O primeiro ponto a ser esclarecido é que devemos ter redobrada atenção em não procurarmos vínculos maçônicos nessa efeméride religiosa. Por um único motivo: profanação!
É muito triste quando recebemos figurinhas de WhatsApp de ícones cristãos com alfaias ou instrumentos maçônicos ou quando encontramos dentro dos Templos ou durante os trabalhos o sincretismo religioso.
O Natal é uma festa crista que deve ser comemorada com toda a glória e humildade do aniversariante, dentro das condições e do entendimento de cada família em celebrá-la.
Portanto, como resposta ao tema, sugiro as Velas, esse cilindro de cera com pavio que se consome para iluminar ao seu redor.
A primeira reflexão é esta: a humildade de compreender que a missão é servir, um "serviço" de iluminar que, independentemente das consequências, cumpre até a última gota.
De modo instintivo, compreendemos que as velas criam um elo forte entre nós e o mundo espiritual, por associarmos a dispersão das trevas (ignorância) e ampliarmos o campo de visão (entendimento).
Outra reflexão são os movimentos da chama, como procurando se desprender do pavio (matéria) e alcançar o espaço (espírito). Talvez seja a representação visual do conceito "que a Criatura retorne ao Criador".
E creio que devemos ser assim, sempre querendo nos elevar, mudando a estrutura sólida e bruta da cera, passando a um grau mais liso e líquido. Desprender-se na plenitude do etéreo gás, exaltando luz e calor.
Para além das possíveis reflexões causadas pelo e durante o uso, devemos nos atentar à palavra "Vela", a qual designa o artefato iluminador, como também as estruturas de pano que recebem o invisível e leve vento e impulsionam as pesadas caravelas mar a dentro.
Outrossim, essa palavra representa proteção. O velar, manter-se desperto, em vigia.
O MAÇOM DEVE SER UMA VELA OU O MAÇOM VELA?
Então, nesta noite na qual, provavelmente, estaremos juntos das passadas e das novas gerações de nossa família, que, no silêncio do Templo Interior, procuremos as respostas.
O futuro ao Criador pertence, mas é ou não construído por suas criaturas. A isso dá-se o nome de livre arbítrio. A vela, em si, não arde por si própria. Ela demanda um despertar, assim como os estados de alerta surgem pela conscientização do que se passa ao redor, quebrando a inquietude diante de tudo o que genericamente chamamos de Vicio.
Portanto, devemos, para além de conhecermos o que somos, descobrir o motivo de assim o sermos. O importante é iluminar, combater as trevas e, sobretudo, não deixar a chama do Bem e da Paz apagar.
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