado que nele ruge) é o Esquadro, símbolo da Justiça e da Equidade; é o Esquadro que ele reproduz com o auxílio da mão direita, e com o gesto do braço, e é também pelo constante pensamento que, em nós, fará incessantemente apelo à Justiça, que poderemos vencer nossas paixões mais grosseiras”.

Vamos encontrar muitas significações e correlações dadas ao Sinal Gutural pelos mais diversos autores. A Maçonaria, estimulando a liberdade de pensamento, acolhe cada opinião.

Encontraremos toda uma série de matizes correlatos ao tema, sustentados por uma grande constelação de opiniões, às vezes até contraditórias entre si. Cumpre-nos conhecê-las também. Até mais: encontrar nosso próprio significado. Desse modo, para alguns, seguidores de correntes orientalistas, revela-se o Sinal Gutural como significativo do chacra da garganta; para outros, o comedimento e até a proibição da palavra; outro tanto o entende como a qualidade de saber medir as palavras.

Ainda que sejamos livres para adotar e até criar significações próprias para o gesto, limita-se esta liberdade ao respeito que devemos devotar a cada interpretação, respeito, porém, que não nos impede de discordar de uma ou outra. De qualquer sorte, ainda que nos defrontemos com uma grande pluralidade de posições, atenhamo-nos ao que dizem os Rituais. É justamente daí que nos saltam aos olhos os três importantes aspectos deste símbolo: a lembrança sempre presente do JURAMENTO, a formação da ESQUADRIA, a recordar-nos o Esquadro, e, por consequência, a RETIDÃO aplicável à conduta do Maçom em Loja (e fora dela também) e, ainda, pela posição anatômica do sinal que se forja na garganta, – local por onde emitimos nossa voz, – alusão à palavra que deve ser comedida, evitando tornar-se um instrumento da ira ou do perjúrio.