O exercício da genuflexão, ou seja, ajoelhar-se, em determinadas ocasiões e conforme preceitos ritualísticos maçônicos, é antes de mais nada um ato de "Consciência Moral", que exprime o juramento ou compromisso que o Iniciado assume perante a Sublime Ordem.
Cabe registrar que do ponto de vista histórico a genuflexão é um hábito trazido desde a Idade Média, em que a Igreja era protetora das Guildas ou Corporações de Ofício, que se constituíram na base do surgimento da Maçonaria Operativa.
Mesmo após o advento da chamada Maçonaria Especulativa, este ato continuou sendo empreendido em razão do próprio aspecto tradicionalista e consuetudinário da Ordem.
Ainda sob a influência histórica absorvida pela Maçonaria, é relevante ressaltar que na civilização Latina, os romanos ajoelhavam-se como sinal de respeito, quando se deparavam com uma pessoa que simbolizasse a autoridade e o poder. Algo que poderia ser traduzido como uma espécie de saudação solene.
A genuflexão na Maçonaria - mais do que qualquer associação ao divinal, à adoração ou veneração - traz consigo o "simbolismo" do respeito, que o Obreiro deve para com os princípios filosóficos de uma instituição que não impõe dogmas aos seus adeptos, mas sim, os encorajam e os incentivam a explorar a liberdade de pensar sem vínculos proselitistas doutrinários.
Na Maçonaria, ajoelhar-se, curvar-se ou inclinar-se são procedimentos simbólicos e ritualísticos que denotam a predisposição do homem em trabalhar seu templo interior, utilizando-se das ferramentas disponibilizadas para seu aprimoramento físico, espiritual, anímico e intelectual.
É claro, que o fato da maioria dos ritos maçônicos dedicar os trabalhos realizados no Templo a um Princípio Criador e Incriado do Universo, traduz um significado de inteligência e bom senso, posto que o referido trabalho obedece a um critério de referência , que explica a nossa fonte de origem e existência.
Porém, nada que se possa confundir Maçonaria com qualquer segmento religioso, credo ou crendice.
Nunca é demais lembrar que do ponto de vista dialético na Maçonaria o protagonismo é a Consciência e na Religião o protagonismo é a Fé.
Que possamos continuar desenvolvendo a arte de debater e pensar em estreita relação com a retórica e sob o poder da argumentação fundamentar os postulados maçônicos no intelecto e na razão.
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