Na época do Império Romano os Generais ao voltarem das batalhas eram recebidos em Roma para serem homenageados pela população. A homenagem consistia numa aclamação pelo povo e no recebimento das mãos de um dos representantes do Senado de uma bandeja de prata com folhas da palmeira (esta era a mais alta honraria dada a um cidadão romano).
O General romano entrava na cidade sozinho numa biga (os exércitos eram proibidos de entrarem na cidade, ficavam em campos de treinamento fora dos muros de Roma) e percorria um longo caminho até o Senado, durante o percurso o povo o aclamava.
Junto ao General, na biga, iam dois escravos, o primeiro para conduzir a biga, e o segundo ficava ao lado do general agachado. A função do segundo escravo era extremamente interessante e nos faz refletir sobre a sabedoria dos povos da antiguidade.
Um General voltando vitorioso de várias batalhas, sendo aclamado pelo povo e sentindo-se invencível poderia ser uma ameaça a democracia romana, para evitar isso a função do escravo era uma só. A cada 500 metros do percurso, o escravo levantava-se, aproximava-se do ouvido do general e dizia :
- “Lembra-te que és mortal!”
Mais 500 metros, e novamente:
- “Lembra-te que és mortal!”
Quando no sentirmos invencíveis e acima de tudo e de todos, nos lembremos que somos mortais!”
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