A dedicação incansável ao trabalho deve ser, precipuamente, um dos objetivos do Maçom. Não é exclusividade dos aprendizes, por serem incipientes na Arte Real, mas deve ser atributo de todo Pedreiro, cujo desiderato maior é o de ver a Obra Justa e Perfeita.
Que nossa labuta seja –literalmente- “maçante”, não no sentido de ser exaustiva, mas que traduza, simbolicamente, que em todo nosso labor houve o emprego da determinação e vontade típicas do que representa o maço.
Que essa vontade se dê de maneira firme, constante e resoluta; que em nossas Oficinas todos os Obreiros promovam a edificação de acordo com o que reza a Gloriosa Cartilha do Grande Arquiteto.
Que não nos tornemos insipientes a ponto de macularmos a Excelsa Ordem, menoscabando o Grande Projeto que o Criador tem nos revelado, e em cujas diretrizes devemos todos confiar.
Não nos alienemos a tal ponto de embrutecermos –ainda mais – nossos sentidos. Que possamos cinzelar as asperezas e imperfeições que nos envolvem o coração empedernido e, especialmente, a alma.Observaremos em nossas vidas uma mudança gradativa, lenta, porém de vital importância: uma discreta, pequena, no entanto visível fagulha de luz, produzida pelo fio do cinzel.
Para os imediatistas, um esforço hercúleo para quase nada. Todavia, para nós que sabemos que a edificação do templo íntimo ideal demanda dedicação de tempo e muita prática, essa faísca luminosa é uma conquista formidável e de um valor incomensurável.
Ninguém experimenta a faculdade, sem antes ter passado pelo ensino médio. Para nós Maçons, considerados essencialmente progressistas, a evolução interior é um processo paulatino, que deve ser exercido com o preparo necessário.
O fio de luz que há no cinzel é o resultado da aplicação disciplinada, sistêmica e que envolve o estudo aprofundado e individualizado dos Obreiros, na busca incessante e incansável por seu autoconhecimento.
Só teremos acesso à Luz Infinita no momento que em nosso recipiente (ou templo interior) esteja apto a recebê-la. E só estaremos aptos a tal benesse quando nos conhecermos e nos libertarmos através da Verdade.
Por tais motivos, é que o trabalho exercido com o Maço e o Cinzel não é exclusividade dos Aprendizes, mas de todos nós Maçons, que buscamos a luz da verdade e do conhecimento.
Todas as ferramentas presentes em Oficina estão dispostas em nosso favor. A única diferença existente é que, à medida que ascendemos pelo estudo, temos a oportunidade de manusearmos todos Instrumentos Reais, deles absorvendo a instrução necessária para a nossa marcha evolutiva.
,
Nenhum comentário:
Postar um comentário