O nascimento, simbolizado pela Iniciação, é precedido pelas fases de aprendizado e companheirismo.
O homem novo, advento da eclosão do óvulo iniciático no interior da terra (Câmara das Reflexões) passará pelo processo de aculturamento.
Assim como as letras que foram símbolos criados para que pudéssemos transmitir os nossos pensamentos, o Aprendiz aprenderá o significado oculto dos símbolos somente acessível aos iniciados. Trata-se de uma nova linguagem.
Ser iniciado é ser um serviçal do Amor Maior que governa a existência e que dá vida a todos.
Iniciar-se é perder, perder a arrogância, as quimeras, a ganância, o preconceito, as magoas e o ódio.
Em troca, ganha a oportunidade de ceder ao movimento do seu coração para render graças ao Gr.’. A.’. D.’. U.’..
Ao receber a "LUZ" o neófito não deve confundi-la com a luz material que lhe agride a retina e sim, a "LUZ" verdadeira que alumia a todos os homens que vem a este mundo.
A LUZ magnânima que a tudo compreende e preenche com infinita sabedoria.
O iniciado não é mais a mesma pessoa.
Morreu o profano, sequioso do poder e cego pelas trevas e em seu lugar surge um novo ser dourado que alegra-se ao participar de alguma atividade altruística.
O amor aplicado, o equilíbrio, a retidão, a disciplina e a inspiração profunda faz com que o verdadeiro iniciado na Arte Real se transforme em construtor de Templos, verdadeiros e inigualáveis pedreiros do universo.
Uma criança em tenra idade começa a aprender a falar quando começa a distinguir os sons.
Inicialmente os sons simbolizados pelas vogais, diz-se então que a criança está a "soletrar".
A combinação das letras resulta em outros sons de natureza mais complexa, para tanto, surgem as consoantes que dão origem às silabas, passará então a criança a "silabar".
Para o conhecimento da palavra, necessário se faz conhecer a letra e posteriormente a sílaba.
Somente assim a palavra poderá ser utilizada de forma a se tornar compreensível e útil.
Mesmo no mundo profano os neófitos, em qualquer ramo da atividade humana, mais tem a ouvir e aprender do que falar.
Calar para ouvir, ouvir para aprender, aprender para ensinar.
O Falar não é reconhecidamente primordial em uma sessão maçônica.
A interação entre os indivíduos se dá em uma dimensão além dos sentidos, não alcançada pela audição, olfato, tato, visão e locução.
A palavra é instrumento de transmissão, de convencimento daquilo que pensamos.
O Trabalho maçônico é reconhecidamente hermético refletindo-se diretamente em sua liturgia.
Aqueles que desconhecem a profundidade do sentido oculto da Lei Iniciática do Silêncio argumentam que o silêncio dos aprendizes e companheiros se confronta com o principio maçônico da igualdade.
Entretanto, há de se considerar que o principio da igualdade não é ferido quando a eles é proibido o conhecimento dos sinais, toques e palavras dos demais graus.
"Há um tempo para cada coisa".
Por fim, não deveis acreditar em tudo que vedes, nem mesmo nas coisas que eu te digo, se és um místico de qualquer escola ou ordem, mas desejas conhecer a tua religião ou a maçonaria, estuda-a e procuras por ti mesmo, a tua religiosidade intima e una, independente do que te ensinaram e te disseram, e sejas tu mesmo o que escolhes o caminho, a tua verdade absoluta alicerçada pelas três colunas simbólicas: "Sabedoria, Força e a Beleza".
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