dezembro 12, 2023

NOSSO CAMINHO NA ORDEM - Aldy Carvalho



“Vaidade, vaidade, tudo sob o céu é vaidade.”

“... Vaidade de vaidades! — diz o pregador, vaidade de vaidades! É tudo vaidade. Que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol?.” (Eclesiastes1: 2,3)


A Maçonaria é uma escola que nos ajuda a crescer.

Um pensador poeta já disse: “uma única vida não é suficiente para estirpar todo mal que nos sobra e para conquistarmos todo bem que nos falta.”

Precisamos nos livrar dos aspectos sombrios que habitam dentro de nós.

Muitos ainda vão nos hostilizar. O grau de hostilidade sobre nós, acredito, depende do que semearmos e onde cai essa semeadura, se no terreno dos invejosos, dos despeitados ou dos que compartilham e também buscam e espalham Luz.

A Maçonaria tem uma doutrina de conhecimento com o fim de produzir no homem  um comportamento tal que o faça ser o ser social modificador do seu meio, objetivando a felicidade humana pois assim diz um de seus corolários: Fazer feliz a humanidade. Na Maçonaria, ter o coração estreito é pior que intelecto curto. (grifo meu)

A filosofia Maçônica, pela sua metodologia é libertadora, aponta para o progresso humano, trabalha para a quebra das barreiras que nos impõe os vícios tais como o orgulho, a ignorância.

Fomos capazes, através de nosso representante mor, Adão, de ato presunçoso, descomunal   que diante do Criador, disse: “Vês, a mulher que me destes, deu-me do fruto proibido e inocente comi”. Ora, além de repreender o GADU, transferiu a culpa à companheira que lhe foi dada para completude de sua vida.

Daí para cá, transcorridos infindáveis gerações, ao longo da civilização, não obstante a capacidade de escolher o caminho das virtudes, o homem tem escorregado, negligenciado sua capacidade de elevação, inconsequentemente optando pelos vícios movido pelas paixões mundanas que lhes dão prazeres momentâneos e individuais. As crostas a desbastar só têm aumentado dificultando o caminho da plenitude harmônica do ser. Insistimos em beber do cálice cujo líquido nos cai doce na boca e repousa em nosso estômago amargo fel, causando-nos consequências degenerativas ao corpo e ao espírito.

Apesar das aptidões que nos fizeram ser convidados a fazer parte desse Corpo, chegamos aqui como meninos – Aprendizes, depois vamos ser adolescentes – Companheiros e, por fim, adultos – Mestres, absorvendo desde cedo em meninos os valores, os preceitos que um maçom, todo maçom deve buscar levar por toda sua vida, o de sendo livre e de bons costumes todo dia aprender e se melhorar, aprender de novo e seguir.  A Ordem não é então só para os esclarecidos pois que muitos esclarecidos da Ordem não levam a Ordem à ordem dos esclarecimentos que obtém e o verdadeiro mestre sabe que continua aprendiz porque aprende sempre e compartilha o que sabe num encontro de afeto.

O que nos torna humanos é olhar para o nosso irmão como tal. Vaidade e narcisismo não podem ter lugar na Ordem porque são a desordem da Ordem. Eis porque há muitos na Maçonaria que tanto envergonham a si mesmos quanto a Maçonaria e aos irmãos, porque aprendem, quando aprendem, de si e para si. Quem não compreende que o caminhar na Ordem é o da busca da felicidade humana, que inclui a individual, não compreendeu o caminho percorrido nem a lição passada no caminho. Sabedor de que o templo deve ser sagrado porque perfeito, não buscou construir seu templo no caminho da retidão, quando muito, buscou atalhos, atalhos que levam somente ao próprio desejo, que estava desde sempre alimentado.

Não é fácil o caminhar, porém, desviar-se do bom caminho é alta traição ao que foi jurado.

Se a Ordem é um caminho de evolução, de progresso humano, os que nela adentram com objetivos outros, certamente vão acabar lançando sobre a Ordem, que é obra perfeita, a mácula da imperfeição, da corrupção. Já disse o Cristo, grande avatar da humanidade: Ai do mundo por causa dos escândalos; porque é necessário que venham escândalos; mas ai do homem por quem o escândalo venha”. (Mateus 18: v. 6 a 11). 

  A Maçonaria é, sobretudo, para os que aceitam se elevar e assim auxiliar o semelhante, sendo exemplo, lhe dando a mão sem que necessário seja que este ou esta, aquele ou aquela seja membro da Ordem, que se preserva o direito de ser hermética para preservar a característica de instituição que não deve se contaminar, diluir, prostituir com as facilidades, vulgaridades do mundo profano e de deturpadores, usurpadores da causa humana.

A nossa vivência no mundo deve nos permitir construir dentro de nós uma consciência elevada de paz e progresso para ajudar a construir o progresso e a paz.

Que o G.`.A.`.D.`.U.`., a todos nós, ilumine igualmente.


                                          

,



Nenhum comentário:

Postar um comentário