A educação é sem sombra de dúvida um problema estrutural em nosso país.
A raquítica formação escolar, somada à falta de leitura, e a carência de incentivo à cultura formal, contribuem para este estado de inércia intelectual em praticamente quase todos os segmentos da nossa sociedade.
Poucos são aqueles que conseguem desenvolver o "Espírito Crítico" e a capacidade da "Argumentação".
Cabe ainda lembrar que invariavelmente defrontamo-nos com a questão de Irmãos mais experientes e que tenham acumulado mais conhecimento ao longo de suas jornadas maçônicas em orientar Irmãos Aprendizes, Companheiros ou recém graduados Mestres - sem ferir suscetibilidades.
A rigor, o que falta para ajudar os Irmãos que recém ingressam na Ordem, antes de qualquer coisa, é desmistificar, muitos conceitos que trazem arraigados consigo, e treiná-los no sentido de "aprender a interpretar" o significado das coisas, em cada contexto semântico.
É mostrar que ser reconhecido maçom não significa "ser bonzinho e temente a Deus", mas sim, a entender sua missão como construtores sociais de seu tempo.
É bem verdade que esta é uma missão árdua e extenuante, para não dizer "quase impossível".
Propõe-se um caminho: - incentivar a discutir ideias e não dogmas. - estimular a revisitar conceitos sem perder de vista o alicerce filosófico maçônico.
- discernir a respeito das propriedades dialéticas contemporâneas sem menosprezar a Tradição como um dos pilares mais consistentes da Maçonaria.
- criar um ambiente sempre favorável à especulação intelectual, ao incentivo da capacidade de argumentação e contra-argumentação, sempre pautada pelos princípios básicos que norteiam a Sublime Ordem.
- e claro, pelo estímulo ao desenvolvimento da "consciência crítica" sublimando a liberdade de pensamento, e os aspectos antropocêntricos e espirituais aliados à atmosfera esotérica que fazem parte do arcabouço histórico e filosófico da Maçonaria.
Talvez isso tudo possa contribuir para que se imprima uma revitalização na Ordem, sem ferir a sua essência.
Parafraseando o filósofo Sócrates:
"Pessoas sábias falam sobre ideias;
Pessoas comuns falam sobre coisas;
Pessoas medíocres falam sobre pessoas."
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