Na Idade Média os maçons eram distintos. Era essa a sensação generalizada na Inglaterra, França e Europa Central, pois enquanto os outros trabalhadores trabalhavam para os senhores feudais, sem sair de seu vilarejo, os maçons eram especialistas e serviam aos reis, clero e nobreza e viajam para todos os cantos desses paises. Trabalhavam as pedras e erigiam castelos, mansões, catedrais e abadias.
As informações abaixo foram extraídas do “Compedium” de Bernard Jones e “Enciclopédia” de Wilson Coil.
Inglaterra
A vida profissional era bem estabelecida. Existiam dois tipos de maçons: os “rústicos” que cortavam e moviam os blocos para o alicerce, a base que sustenta a construção, e os “especialistas” que faziam o trabalho na superfície dos blocos para detalhes da arquitetura, em geral, e o acabamento e ornamentação.
Pertenciam a Grêmios que eram compostos pelos principais empregadores do ramo e, as vezes, controlados por um funcionário real. Tinham “deveres” (Charges) estabelecidos por esses Grêmios.
O primeiro era com Deus: deviam crer na doutrina da Igreja Católica e repudiar todas as heresias. O segundo era com o Rei, cuja soberania deviam obedecer. O terceiro era para com seu Mestre, o empreiteiro das obras (não existia o grau de Mestre. Apareceu na Maçonaria Especulativa).
Formavam sindicatos, ilegais, pois contrariavam as determinações salariais dos grêmios, e se reuniam secretamente correndo o risco de penalidades da lei.
França
Os maçons eram, como na Inglaterra, a elite dos trabalhadores.
Diferentemente, formaram uma organização que não tenha paralelo na Inglaterra: a “Compagnonnage”. Os “Compagnons” (companheiros), seus membros, que algumas vezes eram trabalhadores com outros ofícios, formavam uma forte organização.
Os reis e governos da França não aprovavam essa situação e, por diversas vezes, ditaram leis e decretos contra a Companonnage (1498, 1506, 1539...). Em 1601, um estatuto proibia que se reunissem em mais de três nas tabernas. Em 1655, a Faculdade de Sorbone, proclamou que os compagnons eram malvados e ofendiam as leis de Deus.
Alemanha e centro da Europa
Os maçons eram chamados de Steinmetzen, e, da mesma forma, eram a elite dos trabalhadores. Suas atividades eram também reguladas por corporações do ramo. Havia Lojas importantes de Steinmetzen em Viena, Colônia, Berna e Zurich, mas todas aceitavam a liderança dos maçons de Estrasburgo.
Inclusive, o imperador Maximiliano I proclamou um decreto em que dava força de lei ao seu código de conduta (diferente do que foi escrito para Inglaterra e França). Essa liderança durou até 1685, quando a cidade foi invadida pelo exercito de Luiz XIV e anexada à França.
Escócia
Os Grêmios de maçons eram mais antigos do que os da Inglaterra. Em 1057, o rei Malcolm III Canmore outorgou uma Carta, com o poder e obrigação de regular o oficio, à Companhia de Maçons de Glasgow.
Infelizmente, por não haver em abundancia a pedra franca na região, tiveram menos êxito para manter a boa posição já citada. Inclusive, nesse país foi modificada a regra para os “aprendizes ingressados” de tal modo que, o aprendizado ficou com um lapso de tempo mais curto, do que na Inglaterra, por exemplo.
Os mestres mais antigos, qualificados, para se protegerem profissionalmente, começaram a usar uma palavra secreta que era transmitida entre eles, para o reconhecimento entre si. Essa palavra chave ficou conhecida como a “Palavra Maçônica”.
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