janeiro 18, 2024

A PAVONICE ENSANDECIDA - Roberto Ribeiro Reis



A par da enorme ostentação, 

Dorme um triste coração, 

Assolado pela fútil mesmice;

Dotado de material euforia, 

Aquele homem se vangloria

De sua e𝙣𝙨𝙖𝙣𝙙𝙚𝙘𝙞𝙙𝙖 𝙥𝙖𝙫𝙤𝙣𝙞𝙘𝙚.


De todos quer tirar um sarro, 

𝙏𝙪𝙙𝙤 é 𝙙𝙚 𝙤𝙪𝙧𝙤 - menos o carro- 

A 𝙥𝙧𝙤𝙫𝙖 𝙘𝙖𝙗𝙖𝙡 da luxúria;

Em que pese o bolso graúdo, 

O intelecto carece de conteúdo:

Padece de 𝙥𝙡𝙚𝙣𝙖 penúria


𝙍𝙚𝙛𝙤𝙧𝙢𝙖 𝙞𝙣𝙩𝙚𝙧𝙞𝙤𝙧 𝙚𝙨𝙩𝙖𝙣𝙦𝙪𝙚, 

Sua 𝙫𝙖𝙞𝙙𝙖𝙙𝙚 em pleno 𝙥𝙖𝙡𝙖𝙣𝙦𝙪𝙚

É incapaz de preencher seu 𝙫𝙖𝙯𝙞𝙤;

Desejo a ele melhor sorte, 

A 𝙗𝙤𝙖 essência que o conforte, 

E dê norte ao 𝙝𝙤𝙢𝙚𝙢 𝙚𝙧𝙧𝙖𝙙𝙞𝙤. 


O mundo das superficialidades

É 𝙧𝙚𝙛𝙡𝙚𝙭𝙤 das 𝙗𝙖𝙣𝙖𝙡𝙞𝙙𝙖𝙙𝙚𝙨

Que 𝙘𝙚𝙜𝙖𝙢 ao homem 𝙥𝙧𝙤𝙛𝙖𝙣𝙤;

Para toda 𝙢𝙤𝙡𝙚𝙨𝙩𝙞𝙖 e 𝙘𝙧𝙞𝙢𝙚, 

Somente uma 𝘼𝙧𝙩𝙚 𝙎𝙪𝙗𝙡𝙞𝙢𝙚

É capaz de 𝙙𝙚𝙨𝙫𝙚𝙣𝙙𝙖𝙧 o 𝙚𝙣𝙜𝙖𝙣𝙤. 


𝙉𝙖𝙤 𝙣𝙤𝙨 𝙖𝙘𝙝𝙚𝙢𝙤𝙨 𝙨𝙪𝙥𝙚𝙧𝙞𝙤𝙧𝙚𝙨, 

Mas 𝙥𝙧𝙞𝙢𝙚𝙢𝙤𝙨 pelos 𝙫𝙖𝙡𝙤𝙧𝙚𝙨

Que ao mundo têm faltado;

Preferimos o silêncio 𝙙𝙤 𝙗𝙤𝙙𝙚

À essa inútil pavonice que pode

𝘼𝙙𝙤𝙚𝙘𝙚𝙧 o homem tão 𝙖𝙡𝙞𝙚𝙣𝙖𝙙𝙤. 




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