"Se alguém contemplasse o povo romano como um único indivíduo e repassasse toda a sua vida, como nasceu, como cresceu, como chegou ao que se pode chamar de maturidade de sua masculinidade e como posteriormente, como, atingiu a velhice, ele descobrirá que passou por quatro estágios de progresso.
O primeiro período, quando estava sob o domínio dos reis, durou quase 400 anos, durante os quais lutou contra seus vizinhos nas imediações da capital.
Este período será sua infância.
Seu período sucessivo se estende desde o consulado de Brutus e Collatinus até o de Appius Claudius e Quintus Fulvius, um espaço de cento e cinquenta anos, durante os quais o povo romano subjugou a Itália.
Foi uma idade de extrema atividade para seus soldados e suas armas e, portanto, pode ser chamada de juventude.
O próximo período é dado a partir de cento e cinquenta anos até a época de César Augusto, durante o qual a paz se espalhou por todo o mundo.
Essa tem sido a virilidade e, por assim dizer, robusta maturidade do império.
Desde a época de César Augusto até os nossos anos, houve um período de não menos de duzentos anos, durante o qual, devido à inatividade dos imperadores, o povo romano, por assim dizer, envelheceu e perdeu sua poder, exceto que sob o governo de Trajano ele novamente moveu suas armas e, contrariando as expectativas gerais, mais uma vez renovou seu vigor com os jovens."
(Florus, Epitoma, I 1, 4-8)
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